Capítulo 11

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PVD DAMON

—ok... -digo sussurrando entrando no carro e logo ligando e saindo dali. Daquela mansão...

[...]

Sai pelas ruas com o carro em alta velocidade, até fazendo o carro cantar pneu.

Meu Deus...

Eu não conseguia me controlar. E sem perceber lágrimas desceram pelo meu rosto. Definitivamente eu perdi o controle. Eu me odiava por estar chorando feito uma criança. Odiava-me por sentir dor e principalmente por importar.

Droga...

Por mais que eu tentasse esses anos todos negar a minha “humanidade” que eu ainda tenho, ela estava se fazendo presente aqui e agora.
A dor é horrível, sufocante.  Sinto aquilo novamente depois de anos, de anos sem sentir. Sem me importar... Mas aquilo agora é pior...

Me sentia rejeitado, magoado sozinho, coisas que senti com Giuseppe. Mas ali agora doíam muito mais... Por dois motivos. Por eu ser um vampiro onde meus sentimentos são multiplicados, e segundo por agora saber de tudo . Saber minha verdadeira história. Saber quem é meu pai.  Saber que tudo poderia ter sido tão diferente.

Deus até quando eu vou ser enganado? Impressionante sempre durante esses anos de eternidade eu sempre descubro sobre alguma mentira.

 Estou cansado de me sentir assim. Não é atoa que eu agora, depois de aprender como são as coisas, como é a vida, que eu não permita ninguém de se aproximar... Pois pra ser abandonado, maltratado ou simplesmente eu gostar, me importar e de repente perder essa pessoa, prefiro ficar sozinho. Assim me protejo. Prefiro me fechar...
Assim é o melhor.

Droga...

Até mesmo um homem há um limite pra dor.
E eu já passei desse limite definitivamente...

Olhando pelas ruas vejo um prédio enorme. Estacionei o carro e sem saber o porque queria subir lá em cima. Ali onde ninguém me amolaria. Onde eu poderia ficar sozinho comigo mesmo.

Olhei para os lados. Se não tinha ninguém nem câmeras...

Suspirei usando meus poderes em um instante dei um pulo onde me impulsou pra cima do prédio. Parei em cima da mureta, sentei, com os pés pra fora do prédio. Sentindo o vendo forte bater contra meu rosto. Pude  observar a paisagem. Dava pra ver tudo. A cidade Inteira. As luzes acesas.

Era lindooo.

Fechei os olhos sentindo outras lágrimas silenciosas descendo  meu rosto. Até que  escutei pequenos e baixos soluços. Demorei um instante pra entender que vinham de mim.  Sentia meu peito subir e descer frenéticos. Numa respiração desacelerada e ofegante.

Sentia uma necessidade de gritar, simplesmente surtar...
Eu naquele momento, estava colocando tudo o que guardei esses anos pra fora... Todas as mágoas, as tristezas, os desesperos, as dores e todo os choros reprimidos na busca de me passar por “forte”.

Mas essa fortaleza não passava de uma máscara, que caía nesse exato momento. Onde eu realmente não passava de um menino assustado e triste. Mas a verdade é que eu ainda sou aquele garoto sozinho, triste e iludido.
Sim ainda sou...

Droga.

Não aguentando mais me controlar gritei.

—Ahhhhhh... -Gritei enxugando as lágrimas totalmente.

Toda aquela dor colocada pra fora não era apenas em relação a todo o passado de meu verdadeiro pai, mais sim a morte da única pessoa que eu me importava, que eu amava, minha mãe.

Amante Sofrido -  { Concluído }Onde histórias criam vida. Descubra agora