14 de Julho de 2016

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Fui o último a tomar banho, Nat tinha dito que sairíamos de noite e com a notícia de mais cedo, óbvio que todos nós ficamos animados.

Saí do banheiro de toalha porque tinha esquecido de pegar a roupa e assustei com a imagem que vi.

Eles estavam com os uniformes. Todos três. A roupa de luta. De Vingador.

— Eu espero que essa toalha não caia. — segurei mais forte no pano branco e continuei olhando pra eles.

— Quê isso?

— Nós achamos uma boa ideia usarmos hoje... — Natasha disse se virando pra trás pegando algo na cama — O seu está aqui.

Assim que a roupa se fez inteiramente visivelmente visível pra mim, eu prendi a respiração. Nós já tínhamos usado os uniformes no período de fuga, mas ninguém além de nós sabia deles. Usar ele de novo, a vista de todos, seria uma novidade que não sabia se estava pronto pra enfrentar.

— Você devia tentar. — olhei pra Wanda e Sam e eles sorriam, me encorajando.

Peguei a roupa da mão de Nat e fui pro banheiro sem dizer nada e fechei a porta e deixei a peça de roupa em cima da tampa do vaso.

Podia ser algo simples se visto de fora, estávamos livres e usar aquilo seria mais uma prova disso.

Mas eu não sou mais o Capitão. Eu sou só um garoto do Brooklin aprendendo a viver. Sempre fui, mas estava camuflado pelas cores da bandeira norte americana.

Depois de muito pensar e milagrosamente sem ser interrompido, eu decidi tentar vestir. Se me sentisse confortável — se isso era possível — ok, mas se não... Eu iria com outra roupa.

Não quis olhar no espelho. Não queria ver. Saí do banheiro e os três levantaram da cama na hora, como se eu fosse um general e eles os soldados pegos dormindo.

Cocei a cabeça nervoso, me recusando a olhar pra roupa ou pras feições deles. Eu sentia que aquilo não era certo, sabe? Como se aquilo não me pertencesse mais.

— Apesar de ter engordado um pouco, ainda cabe em você. — não senti ela chegando, só vi quando ela disse com a boca perto dos meus lábios, levantando o meu rosto com o indicador — Estamos prontos então?

Sam e Wanda correram pra porta, ansiosos pra sair. Não que eles ainda estivessem no quarto, mas pareciam duas crianças indo tomar sorvete.

— Tudo bem?

— Vou ficar, é só... Só uma questão de costume.

Nat sorriu pra mim sem mostrar os dentes e passou as pontas dos dedos na minha barba. Depois entrelaçou nossas mãos e me puxou em direção a saída, fechando a porta atrás de mim e guardando a chave em um dos bolsos do colete. Que tanto de bolso, meu Deus.

Pegamos um táxi e o motorista ficou estático quando nos viu. Percebi que era no mau jeito, porque ele mau nos olhou e tudo o que nós pergutávamos, respondia com má vontade.

Quando chegamos no endereço que Natasha tinha dito, não se parecia nada com uma pizzaria.

— Nat, por que ali no fundo está o Arco do Triunfo? — perguntei vendo ele imponente e majestoso, depois que saímos do carro e ele já tinha desaparecido das nossas vistas.

— Porque estamos na Champs-Élysées, amor.

A avenida era enorme e estava enfeitada com várias mini bandeiras da França. O principal disso, é que...

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