Assim que passamos pela porta tirei toda sua roupa até o caminho para o quarto, deixando as peças espalhadas pela casa, eu a beijava toda, segurei seu cabelo por trás da nuca, ela amava quando fazia isso, beijei seu pescoço, meus lábios passavam pelo seu ombro e sua respiração fica ofegante, o toque das minhas mãos a fazem arrepiar, sua boca semi aberta me faziam imaginá-la em outro lugar, eu mordo seus lábios puxando-o para mim. Ela desce beijando meu peitoral, passando a língua molhada pela minha barriga, meus pelos arrepiam com a sensação da sua boca, ela chega até a cueca e me olha, um olhar safado, era fatal. Sinto seus dedos puxando o elástico, ela brinca com a boca me fazendo enlouquecer, não consigo evitar, acabo gemendo, ela me fitando com o olhar. Puxo ela para mim.
Levo-a para a cama e a puxo para uma conchinha, meus dedos faziam ela se contorcer de prazer enquanto beijava suas costas, sentia ela pressionar meu corpo, movimentando sem parar em ritmo acelerado, escuto-a gemer cada vez mais alto, pressiono-a ainda mais firme contra mim e beijo seu pescoço, passo meus lábios por ele, sinto seu perfume, ela estava explodindo na minha frente.
- Ahh John, eu te amo... – Ela diz sussurrando entre os gemidos, eu continuo até que a vejo esgotar, quando seu corpo relaxa sinto meu ápice chegar, seguro firme sua cintura me esgotando completamente, viro-a para mim, queria ver seu rosto e beijar sua boca.
Ela estava linda e sonolenta, beijo seu rosto todo a coloco em meu peito, dormimos ali por horas, acordamos já era quase noite, ambos sentindo muita fome, ela ficava ligeiramente irritada, mas até isso me fazia sorri. Sai pela rua atrás de alguma coisa para comermos, fui em um restaurante que ela gostava e comprei lasanha, comprei seus chocolates preferidos também, sabia que podia estar com os hormônios alterados, ela nunca dizia, mas dava para sentir, ela ficava mais emotiva, um pouco carente e carência era algo que ela nunca demonstrava, até o seu desejo mudava.
Cheguei e ela estava levemente nervosa porque tinha molhado a roupa lavando os pratos, seu rosto estava vermelho de de pura raiva, coloquei a comida na mesa. Fui até ela, segurando-a em um abraço, acalmando-a com um beijo, ela respirou fundo, segurei sua mão e a levei para que ela se sentasse na cadeira. Peguei os pratos e nos servi, vejo ela fechar os olhos na tentativa de se sentir mais calma, pego o saco com os chocolates e coloco na frente dela, consigo arrancar um pequeno sorriso.
- Como você sabe? – Ela pergunta com um tom de timidez.
- É bem fácil saber que não está na sua melhor semana. – Pisco. – Pode descansar, assistir e comer seus chocolates, eu lavo os pratos.
Quando estamos jantando meu celular vibra na mesa e para minha surpresa aparece o contato 'Sarah', tomo um susto e Emily percebe, eu desligo o telefone.
- Não vai atender?
- Não, não quero falar com ela.
- É a sua ex?
- Sim... – Seguro sua mão. – É estranho ela nunca me ligou nesse tempo.
- Será que não é algo importante? – Ela não demonstra ciúmes, nem insegurança.
- Não sei amor, mas também prefiro não saber.
- É uma decisão sua. – Ela me diz, eu levanto e beijo sua boca e tiro nossos pratos e colocando-os na pia.
- John, ela está ligando de novo.
- Deixa chamar, uma hora ela vai desistir.
Começo a lavar os pratos e Emily vai para o quarto com os seus chocolates, eu sabia que assistiria suas series preferidas. Enquanto lavava os pratos as ligações continuam, me irritando muito, pego o celular e o desligo. Quando termino de arrumar a cozinha, vou para a cama fazer companhia a Emily, ela estava chorando com a cena da série, deito ao seu lado a acolho pertinho de mim, ela seca as lágrimas envergonhada, eu a beijo e limpo um restinho de chocolate que estava em seu lábio. Ela escolheu um filme de romance, bem clichê, um pouco triste, mas com final feliz.
Fomos para o hospital juntos, como chegamos mais cedo, fomos até a maternidade, ela adorava me mostrar os bebês que tinham nascido com a sua ajuda, me contava o peso, os centímetros, entramos e ela me mostrou um dos bebês prematuros, tinha nascido há poucos dias e estava fortalecendo o pulmão. Ela tocava o bebê com cuidado dentro da incubadora, imaginei como ela seria sendo mãe, a imaginei mãe dos meus filhos, nossa casa bagunçada com as crianças correndo, nunca tinha me imaginado nessa situação.
- Você tem vontade de ser mãe? – Pergunto, esse era um assunto que ela nunca tinha comentado. Ela se vira para mim surpresa com a pergunta.
- Já tive muita vontade, depois tive certeza de que não queria. O relacionamento anterior me fez afastar essa ideia, tinha medo de engravidar e não ser prioridade, do meu filho não ter um bom pai. E você quer ser pai?
- Eu nunca pensei antes. Acho que por não ter uma boa referência nunca me imaginei exercendo esse papel, tinha medo de repetir os erros, de não conseguir amar. Quando me reaproximei de Edward comecei a imaginar como seria sentir o amor por um filho.
Ela sorri e me beija. Ficamos ali olhando o bebê por mais alguns minutos até dá o meu horário. A clínica estava mais calma hoje, no meio da manhã Sarah volta a me ligar, mas contínuo não atendendo-a, imaginei que alguma hora ela fosse desistir. Saí para almoçar no refeitório e encontrei Emily lá, pegamos nossos pratos e nos sentamos juntos, em pouco tempo ela me ver recusar a ligação de Sarah umas duas vezes.
- Ela ainda está ligando?
- Passou a manhã toda ligando, estou para desligar o celular.
- John, será que não aconteceu alguma coisa? Não é bom você atender?
- Eu queria que ela me deixasse em paz. – Desligo o celular.
- Você ainda gosta dela? – A pergunta me faz olhá-la incrédulo.
- Emily? – Seguro sua mão olhando nos seus olhos. – Eu não sinto mais nada por ela, nem raiva, nem rancor, nem saudade... nada. Eu tento evitar contato com tudo que já me fez desencadear crises de pânico.
- Desculpa. – Ela parece envergonhada.
- Eu não estou fugindo dela, estou fugindo dos meus gatilhos. É difícil tentar controlar o que pode me gerar uma crise, mas tem coisas que eu sei que não vão me fazer bem.
- Você tem razão, sinto muito. – Ela beija minha mão.
Depois de algum tempo que estávamos conversando, Emily segura minha mão:
- John, queria te contar uma coisa. – Ela diz me olhando e eu a aguardo terminar de dizer. - Eu passei na prova para fazer aquele curso em Miami.
Ela me pega de surpresa, mesmo sabendo desde o início que ela iria passar, ela tinha se preparado para a prova, fora o quanto ela era inteligente.
- Meu amor, que bom. – Tento encorajá-la mesmo sabendo que vou morrer de saudades.
- O curso é de seis meses podendo prorrogar para um ano. Estou pensando se realmente vou, o que você acha?
- Eu acho que você é uma mulher e profissional incrível, se esse é um objetivo seu, você tem que ir sim. Eu vou morrer de saudade? Claro, vou te ligar o tempo todo e vou chorar a noite? Também. – Beijo sua mão e a vejo sorrir.
- Eu ainda não respondi, eles me deram um mês para responder.
- Mesmo que vá para longe, eu sei que levará o meu coração com você. E eu vou em todas as minhas folgas e gasto todo o meu dinheiro só para te ver. Vou te amar em todos os cantos do mundo. - Digo olhando-a nos olhos, ela me beija com um lindo sorriso.
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As marcas do medo.
Storie d'amoreJohn é um jovem médico que há anos luta contra as crises de pânico. Sua vida sofre diversas reviravoltas levando-o a ficar cara a cara com os seus traumas, deixando ainda mais intensa as suas crises e seus medos. O dinheiro não era capaz de lhe comp...