Carla
Eu não estava acreditando que finalmente eu tinha conseguido sair daquele inferno.
Graças a Deus a Maria estava toda calminha e dormindo.
Arrumei ela no Sling e assim eu podia ficar com as mãos livres.Sling
Eu já estava andando a um certo tempo acho que era ao certo umas 2h. Quando finalmente passou um táxi. Eu me desesperei e pedi para ele parar. Logo fui atendida. Só sei que eu estava nervosa. O medo era gigante. Tanto é que eu ficava olhando toda hora pra trás para ver se eu não estava sendo seguida. Mas graças ao meu Bom Deus, estava tudo certo. Minhas mãos estavam trêmulas. Tanto tempo vivendo como prisioneira e agora essa sensação de liberdade estava sendo maravilhosa. Eu estava realmente muito emocionada.
O motorista do táxi foi um fofo. O caminho todo ele foi conversando comigo e me acalmando. Logo de cara ele me reconheceu e disse que todo mundo não tinha acreditado que eu tinha fugido. Que no fundo, eles sabiam que tinha acontecido realmente alguma coisa comigo. Agradeci muito ele. Durante o trajeto dei de mama pra Maria. O seu Jorge (O taxista) nem me perguntou qual era o endereço que eu queria. Acho que ele já sabia 🤣🤭.
O caminho até o Rio de Janeiro foram ao todo 4h de carro. Eu já estava nervosa. Sabia que pelo tanto de remédio que eu virei na comida, o Fiuk só iria acordar amanhã.
O que eu mais temia aconteceu. Chegamos no apartamento do Arthur. Na hora de descer do táxi eu travei. Me bateu um desespero. Um medo. Por sorte a minha princesa se comportou muito bem na viagem.Jorge: Minha filha de acalma.
Carla: eu tô com muito medo seu Jorge - deixa escapar algumas lágrimas -
Jorge: não precisa ter medo. Você está voltando pra casa. E toma aqui meu telefone. Quando precisar de um taxista me liga que eu venho. - entrega a ela o cartão dele -
Carla: quanto foi a corrida?
Jorge: hoje não foi nada minha filha.
Carla: mas...
Jorge: hoje, eu estou muito feliz. Finalmente uma FAMÍLIA vai estar completa de novo depois de tanto tempo e não há dinheiro no mundo que pague isso. Vai com Deus.
Carla: obrigada.
Seu Jorge ajuda Carla a sair do táxi. Logo ele abençoa ela e vai embora. A loirinha respira fundo e segue até a entrada do prédio. O porteiro a reconhece e abre a porta sem pestanejar. Logo ele lhe avisa que Arthur está sozinho em casa. Porque os amigos (Projota, Pocah, Juliette, Bil, Caio e Rodolffo) tinham ido embora faziam 30 minutos.
Arthur
Eu estava jogado no sofá da sala quando a campainha toca. Achei estranho porque não estava esperando ninguém. A galera tinha acabado de sair daqui e eu os convenci que não precisava voltar, que eu não ia cometer nenhuma loucura.
Resolvi abrir a porta pra ver o que era e fico em choque.....Arthur: Cá..Carla...
Carla: Oi...
Arthur: - sem muito pensar a abraça emocionado - é você mesmo ?
Carla: sim.