XXVI: Moira

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O homem é uma prisão em que a alma permanece livre.
( Victor Hugo)

Capítulo XXVI

   A pessoas que falam que o tempo passa rápido, mas não para meu marido e eu. Nossa existência é uma completa incógnita nesse mundo.

   Nunca pensei que um sorriso, pudesse enganar tanto. Há 12 anos estou presa sem chance de sair, do mesmo modo que não posso ver meu amado filho, as grades da cela me impedem de ver o mundo.

   Inúmeras vezes pensei em desistir, mas me apago a possibilidade de sair daqui e vê meu pequeno, mas tudo não passa de sonho distante.

   Pensar no meu filho aperta meu coração, afinal dúvido que queira nos ver, pois devem ter colocado mentiras em sua mente e isso é o que mais machuca.

   Fui presa injustamente, por fraude na presa que trabalhava, assim como meu marido, ao mesmo tempo que, fui traída pela minha própria cunhada, algo impensado.

   Sempre soube que a mesma era ambiciosa, mas nunca imaginei de verdade o quanto ela seria e o quanto poderia prejudicar os outros para alcançar seus objetivos.

   Quando fui presa, não entendi bem na hora, mas hoje consigo vê perfeitamente. No começo até pensei ser um engano, doce ilusão. 

   Tasha tinha tudo planejado desde o começo, matou o pobre Nathan, por saber que o mesmo estava prestes a entrega-la, nos acusou por roubar a empresa do mesmo, para sair impune. Sabia que se ela não fizesse isso, ela que estaria agora nesse lugar.

   A anos venho pensando em um modo de me vingar, nem que eu saia daqui a cinquenta anos, tera voltar o que ela me fez.

  Por causa dela, não vi meu menino crescer, não o vi entrar no ensino médio, muito menos conheci sua primeira namorada, não vi sua primeira nota vermelha ou vi seu baile ou sua formatura, perdi todos os momentos ao lado dele.

   Não sei nem como o mesmo está, se esta bem, se casou ou tem filho. Christian meu filho amado, queria está ao seu lado.

   — Esta divagando outra vez, Moira?

   — Desculpe, querido.

   — Não precisa, vem aqui. — me chama para seus braços.

   — Como você acha que ele está? — pergunto encostado em seu peito.

   — Tenho certeza que esta muito bem. 

   — Como pode ter certeza?

   — Ele tem amigos ao lado dele.

   — Com toda certeza a filha da Janine está com ele. — sorriu ao lembrar.

   Lembro que eles não se desgrudavam, claro que mesmo assim tinham várias brigas entre eles, mas no fim tudo terminava bem.

   — Ela sempre foi uma boa menina, Jany teve sorte.

   — Sim, a garota é tão teimosa quanto a mãe.

   — E esperta como o pai.

   A inteligente do Abe, era muito presente nela, até a lábia, pois sempre se safava de toda confusão que se metia.

   — Você acha que o Chris tem vergonha de nós? — pergunto triste sobre tal hipótese.

   — Difícil disser, se bem que ela deve ter envenenado a cabeça dele. — confessa.

   — Espero que ela não tenha feito nada a ele, pois caso contrário irei voltar aqui, mas por algo que eu fiz. — falo sendo o mais sincera possível.

Vivendo o PresenteOnde histórias criam vida. Descubra agora