Não podemos mais perde tempo, foram tantos momentos que nunca recuperarmos.
Capítulo XLVI
Colocar Rose no carro tinha sido fácil, ao contrário do percurso para o hospital, onde a morena quase perdeu a consciência algumas vezes, fazendo os ocupantes do veículo segurarem a respiração.
Chris acelerava o máximo que podia, ainda assim, sentia que o carro estava lento. Seu coração acelerava, a cada curva que fazia, além do desespero do seu filho se misturar ao seu.
No banco de trás Rose abafou muitos gritos de dor, querendo tranquilizar os presentes, mesmo assim o Ozera, conseguia ver bem o sentimento alheio.
A cada minuto passado, o desespero aumentava. O hospital parecia sempre mais distante, o que não ajudava os nervos de pai e filho.
O trajeto pareceu demorar horas, diante aquela situação, mesmo que tenha se passado minutos, durante todo o caminho.
Chegar ao hospital trouxe um grande alívio, ainda mais pela morena ainda se manter acordada, mesmo com muito esforço, ao qual não sabia quanto tempo iria aguentar.
As presas, Christian estacionou o carro de qualquer jeito. Ajudou Alex a sair o quanto antes para pegar a mulher, com grande agonia transparente na face.
Com a morena nos braços e o filho ao lado, entrou no local, causando comoção geral. Fazendo vários enfermeiros irem ao encontro, com macas prontas.
A situação não tinha como, não chamar atenção. O sangue seco nas roupas dos três, além de, rasgadas e desespero marcado.
Levaram a morena o quanto antes para uma sala de cirurgia, enquanto o homem foi preencher toda a papelada necessária, com seu pequeno ao lado.
Alex chorava e por mais que seu pai quisesse fazer algo, não poderia fazer nada e isso o machucava muito, mesmo querendo tirar a dor de seu menino e passá-la para si.
Depois de tudo preenchido, pai e filho foram sentar em algumas cadeiras naquele imenso corredor com cheiro característico de água sanitária.
Não saberiam dizer quanto tempo estavam ali, sem qualquer notícia, tanto de Rose, quanto de Abe que nem ao menos havia ligado.
Em determinado momento Alex ficou quieto, baixou a cabeça e deixou ser levado por pensamentos de culpa, afinal quem causou tudo foi seu pai biológico.
O garotinho, enxugou as lágrimas e olhou o pai ao seu lado, que estava com o olhar distante, mal demonstrava qualquer reação, então pegou em sua mão, o fazendo despertar.
— Vai ficar, tudo bem. — soltou, tentando passar confiança ao filho e a si.
— A culpa é toda minha. — sussurrou, contudo pela aproximação o mais velho ouviu.
Com a frase, Christian se tocou do que poderia passar na cabecinha do seu filho. Pegou ambas as mãos do pequeno e se pôs em sua frente.
— Alex, não se culpe. — pediu, olhando sério.
— Se não fosse por minha causa, nada disso estaria acontecendo. — lamentava entre soluços
— Não repita, isso. O único culpado é o Jesse e ninguém mais. — repreendeu calmo.
— Se eu não fosse filho dele, tudo isso não teria acontecido. — voltou a lamentar.
— Rose e eu somos seus pais, independente de qualquer coisa. Jesse, foi apenas um infortúnio em nossas vidas, e por mais que alegue ser seu pai, isso não é verdade. Ele era ganancioso, psicopata, não se associ a aquele homem.
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Vivendo o Presente
FanfictionDeixar o lugar onde nasceu e cresceu é algo difícil, pois foi criada raízes e lanços que muitas vezes transcendem o sangue, mas quando se encontra exausto de ser julgo por todos ao seu redor, além de uma traição e rejeição de pessoas queridas, o mel...