Meu príncipe mestiço (Reescrevendo)

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Os três ficaram conversando até ter total certeza de que estava seguro sair sem que fossem pegos, os gêmeos acompanharam ela até a próxima aula ao qual eles teriam juntos que seria da professora Sibila, adivinhação. Gatria havia escolhido essa aula pois achava fascinante e se lembrava de seu tio sempre a dizer que era uma das matérias preferidas de Capella.

Assim que chegaram na torre, os gêmeos deixaram que ela subisse primeiro para terem certeza de que ninguém estava olhando por baixo de sua saia, e assim que os três entraram eles se sentaram na mesma mesa que ainda tinha um lugar ao qual foi ocupado por Zander. A professora disse que nessa aula eles iriam estudar as bolas de cristal, o que havia deixado a garota animada por isso.

— Vamos, me digam, o que vocês vêem? – perguntou, mas ninguém levantou a mão por não conseguirem ver nada, ninguém a não ser a nova Ravenclaw. – Diga querida, o que você vê? – pergunta dando um leve impulso para a menina começar.

— Vejo chamas, muitas chamas. – começou tentando pegar todos os detalhes. – Uma criança que se parece comigo, mas ela não sou eu. – franziu o cenho. – Também vejo um par de olhos, tão intensos, eles carregam tanta dor, muitas perdas, pessoas que eram confiáveis se tornando malignas. – dizia sem nem perceber que tinha a atenção de todos. – Agora estou com um vestido de noiva. – sorriu minimamente. – É só isso que eu vejo. – fala voltando a atenção para a sala que estava em total silêncio.

— Ela acabou de prever seu futuro e falou 'só isso'? – a morena ouviu George sussurrando para seu gêmeo e Zander.

— Fizemos amizade com uma louca. – Zander concluiu recebendo acenos de concordância dos gêmeos. – Mas isso não quer dizer que nos arrependemos. – disse vendo o olhar de tédio no rosto da garota.

A aula continuou com mais alguns alunos se esforçando para verem seus futuros nas bolas de cristal. Assim que ouviram o sinal tocando os alunos saíram indo para suas próximas aulas, Gatria e Zander teriam poções com os Slytherin então seguiram para as masmorras, assim que chegaram eles foram até uma mesa no fundo da sala e ficaram conversando até a porta ser aberta e o professor entrar.

Snape entrou atraindo os olhares de seus alunos que ligam pararam com as conversas, ele foi até sua mesa e fez uma breve chamado para ter certeza de que todos estavam ali, quando chegou no nome da morena ele parou, assim como havia feito no primeiro ano de Harry, e a olhou rapidamente, ela parecia com seu pai, mas mesmo assim era uma cópia de sua mãe.

— Alguém poderia identificar essa poção somente pela cor? – perguntou e viu que alguns alunos levantaram a mão mas ele percebeu que a Potter parecia não estar prestando atenção e então ele se aproximou a ouvindo cochichar. – Sta. Potter. – chama fazendo a menina sobressaltar de susto olhando para ele. – Poderia responder minha pergunta? – perguntou levantando a sobrancelha.

— Claro, Sr. – disse enquanto parecia pensar. – É uma poção Félix Felice, uma poção que traz sorte para aquele que a beber. – respondeu sem nenhuma hesitação. – Estou certa professor? – perguntou com um sorriso enquanto o homem fechava a cara, ela podia ver a semelhança com James naquele sorriso.

— Correto, Sta. Potter. – falou a contragosto enquanto se afastava da menina sorridente. – Quero que façam a poção que está no quadro. – manda enquanto fazia as instruções aparecem com um aceno de sua varinha.

Gatria olhou todos os ingredientes que precisava e se levantou para pegá-los, era uma poção calmante simples, a garota já sabia a receita de cor tanto que havia feito pequenas modificações para melhorar o efeito. Assim que ela se sentou em sua mesa começou a preparar os ingredientes enquanto esperava o caldeirão aquecer, Snape passava pelos alunos querendo ver como eles se sairiam com aquela poção simples, Gatria nem havia percebido o professor pois estava muito concentrada no preparo.

A menina tinha a bancada mais bagunçada do que os outros, mas ela não se importava pois o importante para ela era o resultado sair perfeito e não as coisas ao seu redor. Ela havia sido a primeira a terminar o preparo e assim que terminou ficou conversando com Hades enquanto esperava a poção esfriar para finalmente engarrafar. O Mestre de poções apenas conseguia ver a menina falando mas não conseguia ouvi-la e nem saber com quem ela estava falando e isso já estava o irritando.

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No horário do almoço, Gatria estava sentada na mesa de sua casa junto de Zander e Luna conversando quando as corujas começaram a chegar. Ela apenas ficou observando enquanto mastigava uma salsicha e então de longe viu duas corujas se aproximando de si, uma era uma coruja das Neves ao qual ela não conhecia e a outra era a coruja águia de Régulus, as duas deixaram o que estavam carregando e a menina lhes deu um petisco vendo a coruja de seu tio ir embora. Ela pegou a carta primeiro e a abriu.

"Gatria,

Comprei ela para que você possa me mandar cartas.

Fiquei sabendo que foi selecionada para a Corvinal, estou muito orgulhoso, mesmo que eu não me importe para qual casa você vá.

Ass: R.A.B"

Ela sorriu e acariciou a coruja logo abrindo o pacote e vendo o colar que tinha o brasão de sua casa e um dos anéis de Régulus, ela amava aquele anel mas nunca o pediu pois sabia que era algo importante para ele por ter sido algo que ganhou de seu irmão mais velho, Sirius.