30 de Abril de 2016

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A primeira regra de quando se está fugindo é: não corra, ande. Por esse motivo, eu andava bem devagar, morrendo assado dentro de um Fusca azul e nada chamativo — eu espero.

Acelera essa carniça, Steve. Eu tô quase morrendo aqui.

O passarinho vai chocar com o calor, cuidado!

Mesmo assim, contra os protestos de Sam e Bucky pra pisar no acelerador, eu fui devagar.

Sharon vai pensar que morremos. — Bucky riu — Será que dá pra você chegar essa droga desse banco pra frente?

É só você mudar pro outro lado.

Não quero.

Eu também não quero chegar o banco pra frente. — era estranha a relação dos dois, mas eu me divertia quando estavam juntos.

Chega gente. Chegamos. — quando eu não estava sério era divertido.

Ah, finalmente!

Eu vou descer e vou até ela. Fiquem aqui.

Não tenho outra escolha.

Não esquece dos meus conselhos, ok? Se ela quiser e se você quiser, já sabe. — Sam piscou.

Entendido. — ri.

Andei até Sharon e ela abriu o porta malas. Eu quase chorei de alegria em ver meu escudo ali, perfeito e imaculado. Ninguém arriscaria tanto a vida assim. Eu devia muito a ela. Estava emocionado e movido por descobrir como seria seguir o conselho de Sam. Foi por isso que fiz o que fiz.

Eu a beijei.

Eu beijei Sharon Carter. Sobrinha de Margareth Carter, a primeira mulher que gostei. É, eu a beijei. Eu quis beija-la.

Você viu o sorriso que ela abriu? Ela sentiu vontade de me beijar, prazer. No nosso primeiro beijo ainda. Não posso dizer que o mesmo aconteceu com Natasha, não aconteceu mesmo.

Isso foi um pouco...

Tarde. — e estranho. Engraçado, não é?

Peguei nossas coisas, envergonhado e coloquei no carro. Despedi dela e entrei no Fusca azul, dando partida.

Eu sentia o olhar dos dois, minhas bochechas também. Era horrível beijar com plateia.

Então...? — Sam incentivou.

É. Foi... Diferente, eu acho.

Um diferente bom ou diferente ruim?

Foi bom, eu acho.

Bum! É disso que eu tava falando!

Agora você sabe o porque quê eu trocava toda semana. — Bucky socou meu ombro.

Mas não foi a mesma coisa.

Claro que não foi, você beijou a Sharon.

Não, Sam. Não foi a mesma coisa.

Como foi então?

Foi legal. Diferente, um diferente bom. — olhei a estrada e peguei a pista da direita — Mas não foi a mesma coisa. Foi só um beijo.

Você queria sentir o que? Fogos de artifício? Borboletas no estômago? Faíscas na boca?

Era isso que sentia todas as vezes que beijava Natasha. Todas as vezes. — e é aqui que você escuta os suspiros de decepção. Frustração. Incredulidade.

Diário De Uma PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora