◈ Capítulo 21 - Un Inesperado, Esperado ◈

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"Even in the darkness, You will be my light
Even when I'm hopeless, You will be my guide
I will not be shaken, I will not be moved
Even in the chaos, I know that You're good"

- Hold Us Together
H.E.R.

Jueves, 13 junio 2019

- Estou feliz que a Luna esteja feliz

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- Estou feliz que a Luna esteja feliz. - digo, sorridente, sentada num dos sofás que fica na zona exterior do hotel onde estamos hospedados.

A temperatura do sol, está ameno. Acabámos de chegar do aeroporto, onde fomos deixar a Luna, em que embarcaria logo para Maiorca, sendo que a surpresa foi planeada pelo Marc. Não foi surpreendente quando o mesmo nos procurou a pedir ajuda para que possa conseguir convencer a nossa amiga, sem saber tudo em detalhes. Prontamente, aceitamos.

Algo que eu tenho a certeza é que ela haverá de ficar feliz, ao saber toda a verdade. E é isto que nós queremos, que possa sorrir, que possa pelo menos alegrar um pouco.

Era hilário a forma como falava do guarda-redes alemão, quando ainda estava no início de se conhecerem. Que ele era muito irritante, estressante, metido... eram vários adjetivos, negativos, que nos faziam rir. Ao mesmo tempo que falava, parecia que queria dizer outra coisa, não o que realmente eram ditas.

Passados meses, podemos ver a realidade. Marc conseguiu algo que raras pessoas conseguem em relação à ela, fazê-la ficar calada perante alguma coisa mencionada, fazê-la ficar envergonhada. Sem querer, ele acabou por ter o poder sobre as ações temperamentais que fingia que a definiam.

Apenas um encontro, em que acabou encharcada, pode fazer uma mudança na sua vida.

- Eu também estou. Duas pessoas que pareciam água e óleo, mas agora, é como se fosse água, e qualquer produto em pó.

- Pablo, que comparação é esta? Tudo bem água e óleo, mas... tu sempre foste mal em relação à isto! - rimos. - Eu espero muito que ela possa gostar de estar na ilha, na companhia do Marc. E ele ganhou um ponto comigo. Isto prova que se importa.

- Importa sim. Aproximou-se da Luna, e conheceu-a bem em curto tempo. É como... é como se conhecesse a sua alma. Conseguiu conhecê-la mais rápido do que nós. E talvez possa significar algo maior.

- Sim, é só observar a forma quando os dois estão juntos. O olhar... o olhar e a atitude dizem muito.

- E como.

Parece tão irónico ele dizer isto, sendo que, eu possuo o mesmo olhar mas, não vê. Eu tentei de tudo, até tentei expressar nos momentos únicos que foram poucos, mas foram intensos para mim, só que da mesma forma, ainda assim, está despercebido para o mesmo.

Se seria mais fácil eu acabar por falar? Só de como acaba por nem se importar com o que aconteceu entre nós, isto mostra claro de como seria se caso alguma vez eu tivesse pensado em dizer abertamente o que eu sinto. Por isso, prefiro manter-me bem quieta.

Vejo uma criança na praia, juntamente com os pais. Aparenta ter uns 3 anos. Automaticamente faz-me pensar na criança que estou à espera. Toco com a mão no meu ventre. Pareceu surreal para mim, quando a médica deu a notícia, aliás, não deveria parecer uma surpresa, porque era muito provável acontecer, sendo que nem a proteção usámos, e às vezes, nem mesmo se for usado.

Entrei em desespero, não sabia o que fazer. Senti-me culpada, por exagerar na bebida, e quase ter prejudicado além da conta o meu bebé.

E o que eu haveria de fazer, sendo que a pessoa no qual me engravidou, é o meu melhor amigo, e enquanto eu tenho sentimentos para com ele além da amizade, não sou recíproca? Mas sim, eu tenho que pensar pelo lado de que sim, engravidou-me, o que quer dizer que não devo estar sozinha. Nós dois devemos ter em conta esta responsabilidade, eu só não sei como que irei o contar. Só que tenho que contar.

Apaixonar pelo Pablo, não foi algo difícil, muito pelo contrário. Difícil mesmo, é assumir.

- Tina, eu preciso conversar contigo. - quando o diz, fico preocupada, com receio de que ele possa ter descoberto alguma coisa antes que possa ter dito.

- Sobre o quê?

- Sobre o que realmente aconteceu para te fazer acabar por ir ao hospital. No momento, eu até deixei-me acreditar que tinha a ver com o abuso em álcool, mas comigo também, aconteceu o mesmo, e apenas tive uma ressaca. Tudo bem que os organismos são diferentes, só que, não acredito que seja por isto. Se tu tens algo para me dizer, só tu mesma possas dizer-me. - fico aliviada que ainda não sabe, contudo, é só um alívio momentâneo, porque ele já duvida que não foi totalmente a verdade o que foi dito, e há mais por descobrir. - Tu estás a esconder alguma coisa, não estás? - observar
-me com o seu olhar tão atento, de quem saberá caso eu contar uma mentira.

- Eu...

- Tina, não precisas mentir para mim. Qualquer coisa que precisas falar, podes dizer, independentemente do que seja.

- Eu preciso sim falar algo, mas não pode ser aqui. Podemos ir ao quarto?

- Claro.

Não poderia fugir. Soube ontem, só que, não posso o pedir mais tempo. Ele é observador, o que custa acreditar do porquê ainda não percebeu nada em relação a mim, ou talvez, esteja a fingir que não percebe.

Pegamos o elevador que levaria no andar dos nossos quartos. Eu já estava a ficar nervosa.

Ao chegarmos no meu quarto, eu fecho a porta, só que ainda continuo de pé, perto da saída. Não sabia nem como começar. A aflição está a tomar conta da minha mente e do meu corpo.

- Tina, senta um pouco, e acalme-te.

- Eu não consigo.

- É muito sério o que vais dizer? É grave?

- É sério. É algo que vai mudar a nossa vida. Mas não é grave.

- Nossa vida? Então eu também estou envolvido? - logo lágrimas começam a descer pelos meus olhos. Eu não sabia como agir, eu não sabia como falar.

Levanta de onde está, e chega perto de mim, a pegar pelas minhas mãos, e fazer-me sentar sobre a cama.

- Torno a dizer. Qualquer que for o que tenhas para me dizer, não sintas receio, eu estou aqui, do teu lado, para qualquer que for que possa estar a acontecer. Mas se não estás preparada, eu não vou pressioná-la, nem pedir muito, porque ninguém sente-se bem em falar sem querer.

- Não, tudo bem, eu preciso dizer-te, e agora.

- Não chores...

- Eu estou grávida. - digo, de repente, sem nem esperar por mais nada.

Ele fica surpreso, e não é para menos. Mas tem uma atitude que me deixa surpreendida. Logo abraça-me forte, a fazer-me esquecer qualquer que for a possibilidade dele ficar sem acreditar, perguntar por várias coisas. Sei lá, eu não sei o que me levou a pensar que o Pablo ficaria tão estranho. Deveria dar o crédito à Luna, ao dizer que o nosso amigo em comum, não me deixaria sozinha, e sim, estaria a apoiar-me.

- Pablo...

- Xiuuuuu... eu não disse que estaria aqui para qualquer coisa? Eu vou estar.

Parecia difícil? Não é o que foi. De uma aflição, passa a ser um alívio.

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Bjs da Lu
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Mi Hermosa ϟ Marc-André Ter Stegen ✓✅Onde histórias criam vida. Descubra agora