Capítulo 29

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Ponto de vista do Jungkook

Escutei cada palavra que Min-Young disse, o modo como todas aquelas minúcias se encaixavam e fazia sentido era assustador. Foi inevitável sentir uma dor aguda no peito ao entender do que se tratava o encontro solicitado na carta amarelada porque, além de assisti-la retornar aos prantos, minha garota está passando por algo que jamais vivenciei. Já é tudo muito intenso e impactante para ela, o que reflete em mim — é descomunal a angústia que sinto por vê-la assim.

Não posso omitir o fato de que receber uma ameaça de morte foi sim assustador. Em um dia estou deitado ao lado da morena e no outro sou usado como ameaça para fazê-la encontrar um desconhecido, que agora já não é mais. Felizmente, essa "reunião" ocorreu em um lugar extremamente protegido, e nada nos aconteceu. Quer dizer, fisicamente. Descobrir que sua mãe, supostamente falecida, está viva e mais próxima do que imaginava já é um grande choque.

Procuro me manter o mais firme possível quando estou próximo à minha namorada, sei melhor que ninguém o quão fragilizada ela está, mas em alguns momentos me sinto acabado. Tudo o que eu mais quero é ter uma vida com Park Min-Young, uma vida onde nós apoiamos um o outro, trocamos votos, cogitamos ter filhos e até compramos o nosso próprio lugarzinho. E é por isso que não vou desistir enquanto não estivermos livres desses canalhas, eu jamais deixaria o amor da minha vida.

O momento do banho é, para mim, sagrado. É quando eu me sinto sozinho o suficiente para deixar minhas lágrimas se misturarem ao vapor liberado pela água quente, para que essa água leve tudo o que tem me ancorado em pessimismo, e para respirar fundo, rezando para que a cada dia estejamos mais próximos da luz no fim do túnel.

Pai, mãe... Vocês estão me acompanhando? Estão ao meu lado como anjos da guarda? Perdoem-me por estar ligado à situações devastadoras, mas todos os caminhos me trouxeram à Seul, onde encontrei Min-Young, meus pais... Eu vou lutar por isso! Vocês ainda vão sentir muito orgulho ao me ver no altar com essa mulher.

Conversamos muito e, por fim, viemos para Busan. Caso as informações passadas pelo - filho da puta - perdão, Jaehyung, estejam erradas, nossa viagem não terá sido em vão, já que Jimin e Eun-Ji estão aqui agora. Talvez eu não tenha comentado sobre meu cunhado, mas eu o admiro por demais, principalmente pelo cuidado e carinho que tem pela sua irmã. Não consigo enxergá-los senão como irmãos, ambos sorriem imensamente na presença do outro e têm uma relação de família mesmo, é algo bonito de se ver de perto.

Quando minha marrentinha contou sobre a gravidez de Eun-Ji fiquei surpreso porém contente. Sei que ela e Jimin são fruto de um relacionamento arranjado, assim como Min-Young e Jaehyun eram, mas a união deles foi genuína, e agora estão à esperada de um bebê. Como o tempo voa! De vez em quando me pego pensando se algum dia será eu e minha gatinha...

— Amor. — a voz suave me tirou do transe momentâneo — O cartão do quarto.

— Ah, sim, claro. — dei-o para a morena e assim entramos no quarto de hotel.

 — dei-o para a morena e assim entramos no quarto de hotel

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Your Eyes Tell | Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora