XLII: Autora

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Só colhemos o que plantamos, seja bom ou ruim.

Capítulo XLII


   Dimitri passou horas ao lado de André montando um programa, que pudesse agradar tanto a Rose quando a si, mas principalmente ela.

   — Não aguento, se tiver que procurar mais alguma coisa, irei surta. — André falou desesperado.

   Cansado pelas grandes buscas, o loiro simplesmente se jogou na cama do amigo, diante todo cansaço físico e mental.

   — Você é bem surtado. — brincou o Russo, imitando o outro.

   — Isso é o que ganho por ajudar. — disse rindo da situação.

   — Em relação a isso, obrigado. Não saberia por onde começar, se não fosse por você. — disse Dimitri sério, reconhecendo todo o trabalho alheio.

   — Isso que é ter um trabalho reconhecido. — se vangloriou satisfeito.

   — Quando merece, a gente elogia. — devolveu simples.

   — Cheguei a pensar que não terminamos hoje.  — falou o loiro com suspiro cansado.

   — Mais não terminou. — Dimitri logo falou, para desespero do amigo.

   — Tá de onda, só pode ser brincadeira. Depois de sei lá quantas horas, o que ainda falta? — perguntou desacreditado, durante um ataque de desespero.

   Dimitri riu da situação, já que o outro após falar começou a andar pelo quarto como louco. O Russo sabia que era errado brincar de tal forma, com alguém que o ajudou bastante, contudo, não pode evitar.

   — Primeiro se acalme, antes que minha irmã perca o namorado. Não se preocupe, apenas falta chama-la.

   — Tô calmo. Ainda bem, mas por que diabos, ainda não fez o convite? — perguntou um pouco mais alto e sem acreditar no amigo.

   — Na verdade também não sei. — confessou com voz fraca.

   André voltou a deitar ao lado do moreno, que tinha o olhar perdido no teto do quarto.

   — Não que eu queira ser especialista ou algo assim, mas tudo isso parece insegurança. — proclamou despreocupado.

   O Russo não respondeu, apenas continuou fitando o teto, dando a deixa para André continuar com seu pensamento.

   — Isso é normal, se levarmos em conta tudo. Não é segredo que gosta dela, apenas no passado foi idiota, e agora tá tentando amadurecer. — esclareceu.

   — Parece que está falando com um adolescente. — disse sorrindo, afinal até para si mesmo parecia isso.

   — Da quase no mesmo. Você só está, assim, com medo de estragar tudo. — disse o loiro com a maior sinceridade do mundo.

   — De novo, você quer disser. — frustração era evidente em sua voz.

   — Não deveria se sabotar assim. Dimitri, você falou que não ia desistir, tá tendo uma chance só aproveite ela.

   — Mais e se...

   — Se depende de do "e se", o mundo não iria gira. Convenhamos que para ela fazer o que fez, no mínimo deve sentir algo por você. — incentivou.

   — Tem razão, só não quero me decepcionar. — desabafou ao passar a mão pelo rosto.

   — Olha aqui, se pensar em desistir não olho na sua cara. Não passei horas te ajudando para nada. — disse de forma dura só de pensar que todo seu trabalho foi em vão.

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