“A primeira regra de quando se está fugindo é: não corra, ande. Por esse motivo, eu andava bem devagar, morrendo assado dentro de um Fusca azul e nada chamativo — eu espero.
— Acelera essa carniça, Steve. Eu tô quase morrendo aqui.
— O passarinho vai chocar com o calor, cuidado!
Mesmo assim, contra os protestos de Sam e Bucky pra pisar no acelerador, eu fui devagar.
— Sharon vai pensar que morremos. — Bucky riu — Será que dá pra você chegar essa droga desse banco pra frente?
— É só você mudar pro outro lado.
— Não quero.
— Eu também não quero chegar o banco pra frente. — era estranha a relação dos dois, mas eu me divertia quando estavam juntos.
— Chega gente. Chegamos. — quando eu não estava sério era divertido.
— Ah, finalmente!
— Eu vou descer e vou até ela. Fiquem aqui.
— Não tenho outra escolha.
— Não esquece dos meus conselhos, ok? Se ela quiser e se você quiser, já sabe. — Sam piscou.
— Entendido. — ri.
Andei até Sharon e ela abriu o porta malas. Eu quase chorei de alegria em ver meu escudo ali, perfeito e imaculado. Ninguém arriscaria tanto a vida assim. Eu devia muito a ela. Estava emocionado e movido por descobrir como seria seguir o conselho de Sam. Foi por isso que fiz o que fiz.
Eu a beijei.
Eu beijei Sharon Carter. Sobrinha de Margareth Carter, a primeira mulher que gostei. É, eu a beijei. Eu quis beija-la.
Você viu o sorriso que ela abriu? Ela sentiu vontade de me beijar, prazer. No nosso primeiro beijo ainda. Não posso dizer que o mesmo aconteceu com Natasha, não aconteceu mesmo.
— Isso foi um pouco...
— Tarde. — e estranho. Engraçado, não é?
Peguei nossas coisas, envergonhado e coloquei no carro. Despedi dela e entrei no Fusca azul, dando partida.
Eu sentia o olhar dos dois, minhas bochechas também. Era horrível beijar com plateia.
— Então...? — Sam incentivou.
— É. Foi... Diferente, eu acho.
— Um diferente bom ou diferente ruim?
— Foi bom, eu acho.
— Bum! É disso que eu tava falando!
— Agora você sabe o porque quê eu trocava toda semana. — Bucky socou meu ombro.
— Mas não foi a mesma coisa.
— Claro que não foi, você beijou a Sharon.
— Não, Sam. Não foi a mesma coisa.
— Como foi então?
— Foi legal. Diferente, um diferente bom. — olhei a estrada e peguei a pista da direita — Mas não foi a mesma coisa. Foi só um beijo.
— Você queria sentir o que? Fogos de artifício? Borboletas no estômago? Faíscas na boca?
— Era isso que sentia todas as vezes que beijava Natasha. Todas as vezes. — e é aqui que você escuta os suspiros de decepção. Frustração. Incredulidade.
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Diário De Uma Paixão
FanfictionIsso não é um diário! Okay é um diário, mas eu tenho uma reputação a zelar e se souberem que Steve Rogers tem um diário, vou estar ferrado. Esse... Caderno... Surgiu para que eu possa desabafar sobre meu amor não correspondido. Afinal, não posso diz...