“1918.
Ano do meu nascimento.
Sendo específico, 4 de julho de 1918.
Um ano depois do Bucky.
Sessenta e seis antes de Natasha.
Então, olhando por esse lado — e todos os outros, na verdade —, eu não era mais um garoto há bastante tempo. Não mesmo.
Ignorei o 'garoto' proferido por Alex e me perguntei sobre o quê era necessário uma conversa com ele, já que mal tinha completado uma hora que eu o conhecera. Percebendo a minha confusão, ele esclareceu num rosto duro e impassível:
— Precisamos falar sobre a Natasha.
Precisávamos? Eu sim, mas diretamente com ela. Eu e Natasha, Natasha e eu, sozinhos num quarto conversando sobre o que quer que ela queira me contar ou pra ficarmos ambos em silêncio, aproveitando a companhia um do outro. Com ele? Não, não tinha nada pra conversar.
Levantei da cama, os ombros tensos e a postura reta, assumindo a mesma feição do rosto dele.
— Venha comigo. — não me deixou falar e saiu do quarto e pude ouvir seus passos apressados e determinados na escada. Sem qualquer tipo de direito à escolha, desci indo atrás dele pegando um casaco no caminho.
Sam estranhou quando me viu e veio em minha direção, preocupado, mas eu logo tratei de deixá-lo tranquilo.
— Está tudo bem.
— E a Natasha? — a menção ao nome dela fez Clint concentrar os ouvidos na conversa.
— Está com a Wanda. Deve estar bem. — respondi assentindo com a cabeça, tentando ao mesmo tempo me fazer acreditar nisso.
— Eu vi a loira, Yelena eu acho, subir pro quarto dela. Ela...
— Elas se conhecem, deve estar tudo bem. — pare de me preocupar, Sam! —E Wanda está lá.
Sam franziu a testa, mas assentiu. Sabia que se eu estava dizendo isso, é porque sabia o que estava fazendo, mas a verdade é que eu não sabia. Tudo o que eu sabia era que não sabia de nada e isso estava me matando.
— Acha que ela vai ficar bem? — Clint levantou perguntando.
— Ela está com a...
— Eu sei que a Wanda está com ela, mas preciso saber se a Natasha está bem!
— Eu... — comecei nervoso, mas o que eu diria?
— Rogers. — não sei se eu poderia respirar aliviado ou se ficaria ainda mais aflito quando Alex me chamou pelo sobrenome — Não me faça esperar.
Corri pra alcançá-lo, fechando a porta da varanda logo em seguida.
Minhas mãos suavam e meu coração batia forte, mas afastei toda a ansiedade de mim. Não tinha motivos pra isso.
Ele se sentou numa cadeira que tinha ali e fez menção que eu sentasse na outra. Imitei e tentei ao máximo relaxar ali, encostando minhas costas completamente.
— Qual é a sua? — perguntou olhando pra mim com a testa franzida. Direto como a Natasha.
— Como?
— Eu perguntei qual é a sua com a Natasha.
Não entendi a pergunta, o sentido e razão dela. Ele queria o que? Que eu falasse como era a minha relação com ela? Queria um relatório? Um resumo?
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Diário De Uma Paixão
FanfictionIsso não é um diário! Okay é um diário, mas eu tenho uma reputação a zelar e se souberem que Steve Rogers tem um diário, vou estar ferrado. Esse... Caderno... Surgiu para que eu possa desabafar sobre meu amor não correspondido. Afinal, não posso diz...