Diário De Uma Paixão

06 de Maio de 2016

“— Que tédio. Não tem nada pra fazer aqui não?

— Isso é sério?

— Quando meus filhos estão no tédio, eles brincam com as palavras. Escolhem uma letra e dizem tudo o que vêem com ela.

— Ok, isso serve. Que letra vocês querem?

— C. Clint.

— Ei! Isso não vale!

— Ele está te vendo, óbvio que vale. Hmm, cama.

— Cela.

— Capitão!

— Sam, era pra dizermos o que estamos vendo. Você está fora, agora somos eu e o Barton. Cober...

— Não, Scott! O Capitão está bem ali!

— Achei que esgotariam o alfabeto até me verem. Não é como se tivesse muita coisa aqui. — você já viu com uma criança fica quando ganha doces aos montes? Simplicidade. Felicidade. Era assim que eles estavam. 

— Você veio!

— Não iria deixá-los aqui. Prometi que os buscaria. — comecei pela cela de Clint — Ela está te esperando no andar de cima, sala nove, pra vocês chutarem algumas bundas juntos. Palavras dela. — ele sorriu ainda mais — Toma. Ela pediu pra te entregar isso. — dei uma arma.

— Ela me conhece tão bem. Vejo vocês lá no céu, manés. — saiu correndo.

— Ele vai morrer? — Scott perguntou enquanto eu destravava sua cela.

— Não Tic Tac. Vamos de quinjet. — Sam respondeu.

— Ah! Estou tão feliz que você está aqui. — ele me abraçou. De verdade. — Obrigado, Capitão. — beijou minha bochecha e foi pra saída. Isso foi... Estranho, mas tá.

—Ei! Você não! — chamei-o.

— Ué, achei que chutaríamos umas bundas.

— Natasha e Clint sim. Você está sobre minha segurança.

— Eu sei me virar, eu invadia casas.

— Tic tac, isso aqui é como se fosse uma mansão e você é uma formiga. Literalmente, uma formiga. 

— Desculpe, preciso mantê-los perto. — abri a de Sam e ele também me abraçou — Wanda, você está... — foi então que eu a vi. Seu olhar não era de uma criança feliz e animada. Era de uma que havia perdido a alegria de viver. — Por que ela está assim?

— Não sabemos. Eles colocaram esse colar e essa camisa de força e ela não falou nada e comeu muito pouco. — abri a cela e entrei. Ela nem ao menos me olhou.

— Vigiem a entrada. — ordenei e entrei duas armas e dois pontos — Qualquer coisa chamem a Natasha ou o Clint. 

— Steve? — como se ouvisse que tinha sido mencionada, ela me chamou — Eu e o bunda mole já pegamos os uniformes e limpamos o caminho. Aonde vocês estão?

— Bunda mole é sua mãe, Romanoff. 

— Estou resgatando a Wanda, ela não se mexe. — agachei e a observei com o coração na mão — Ela tá com um colar... espera. — segurei aquele negócio maldito e arrebentei com as minhas mãos. Ela desmaiou. Droga. — Não tá mais.