XXXVI : Dimitri

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As guerras poderiam ter sido evitadas se tivessem o bom senso de se sentarem e conversarem, como pessoas civilizadas.

Capítulo XXXVI

   Não esperava vê o tio Lucas e a tia Moira, na casa da Roza, realmente foi surpreendente. Não sabia que eles tinham sido soltos. Foi algo surreal, nãode uma forma ruim, mas boa. Sei a falta que eles fizeram, para minha mãe e o Christian principalmente.

   No começo pensei que a Roza iria me  ignorar completamente, mas graças a uma força maior isso não aconteceu,  para meu alívio. Como se isso não me surpreende-se o suficiente, a mesma ainda me chamou pelo nome. Se eu fosse uma garota com toda certeza teria surtado, mas como não sou me mantive tranquilo. Mesmo assim me fez ficar um pouco em choque, até demorei a notar que tinha ficado sozinho na sala.

   O jantar estava indo muito bem, sem nenhuma discursão ou briga, o que para mim era maravilhoso, só assim poderia admirar minha Roza, sem problema algum, por esse motivo não prestei atenção nas conversas que se seguiam, até ouvir sua mãe questionar.

   — Querida como foi no restaurante?

   — Está tudo indo conforme o planejado. Se não houver  imprevisto, sábado será a inauguração. — fala transbordando felicidade.

   — Vocês não ficam nervosos? — Jill pergunta curiosa.

   Não vou mentir, estou muito curioso, então qualquer coisa que ela possa responder, é uma forma de saber mais sobre a mesmo no tempo que passou fora.

   — Hoje em dia não, mas quando abrimos o primeiro em Nova York, tive pena do Abe, nos aguentar foi difícil. — responde Christian com um grande sorriso.

   — E de mim, ninguém tem pena?

   — Você também, loira. Foi uma fase louca para a gente, mais graças a Deus, deu tudo certo. — Roza falou, parecendo lembrar de algo.

   — Isso não posso negar, foi muito trabalho duro e noites em claro, para poder te-lo em pé. Me sinto orgulhoso, pois deram tudo de si para chegar onde estão. — disse Abe, sem esconder o orgulho que tinha.

   — Também me orgulho de vocês, quando cheguei, tinham o restaurante, mas não era tão simples quanto parece. Tenho orgulho de tudo que fizeram, todo o trabalho até esse hoje, para me criar, mesmo com fantasmas do passado. — Alex falou um pouco envergonhado, mas convicto de sua palavras.

   — Meu querido. — disse a Roza, quase chorando.

   O menino logo foi abraçado pela mãe, sendo acompanhada pelo Ozera. Era nítido o amor entre os três, o que me fez questionar se estaríamos assim, se estivesse ao seu lado quando precisou e se nossa filha estivesse aqui.

   — Por você que as noites em claro, valeram a pena. — disse o Chris dando um beijo no menino.

   — Realmente, deve ter sido uma loucura. — disse André.

   — Uma bagunça só. — confirmou Roza.

   —  Por isso devem ter muita história para contar.

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