thirty-four

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Quando a noite finalmente começou a cair eles foram levados para o campo de Quadribol, onde havia um enorme labirinto os esperando para a última prova, Gatria foi acompanhada por seu tio e seu padrinho até a entrada da prova.

— Vejo vocês mais tarde. – sorriu nervosamente enquanto recebia um beijo dos dois, em seu cabelo.

— Espero que ganhe, mas caso não o faça, saiba que prefiro que esteja viva. – Régulus disse para a sobrinha que assentiu.

Ela respirou fundo e finalmente entrou, vendo diversas pessoas nas arquibancadas, olhando pelo local ela conseguiu ver seus amigos torcendo por ela junto com vários alunos da casa das cobras e a casa das águias, eles tinham cartazes com seu nome e gritavam por ela; Dumbledore fez um discurso e informou como seria a ordem de entrada e a garota estava mais do que grata por ter uma vantagem e assim poder ter um minuto na frente de todos eles. Quando ouviram o disparo de canhão ela correu para dentro do labirinto e fez um rápido feitiço para que tivesse uma luz a seguindo enquanto ia por entre os corredores, logo se seguiram outros disparos e ela deduziu que os outros participantes já deveriam estar procurando seus caminhos até a taça, ela tinha que ser mais rápida se quisesse pegar a taça antes de todos.

No caminho ela encontrou bicho-papão, filhotes de acromântulas, raízes que estavam tentando pegá-la e arrastá-la para entre os arbustos, a garota ouviu gritos e olhando para cima viu lampejos vermelhos, dois dos campeões haviam sido eliminados e agora tudo que ela tinha que fazer era chegar ao final; seu último obstáculo havia sido para que ela resolvesse uma charada de uma esfinge, assim que o caminho se abriu ela correu para a taça e quando tudo começou a girar pode ver seu irmão e Cedric chegarem no local. Se não tivesse sido pela sua rapidez ao pegar a taça, ela teria sido muito mais elegante ao pousar, ao invés de cair com tudo no chão, olhando para cima pode ver olhos vermelhos a olhando com diversão e mais atrás ela pode ver o maldito rato olhando-a também.

— Tão desastrada quanto sua mãe. – sorriu, ajudando a garota a se levantar.

— Titio disse que o senhor tinha algo para tratar comigo. – falou, olhando perigosamente para Rabicho que estava se encolhendo pelo olhar dela.

— Não deixarei que a filha de minha querida irmã, me trate como se fosse uma das minhas seguidoras. – resmungou e mandou Rabicho embora. – Apenas queria a ver, e não gostaria de ter um daqueles outros competidores aqui.

— Sinto muito, mas não posso ficar por muito tempo. – franziu o cenho. – Eles me perguntaram para onde eu fui, Harry e Cedric me viram.

— Claro. – suspirou e chamou a menina para se sentar. – Farei uma marca falsa em você, ela sumirá assim que você quiser, mas isso poderá ser usado para tirar Dumbledore do nosso caminho.

Ela concordou e enquanto ele trabalhava na marca falsa, eles conversaram sobre algumas coisas e a menina teve certeza absoluta de que teria Pettigrew no Ministério, para conseguir se livrar da injustiça que seu padrinho estava sofrendo.

— Seria melhor fingir que estava chorando, muitos dizem que a marca negra dói muito. – instruiu enquanto fazia uma careta para a marca no braço da menina. Ele não queria que ela tivesse sua marca, mas ainda assim era necessário.

****

Quando a chave do portal a levou de volta para Hogwarts a menina estava chorando e parecia ter alguns machucados, ela foi rodeada por repórteres e por Dumbledore – junto do Ministro e aqueles que estavam na frente do torneio –, todos queriam respostas e ela apenas estava chorando enquanto repetia que Voldemort havia voltado; quando finalmente se livrou de todos que estavam em cima de si, pedindo respostas para suas várias perguntas, ela correu até seu tio e seu padrinho.

— E-Ele me marcou. – disse com a voz embargada. – Me desculpem, eu não queria, mas não consegui fugir. 

— Eu te conheço, filhote, não precisa fingir comigo. – Remus a trouxe para mais perto enquanto falava baixinho para ela que arregalou os olhos. – Ás vezes vocês se esquecem que eu também sou um lobisomem.

— Você está bravo? – perguntou, dessa vez as lágrimas eram reais.

— Não, apenas estou chateado por não ter confiado em mim, mas conversaremos sobre isso quando voltarmos para casa. – falou e a mais nova concordou.

17/06/1995

Gatria havia se afastado de seus amigos, assim como era esperado que ela fizesse por conta do que aconteceu na última prova, e hoje era o dia em que eles estariam se despedindo para começar as férias de verão, junto com isso o Profeta Diário trouxe a notícia de que Sirius Black estava finalmente livre depois que Peter Pettigrew apareceu no Ministério na frente de tantas pessoas. A garota se despediu de seus amigos das outras delegações e procurou por um vagão no trem, logo ela estava junto com seus amigos e todos viajaram em silêncio já que não queriam perturbar a menina, os dois Malfoy estavam quietos por conta do medo do Lorde das Trevas ter voltado, eles haviam ouvido muito – o lado da luz – sobre a loucura do homem.

Ao chegarem na estação ela pode ver Sirius esperando ao lado de Remus e Régulus, ela estava esperançosa de que teria seu irmão consigo para as férias, mas pela cara chateada do animago era claro que Dumbledore não deixaria isso acontecer se tivesse algo a dizer sobre isso. Ela pegou a bolsa de galeões que ganhou no torneio e caminhou até os gêmeos que estavam procurando por sua mãe, parando os dois ela entregou a bolsa nas mãos deles.

— Dentro dessa bolsa tem exatos dois mil galeões. – começou e viu os olhos dos dois se arregalar quando abriram e viram as moedas de ouro. – Pensem nisso como uma oferta para sermos sócios na loja. – os gêmeos olharam para ela com sorrisos marotos. – O que acham?

— Fez um ótimo negócio, senhorita Potter. – disseram juntos, com uma pequena reverência que arrancou uma risada dela. 

— Fico feliz em ouvir isso. – acenou um adeus para eles e logo foi em direção aos três homens que estavam a esperando.

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⏰ Última atualização: Nov 17, 2023 ⏰

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Meu príncipe mestiço (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora