tirthy-two

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Assim que chegaram na casa Black a garota subiu para guardar suas coisas e quando desceu passou por seu tio e padrinho discutindo – apenas Régulus falando e Sirius fingindo ignorar – sobre o mais velho estar fumando na sala. Gatria apenas negou e foi para a cozinha, encontrando Remus que estava cozinhando alguma coisa para o jantar.

— Eu te admiro realmente por aguentar esses dois todos os dias. – comentou divertida.

— Não é realmente tão difícil, já que eles não se comportam como crianças todos os dias. – Remus respondeu com um sorriso, enquanto colocava um sanduíche na frente da afilhada. – E como vai a escola?

— Vai bem. – responde, pensativa. – Padrinho. – chama e ele se vira novamente para ela. – Seria errado eu gostar de alguém que é mais velho do que eu?

— Na visão de muitas pessoas? Sim, mas o que realmente importa não deveria ser o que terceiros pensam, e sim o que vocês sentem, e se a diferença não é tão gigantesca e preocupante. – falou enquanto se sentava na frente dela.

— Não é que eu me importe com a opinião alheia. – diz deitando a cabeça sob os braços. – Mas também não sei se eu realmente gosto dele, eu nunca gostei de ninguém, e normalmente eu ouço muito sobre eu não poder ter sentimentos porque sou fruto de uma poção do amor. – suspirou enquanto explicava.

— Então a pessoa que estamos falando seria o Snape? – perguntou e viu a afilhada ruborizar enquanto concordava. – Não se importe com o que vão dizer, sempre terão diversas pessoas para criticar. – disse acariciando a cabeça dela. – E como você não pode ter sentimentos? Vai me dizer que você não ama essa sua família meio maluca?

— Claro que eu amo vocês, amo muito.

— Então, aí está. – se levantou com um sorriso. – Você não tem que se importar com o que os outros falam, se eles acreditam que você não pode ter sentimentos, então mostre para eles que não é verdade.

— Obrigada padrinho, eu precisava muito dessa conversa. – agradeceu com um sorriso. – Agora deixa eu ir parar com aquela discussão da sala. – se levantou e saiu da cozinha. – Vocês parecem duas crianças.

— Foi ele quem começou. – Sirius apontou para seu irmão, que fechou a cara.

— Você sabe muito bem que está errado por fumar na sala, já combinamos que você pode muito bem fazer isso no escritório do terceiro andar. – apontou, fazendo o outro cruzar os braços emburrado enquanto apagava o cigarro. – E titio, não o lembre de suas obrigações, ele não é uma criança.

— Credo, você é tão mandona quanto Moony, Capella e Lily juntos. – fingiu arrepios e ouviu a risada de seu irmão.

*****

Gatria e Régulus estavam na estação esperando por Zander e Harry, para levá-los para a casa Black, quando o trem parou eles viram de longe o Potter mais novo sendo abraçado pela senhora Weasley e a morena conseguia sentir de longe o cheiro das compulsões. Ela abraçou Zander e cumprimentou seu irmão – como se eles não fossem tão próximos –, Régulus segurou a mão da menina e aparatou todos eles.

— Zander, não? – Sirius perguntou assim que chegaram na sala. – Quais são suas intenções com minha afilhada?

— Titio, padrinho Sirius está provocando Zander. – chamou e quem veio foi Remus.

— Deixe-os em paz, Sirius. – O lobisomem mandou dando um tapa no animago.

Harry chegou logo depois e foi recebido com um abraço de Sirius, eles conversavam sobre algumas coisas e não passou despercebido – pelos padrinhos e o tia da menina – a maneira que Zander olhava e tratava a Potter mais velha.

— Onde está Monstro? – Gatria perguntou, já que o elfo ainda não havia aparecido.

— Pedi para ele fazer algo. – Régulus respondeu e ela concordou.

Sirius começou uma longa conversa com Harry e Zander, sobre Quadribol, Remus tinha saído para Londres trouxa, atrás de alguns doces para seus dois filhotes, Régulus estava em seu escritório resolvendo alguns papéis, então Gatria decidiu ir até a sala da tapeçaria Black. Eles tinham muitos rostos, até mesmo o de Capella Black, a garota se aproximou e abriu um pequeno sorriso quando viu o nome de sua mãe, a Potter tinha poucas lembranças de sua mãe, mas era o suficiente para saber que sempre foi amada pela mesma.

— Queria tanto que a senhora ainda estivesse aqui conosco. – falou tristemente enquanto passava o dedo pela imagem. – Então eu poderia pedir seus conselhos.

— É a sua mãe? – a voz de Harry a fez se assustar.

— Sim. – respondeu voltando-se para a tapeçaria novamente. – Não precisa estar aqui, Harry, acredito que vocês estavam em uma longa conversa sobre Quadribol.

— Sirius começou a provocar Zander. – o garoto deu de ombros. – Sabia que ele gosta de você?

— Quem? Zander? – questionou. – Acho que deveria, já que somos amigos.

— Ele gosta de você além da amizade, Gatria, dá pra ver nos olhos dele.

— Não seja bobo, ele teria me dito caso fosse verdade.

— Se você diz. – o menino não iria insistir.

Meu príncipe mestiço (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora