Meu príncipe mestiço (Reescrevendo)

three

01/09/1994

Dia primeiro de setembro, a estação King 's Cross na plataforma 9 3⁄4 era onde todos se reuniram para começar mais um ano em Hogwarts.

Régulus havia explicado à menina sobre como chegar na plataforma já que ele não poderia levá-la até lá, no máximo ele iria até a entrada da estação. Gatria estava procurando por uma cabine vazia para ficar e quando a encontrou agradeceu aos Deuses pois não aguentava mais ficar andando por aí com Hades enrolado em si e duas malas em mãos. A cobra até podia ser encolhida mas isso não diminuía seu peso.

Entrando na cabine ela colocou as malas no bagageiro e se sentou deixando com que Hades se desenrolasse dela e escorregasse para ficar no assento ao lado dela. Depois de alguns minutos o expresso finalmente começou a andar e a menina conseguia ouvir passos e vozes pelo corredor, a sua cabine foi aberta chamando sua atenção.

Ela olhou e viu o mesmo loiro da loja, Draco, ele estava acompanhado de mais dois meninos, ela não deu muita importância e os deixou entrar voltando para o livro que tinha em mãos.

— Gosta de romances trouxa? – um dos meninos perguntou e ela o olhou concordando com a cabeça. – Eu os acho muito interessantes também, mas o melhor dos trouxas são os poemas, já ouviu falar de Shakespeare?

— Sim, titio me deu um livro com muitos dos poemas e frases dele. – respondeu marcando onde parou e colocando o livro de lado. – Acho fascinante a forma que ele expressa os sentimentos através das palavras.

— Ótimo, agora além de Nott teremos uma novata fascinada por romances bregas. – Malfoy revirou os olhos.

— Você veio de onde? – o outro menino perguntou.

— Nasci em Londres mas cresci na Rússia e voltei para a Inglaterra aos 11 anos.

— Onde você estudava antes? – Nott pergunta olhando a menina que parecia ser tão fascinada quanto ele por romances e poemas trouxas.

— Em casa, titio achou que seria melhor, questão de segurança. – respondeu dando de ombros e logo a porta foi aberta pela bruxa que empurrava o carrinho de doces. Todos pegaram alguns doces agradecendo a senhora.

— Por que tem tantas cicatrizes? – Zabini pergunta colocando um dos sapos de chocolate na boca.

— Coisas pessoais. – responde voltando sua atenção para o seu livro enquanto os meninos começavam uma conversa sobre Quadribol, poções e entre outras coisas. O trem parou fazendo a menina franzir o cenho olhando pela a janela. – Nós ainda nem chegamos. – comentou vendo um vulto passar pela cabine deles a fazendo arregalar os olhos.

— O que foi aquilo? – Nott perguntou indo para mais longe da porta.

— Silêncio, talvez podemos ficar despercebidos. – a garota instruiu engolindo em seco enquanto pegava a varinha.

Ela sabiam o que era aquelas coisas, claro que ela sabia, afinal havia estudado sobre tantos seres que era impossível não conhecê-los. Dementadores, seres das trevas que poderiam deixar você em estado vegetativo. Eles sentiram o ar ficando ainda mais pesado quando a presença escura parou na porta da cabine deles, ela estava rezando para todos os Deuses e seres superiores possíveis para que aquele ser não entrasse ali, mas quando ela viu a porta se abrindo lentamente percebeu que ela não estava com sorte naquele dia.

— Expecto Patronum. – pronunciou quando sentiu memórias horríveis voltando à tona, o espectro que saiu de sua varinha tinha a forma de um dragão que afastou o dementador.

— O que era aquilo? – quem perguntou era Malfoy, que ainda estava horrorizado.

— Aquilo era um Dementador, um dos guardas de Azkaban e eu não sei porque estão aqui, mas coisa boa não é. – disse pegando uma de suas malas e tirando um pequeno saco e algumas barras de chocolate. – Comam para se sentirem melhor. – entregou um chocolate para cada um e do saco tirou um rato morto entregando para Hades. – Me desculpe, quase me esqueço de alimentá-lo.

— Como eu não vi essa cobra? Como você pode falar com cobras? Você foi permitida para trazer isso pra escola? – o loiro a encheu de perguntas.

— O Conselho Estudantil permitiu, Hades não ataca ninguém contanto que não me ameace e eu consigo falar com cobras por conta da minha família, eu acho. – respondeu guardando as coisas.

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Eles já haviam chegado ao Castelo e todos ouviram sobre a aluna nova e que ela não estava indo pro primeiro ano, mas sim para seu quinto ano. Gatria estava do lado de fora esperando que Dumbledore anunciasse sua entrada.

Ela já havia conversado com Régulus sobre as prováveis opções de casas que ela acabaria indo, o que eles chegaram a conclusão de que ela se encaixaria muito bem na Slytherin e Ravenclaw. Claro que se ela fosse para as outras não haveria problema nenhum já que todas as casas tinham seus pontos fortes.

— Acho que todos já ficaram sabendo sobre a nossa nova aluna, ela estará entrando em seu quinto ano pois estava estudando em casa por motivos pessoais, então espero que a recebam bem. – Dumbledore disse dando uma pausa para as grandes portas se abrirem. – Recebam, Gatria Potter. – exclamou apontando para a garota.

Ela então começou a caminhar pelo salão de forma elegante assim como sua avó havia lhe ensinado, Gatria sabia que estava sendo observada afinal ela havia sido dada como morta junto de James e Lily. Os cochichos pelo o salão eram muitos e ela não conseguia acompanhá-los.

Enquanto ela caminhava a menina olhou para a mesa principal e seus olhos se encontraram com um par de ônix, ela estava hipnotizada por aqueles olhos eles eram tão intensos, tão cheios de tristeza, arrependimento e tantos outros sentimentos que ela não conseguia identificar. Gatria sentiu o cheiro de outro lobisomem e olhou entre os professores parando os olhos em um em específico ao qual seus olhos brilharam em âmbar.

Parecia que seria mais interessante do que ela imaginava, vir para Hogwarts. Ela se sentou no banquinho e sentiu o chapéu ser colocado em sua cabeça ao qual começou a falar em um sussurro para que somente ela pudesse ouvir.

— Inteligente... Estou vendo... E também é muito sábia... Se encaixaria muito bem na Ravenclaw... – fala se virando para a mesa azul e bronze. – Tem uma enorme ambição também... E tem um ótimo senso de liderança... Você se daria bem na Slytherin... – se vira para a mesa verde e prata. – Tem gentileza e Lealdade... Mas não acho que se daria bem na Hufflepuff... Corajosa... Aventureira... Mas não se encaixaria na Gryffindor... – parou um pouco deixando o salão em completo silêncio, todos estavam curioso, afinal, todos os Potter's iam para a casa dos leões, mas mesmo assim a mãe dela havia sido da casa das cobras. – Sim... Já sei onde colocá-la... RAVENCLAW. – gritou e a mesa das águias comemorou enquanto aplaudia.

Gatria levantou-se do banquinho após o chão ser retirado da sua cabeça e seguiu para a mesa de sua casa, enquanto caminhava suas vestes mudavam para igual a dos estudantes de sua casa.