Diário De Uma Paixão

05 de Maio de 2016

“Eu não sabia o que fazer. Estava paralisado. Exatasiado. Chocado. Abismado.

Era Natasha Romanoff na minha frente!

— Steve? Está tudo bem? — anos depois, ela me disse que a cara que eu fazia parecia a de quando você come algo e não gosta. Eu mesmo não lembro de nada. — Eu sei que você tem todo o direito de ficar com raiva, mas eu vim te ajudar. Você provavelmente seria preso se fosse sozinho e... Eu agi errado. Você estava certo. Não posso continuar agindo contra aquilo que eu acredito desde que mudei de vida. Não podia.

— Onde está o T'Challa? Você o amordaçou? Dopou? — eu sei, eu peguei pesado e os olhos dela denunciaram isso, mas eu estava com raiva!

— Em Wakanda. Descobri que você vinha e o procurei disfarçada na casa branca e ele me contou o que você queria fazer.

— Como descobriu? Quem te contou que eu estava aqui?

— Ninguém precisou me dizer nada. Monitorei todas as entradas e saídas dos Estados Unidos. Você não passaria escondido por mim mesmo se estivesse tentando. Eu quero te ajudar. Me deixa fazer isso, por favor.

Soltei a bolsa que estava segurando e passei as mãos no rosto. Isso estava acontecendo mesmo?

— Eu vou... Eu vou deixar você um pouco sozinho. Não achei que teria essa reação, mas não era minha intenção te assustar. Quando estiver pronto, é só subir.

Que droga eu estava fazendo? Eu sentia meu coração com raiva. Duro. Meu cérebro, por sua vez, me incentiva a parar de ser um idiota e matar toda a saudade que senti dela. O que estava acontecendo, afinal?

Corri até ela e puxei sua cintura, virando-a. Antes que ela falasse alguma coisa, eu a beijei.

Agora sim. Fogos de artifício. Borboletas no estômago. Faíscas na boca. Eu explodiria só de beijar essa mulher.

De incio Natasha assustou, mas logo correspondeu. Suas mãos passeavam pelos meus cabelos, desarrumando-os. O beijo era urgente e cheio de saudade e desejo. Nem me lembrei mais de morangos, agora eu estava com ela. Ali caiu a ficha de que eu estava totalmente apaixonado por Natasha e não haveria mulher alguma capaz de tomar esse posto, não enquanto ela estivesse comigo.

Eu descobri isso, agora contar pra ela seria uma conversa pra outra hora.

— Eu pensei que...

— Não, você está certa. Me desculpe, fiquei com raiva, mas passou. Eu estou feliz que você tenha vigiado as fronteiras e ter pegado o quinjet pra vir me ajudar. Estou feliz de te ver aqui.

Ela sorriu e meu corpo inteiro foi junto. O sorriso dela era o mais bonito que eu já tinha visto e só de vê-lo, meu coração dava várias voltas, como se estivesse pulando corda.

— Não está com raiva? — colei minha testa na dela, apertando sua cintura.

— Não. Não concordei em como estávamos no princípio, mas já passou. Ficarmos juntos é mais importante do que como ficamos. — quando eu terminei, ela abriu o maior e mais bonito sorriso. Foi aqui que eu me vi completamente rendido por ela enquanto eu vivesse. Não trocaria por nada.

— Eles estão numa balsa no meio do Índico. — ela falou quando já tínhamos matado a saudade. Não toda, mas dava pro gasto, precisávamos poupar energia. — Consegui a localização deles com Tony e descobri a rotina hackeando as câmeras. Vamos chegar lá em oito horas, no máximo.