"I live to be around you You take my breath away Can't help but talk about you Every night and day"
- Still In Love Brian McKnight
Viernes, 7 junio 2019
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Desço para o andar de baixo, e dirijo-me para à cozinha. São cerca de 6 horas da manhã. Poderia estar a dormir ainda, aproveitar que não hei de ter algum compromisso profissional, mas, da mesma forma, não me mantenho por mais tempo a adormecer. A rotina já me faz estar desperto neste momento. É o costume.
Encontro a minha mãe no cómodo.
- Guten Morgen, Mama! - dou-lhe um beijo na cabeleira.
- Guten Morgen! Como já sei que irias acordar cedo, preparei o teu café, como o costume. - entrega-me a chávena da bebida feita a base da cafeína.
- Danke!
- O que aconteceu ontem, após teres passeado um pouco, e chegaste em casa com a face mais fechada? Será que é o que eu imagino? - pergunta após sentar na mesa, de frente onde estou. Não era preciso confirmar para ter a certeza da sua suposição.
Eu decidi vir à minha terra natal, e passar uns dias aqui, antes da pré-temporada começar. Já sabia do que poderia esperar ao chegar, Mönchengladbach não é tão grande para não o acontecer, e bom, da mesma forma eu viria, porque eu não posso parar de fazer o que antes fazia, por agora ser diferente.
Há duas semanas atrás, ocorreu o encontro que eu solicitei, para que possamos entrar em acordo qual é o melhor caminho que poderíamos fazer para o divórcio. Não há nenhuma dúvida que ela quer que seja o mais rápido possível e eu não vou... atrapalhar. Talvez esta seria a palavra no qual possa querer utilizar para me definir, já que a única forma que nos mantém ainda, "com laços", é o casamento.
Diferente do dia em que me informou que queria se separar, estava envergonhada, e não conseguia me encarar. Já devia saber que eu estou a par do motivo que a levou para querer o divórcio. Não tem como mais a julgar. Fez-me sofrer sim, mas é adulta, e sabe das consequências dos seus atos. Se quer estar num outro relacionamento, não vou impedir. Mas também é sendo uma adulta, que deveria conversar, não fazer tudo pelas costas.
Talvez sentiu-se com uma consciência pesada, e quis conversar comigo.
Flashback on
- Será que podemos conversar, a sós?
- Eu acredito que não há mais nada para conversarmos.
