nine

1.8K 227 32
                                    

— Como eu posso ser sua herdeira? – Gatria perguntou confusa. – Olha, eu não sei quem é o senhor, mas Salazar Slytherin morreu a décadas e mesmo se ele estivesse vivo, nem os Potter e nem os Black tem parentesco com ele o que torna impossível eu ser sua herdeira.

— Seria impossível, se sua querida avó Walburga Black não quisesse, como posso dizer? – parou parecendo procurar a palavra certa. – Ah sim, a herdeira perfeita para a família Black, quando ela descobriu que sua mãe estava grávida Walburga veio até mim pedindo que eu torna-se aquela criança poderosa, em troca eu poderia usá-la como quisesse. – aquilo havia deixado a menina um pouco incomodada. – E aqui estou eu, procurando o que me foi prometido, quero minha herdeira, aquela que fará as coisas certo dessa vez e não se deixará ser como o maldito do Tom. – exclamou com uma certa raiva. – Ele realmente não entendeu o que eu queria.

— Eu não vou fazer nada disso, eu sei que você quer acabar com nascidos trouxa, sei o que você acha deles e eu não farei isso, Lily era uma nascida trouxa e cuidou de mim depois que minha mãe morreu, ela é como minha segunda mãe e fazer isso seria como traí-la. – respondeu andando alguns passos a frente. – Não me importa o que você e Walburga trataram, mas eu não sou um objeto e muito menos uma moeda de troca.

— Não pretendo acabar com os nascidos trouxa, contanto que você me ajude a acabar com os ideais de Voldemort. – falou fazendo a menina arregalar os olhos. – Ele desviou-se dos meus ideais, e de seus próprios ideais, se deixou ser manipulado e eu sei que você pode mudá-lo, eu a observo desde que você nasceu. – disse a olhando no fundo de seus olhos. – Apenas queria lhe avisar que quando eu chamar novamente é porque iremos começar o treinamento, eu não aceito atrasos e nem desculpas.

— Com tanto que não seja nas luas cheias. – avisou o olhando. – A não ser que queira ser retalhado.

— Eu sei que você tem controle sobre si. – comentou fazendo a menina suspirar. – Agora volte para sua comunal, imagino que queira descansar. – disse e ela se virou indo embora. – Tome cuidado no caminho. – ela saiu dali pelo mesmo caminho que veio, mas antes de sair para o corredor ouviu passos e a voz que ouviu a fez paralisar, era Rowley.

— O Lorde irá voltar, Snape. – Rowley avisou para o mestre de poções. – E quando ele voltar eu estarei observando na primeira fila enquanto você estiver sendo torturado e morto. – Gatria poderia apostar que o homem tinha um sorriso no rosto.

— Veremos Rowley, mas enquanto ele está dando sinais quem é que está sob a proteção de Hogwarts, apenas se divertindo com mulheres e homens? – Snape perguntou.

– Vamos Snape, temos que nos divertir, não podemos negar nossos desejos. – disse com malícia na voz. – Só que não está tendo tanta graça, já que todos tem sido tão fáceis, seria bom ter uma boa aventura. – comentou fazendo Gatria sentir cada vez mais nojo. – Tenho que ir, não irei passar o Natal aqui, mas tenho assuntos a tratar antes de ir. – falou e a menina logo ouviu passos se afastando.

— Saía. – a voz do pocionista surgiu fazendo um frio subir pela espinha da garota. – Mandei sair. – mandou novamente e ela não teve outra escolha a não ser se mostrar, ela passou pelo quadro e parou na frente de seu professor. – O que fazia ali?

— Nada demais professor, apenas achei essa passagem e quis ver onde daria. – falou baixinho dando dois passos pra trás por achar que eles estavam muito perto.

— E onde, se posso perguntar Sta. Potter, essa passagem vai? – perguntou olhando nos olhos da garota e viu o pavor neles.

— Apenas um túnel sem saída. – respondeu respirando fundo. – Se eu puder voltar para o meu dormitório agora professor. – disse se virando, mas logo se lembrou que não era por aquele caminho. Ela se virou passando por Snape e foi para o caminho certo, o Mestre de poções estava indo continuar sua ronda quando ouviu um grito.

— O que pensa que está fazendo? – perguntou irritado vendo a menina paralisada e seguiu sua linha de visão. – O que houve? – questionou vendo o corpo de Rowley jogado perto da parede, o homem estava com a garganta cortada e cheio de sangue. – Vá para a Comunal da Slytherin ela está mais perto, não queremos correr o risco de mais alguém ser morto, a senha é Coração de Dragão. – Snape instruiu a menina que apenas afirmou e saiu dali o mais rápido possível.

Assim que chegou em frente ao quadro ela falou a senha e o mesmo abriu sem questionar, assim que ela entrou na Comunal não viu ninguém então foi até a lareira para acender o fogo com suas chamas.

— Como fez isso? – uma voz perguntou fazendo-a se virar e ver Draco descendo as escadas. – E como entrou aqui?

— Professor Snape me disse a senha, já que aqui era a Comunal mais perto de onde estávamos, e eu fiz isso com meu poder. – respondeu olhando as chamas na lareira. – Não conte a ninguém, isso não deveria ser conhecido por ninguém.

— O que de tão grande aconteceu, para que o Snape te mandasse pra cá? – perguntou enquanto se sentava no sofá, mas a menina se afastou um pouco.

— Encontrei um corpo do professor Rowley com o pescoço cortado. – disse olhando pro rosto do garoto. – Não que eu tenha ficado com medo, mas apenas obedeci já que estava errada por estar fora do meu dormitório.

— Por que você está sem blusa? Você pode ficar resfriada, ou pior, pegar uma hipotermia. – ele levantou pegando seu casaco que estava em um canto e colocou sobre ela.

— Não é nada. – disse desviando o olhar e se afastando de novo. – Não chegue perto, por favor.

— Tudo bem. – Malfoy se afastou um pouco.

Meu príncipe mestiço (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora