thirty

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21/12/1995

Era o dia do baile e durante todos os dias a garota estava sendo interrogada por seus amigos, para saber quem era seu parceiro, ou parceira, para o baile de inverno, mas nenhum deles teve sucesso já que a mesma estava sempre dizendo que era uma surpresa.

E faltando algumas horas para começar o baile a morena foi arrastada – junto de Ginny e Luna – por Meredith e Astória, para que se arrumassem juntas e conseguissem fazer mais rápido as coisas já que iriam se ajudar.

Gatria e Luna apenas observavam suas amigas correndo de um lado para o outro em desespero, as duas já estavam com seus vestidos e quiseram apenas esperar até que as outras se acalmassem.

— Gostaria que eu fizesse seu cabelo, Lua? – a Potter perguntou, já cansada de esperar.

— Sim, por favor. – a mais nova se virou e então as duas começaram a conversar enquanto terminavam de se arrumar.

No final elas precisaram de ajuda apenas para fazer a maquiagem já que nenhuma delas tinha experiência com isso.

****

A Potter-Black havia mandado suas amigas na frente, para esperarem no salão e que ela logo estaria lá, a morena apenas precisava respirar um pouco e se acalmar para não ter um ataque de pânico na frente de todos.

A menina conseguia sentir tantos cheiros diferentes naquela noite, mas tinha um que ela ainda não conseguia sentir, e no fundo ansiava por aquele cheiro. Abrindo os olhos a garota viu um vidro de calmante sob uma linda tulipa vermelha, que continha alguns flocos de neve por conta do tempo.

Ela pegou a flor e a olhou de perto, a poção não havia feito muito efeito já que seu coração estava tão acelerado por conta do cheiro que se misturava com o da flor em sua mão, e se aquela pessoa lhe deu sabendo o significado isso a fez ficar ainda mais ansiosa, e a menina não sabia se era de uma forma boa ou ruim.

Após isso, a menina apenas entrou e encontrou seu parceiro a esperando e sorriu indo até ele e aceitando a mão do garoto.

— Você está perfeita. – disse com a voz carregada pelo sotaque.

— Você também está muito bonito. – falou envergonhada. 

Ele ofereceu o braço para a garota, que logo aceitou, e começaram a descer as escadas enquanto ouvia a professora McGonagall desesperada enquanto perguntava sobre a Potter.

A atenção de todos se voltou quando perceberam que aatenção de muitos que estavam ali, estava totalmente fixada nas escadas; Harry tinha a boca levemente aberta, assim como os amigos da garota, já os outros não sabiam como reagir.

— Senhorita Potter, fico feliz que tenha chegado. – a vice diretora disse depois de se recompor. – Agora podemos começar o jantar e logo depois vocês irão abrir o baile.

A bruxa colocou eles em fila e mandou abrir as portas do salão principal, enquanto andavam pelo local a menina conseguia ouvir os sussurros e comentários, principalmente depois que viram quem estava acompanhando Viktor Krum e Gatria.

Só que a maior parte dos comentários era sobre o quão bem vestidos estavam os dois Potter e que mal reconheceram a mais velha.

— A atenção deveria ser compartilhada, não acha? – Blaise brincou, de onde estava sentado ao lado de Viktor.

— Eu não esperava ter toda essa atenção. – respondeu baixinho e envergonhada.

— Impossível não ter ninguém a olhando, enquanto você está tão perfeita, gatinha. – seu companheiro disse e o apelido arrancou uma pequena risada dela.

— Não sabia que era tão próxima de Pedro, Gatria. – Hermione, que fez com que Harry a levasse, comentou.

— Na verdade, tentamos não mostrar nenhuma proximidade para as pessoas já que muitos começam a fazer muitos rumores por eu ser muito famosa, acho que você entende, não é mesmo senhorita Granger? – pergunta de forma debochada.

****

Após o jantar, eles finalmente abriram o baile com a dança tradicional do mundo bruxo, Gatria dançou com seus amigos, que quiseram ter ela como parceira para uma dança, antes que a banda chegasse.

— Você está tão linda, estrela. – Zander comentou enquanto conduzia a dança. 

— Você também está, aposto que Hanna ficou encantada quando te viu. – sorriu enquanto mexia na gola da camisa social dele.

— Talvez, mas a minha meta era chamar atenção de outra garota. – olhou dentro dos olhos da menor e se aproximou, dando-lhe um beijo na bochecha. – Tenho que voltar para a minha parceira, espero que se divirta.

****

De longe havia alguém que odiou ver a aproximação de Gatria e Zander, mas ele não poderia dizer nada já que era apenas o professor deles; o bruxo das trevas foi uma das pessoas que mais admirou a garota daquela forma, ela estava deslumbrante e com toda certeza, brilhava como um diamante.

Ele a viu saindo com o intercambista brasileiro e apenas tentou ignorar tudo enquanto ainda continuava olhando os alunos, já que esse era o seu trabalho.

Gatria pediu para que Pedro a levasse até seu dormitório pois estava cansada e não queria ficar muito tempo na festa, mas assim que o garoto foi embora ela acabou por descer até as masmorras e no meio do caminho desistiu dos saltos e apenas os tirou.

— Achei que havia se esquecido que esse lugar existe. – Salazar disse sem ao menos tirar seus olhos do livro que estava lendo.

— Sinto muito, não tive muito tempo para conseguir visitá-lo. – suspirou enquanto se jogava na cama. – Estou ficando maluca enquanto procuro como respirar embaixo d'água e o que eles vão tirar de mim.

— Existem diversas poções que você é mais do que capaz de fazer. – respondeu, como se fosse óbvio. 

— Eu tenho que ter permissão, e isso é a última coisa que Dumbledore me daria depois de eu ter entrado em contato com o Castelo Bruxo, e a prova é em menos de uma semana. – da de ombros enquanto o observa levantar e andar pelo quarto.

— Então use um dos meus feitiços, eu permiti que diga ser seu, não fará falta. – parou na frente dela.

— Não seria contra as regras? Já que eu não posso ter nenhuma ajuda. – perguntou, fazendo o homem bufar. 

— Eles nunca saberão se você não contar. – responde enquanto se senta ao lado dela. – E por qual motivo você está vestida assim?

— Tivemos um baile, ao qual eu fui obrigada a comparecer, e como já estava voltando, decidi vir visitá-lo. – sorriu para o homem. – Sei que sentiu minha falta.

— E porque eu sentiria saudades sua, pequena peste? – questionou levantando a sobrancelha, fazendo a menina rir.

— Não me sentirei mal, pois sei que você me ama e apenas não assume. – deu um sorriso ladino. – Mas se realmente não quer minha companhia, eu irei para o meu dormitório. – comentou, dando sinal de que se levantaria, mas acabou sendo impedida. – Pensei que não me queria aqui. – riu levemente.

— E eu pensei que você odiasse ter que conversar com outras pessoas. – fala a encarando.

— Apenas as que eu não gosto.

Os dois passaram um tempo conversando, até que ela dormiu ouvindo Salazar falando sobre as suas novas ideias, o homem a arrumou na cama e a cobriu. Após ter certeza de que ela estava totalmente confortável, ele voltou a se sentar na poltrona com seu livro e a deixou dormir.

Meu príncipe mestiço (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora