Me Apaixonei Pela Pessoa Errada (CONCLUÍDO)

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Saí para dar uma caminhada, está chovendo. Quando eu era criança eu costuma gostar da chuva, era reconfortante, principalmente depois de todas as pernas e momentos ruins que eu tive. Estou andando distraidamente quando me esbarro em alguém. Olho para cima e vejo Diego.

- Olá - diz com um sorriso.

- Oi

- Como você está?

- Estou bem na medida do possível. - sorrio.

- Que bom, estava pensando em te ligar agora mesmo.

- Ah, é mesmo? Para quê? - pergunto

- Eu gostaria de podermos conversar sobre tudo. A gente poderia ir para sua casa?

- Ah, claro. - respondo sem graça. Não sabia ao certo sobre o que Diego queria conversar.

Chegamos em casa, que agora está vazia. Yan foi para o trabalho e depois irá para a casa dele. Acho que ele percebeu que ficar na mesma casa que eu, não faria bem nem para ele, nem para mim.

Entendo que para Diego tudo que aconteceu foi muito confuso. Eu nunca tinha contada para ele sobre mim e Yan, e do nada eu sou esfaqueada em uma festa, e ele descobre que eu sou a ex de seu concorrente e ainda por cima grávida. Acho que ele sabe que não podemos ter nada e só está aqui como amigo, querendo saber se eu preciso de algo.

Dou um sorriso pequeno e ele responde do mesmo jeito.

- Eu sei que tem muita coisa acontecendo na sua vida, mas eu ainda não sei sobre nada que aconteceu com você - diz. - eu quero que você se abra comigo, mas não da forma que um funcionário se abre para o chefe.

- Eu entendo, o que você quer saber?

- Eu entendi que você está grávida do Umderwood, mas o que eu queria saber é o que rola entre você e ele?

- Acho que eu não quero falar sobre o que aconteceu com a gente - desvio o olhar.

- Eu não quero saber dos detalhes, só preciso saber se você e ele ainda tem algo?

- Acabou, não temos mais nada. - falo engolindo em seco.

- Você tem absoluta certeza disso? - pergunta.

- É claro que sim, por... - sou interrompida por seus lábios carnudos me beijando. Ele coloca suas mãos em meu cabelo e sua língua pressiona minha boca fechada. - Sem saber o que fazer, empurro ele.

- O que você está fazendo? - pergunto assustada quando ele me solta.

- O quê? Te beijar? - ele pergunta sem entender.

- é exatamente isso. - Falo gritando.

- Você disse que não tem mais nada com o Yan. - ele grita mais alto do que eu.

- E daí? Isso não significava que eu estava querendo que você me beijasse. Pensei que você quisesse conversar comigo como amigo. - falo com os braços cruzados.

- Amigo? Você sabe muito bem que eu gosto de você, gostei de você desde o início. Não é a primeira vez que eu dou indícios de que estou interessado em você. - Seu tom de voz está muito grosseiro, fazendo com que eu fique assustada. Não estou acostumada com ele assim.

- Pensei que estivesse bem claro que eu só queria você como amigo, ainda mais depois de tudo o que aconteceu, não estou pronta para outro tipo de relacionamento.

- Ah, não está? Então por que aceitou ir naquela festa comigo? Por que você vive grudada comigo na empresa? Se isso não for interesse eu não sei o que é.

- Todas as vezes que eu fiquei perto de você, foi porque eu pensei que você gostasse de mim como amiga, até aquela vez no carro eu expliquei que não estava pronta. Você está confundindo tudo!

- Você diz que não está pronta para relacionamentos, mas está na cara que se fosse o Yan no meu lugar, você estaria mais do que pronta.

- Isso não é verdade! - grito.

- É sim, e você sabe disso. Você está enfeitiçada por ele!

- Não posso dar o que você quer. No momento é impossível para mim, mesmo depois de tudo o que aconteceu, Yan deixou uma marca em mim... Uma marca em meu coração. Eu não posso e nem consigo me entregar para nenhum homem agora.

Eu caminho depressa indo até o quarto.

- Beth, me espera. - saio correndo e dou de cara com o Yan.

- Aconteceu alguma coisa? - ele diz me parando. Quando eu ia responder, Diego surge me pedindo desculpas. Ele tenta chegar até mim, mas Yan se coloca entre nós.

- O que você fez para ela?

- Não é da sua conta! Isso não envolve você. - Diego fala gritando.

- Se envolve a Beth, também me envolve. - Yan fala com uma cara nada boa.

- Eu ia conseguir comer ela se você não tivesse aparecido. - Diego fala me assustando com suas palavras. Yan vai chegando mais perto dele mas eu seguro seu braço.

- Por favor! Só leva ele embora, não estou com cabeça para mais nenhuma briga.

- Beth...

- Por favor! - peço, e ele joga Diego para fora de casa, não sem antes gritar que se ele chegar perto de mim mais uma vez ele não vai sair vivo.

- O que você está fazendo aqui? - pergunto depois de um tempo em que ficamos em silêncio.

- Eu vim buscar alguns papéis que eu havia esquecido, até que me esbarrei em você. O que você faria se eu não estivesse aqui? Ele poderia ter te machucado. Aliás, ele não te machucou, machucou?

- Não, claro que não. - falo. - E obrigada por me defender. - agradeço sem graça.

- eu não fiz mais que a minha obrigação. Mas eu não vou deixar você ficar aqui. - diz sério.

- O quê?

- Essa casa não tem segurança nenhuma. Não só ele como qualquer outra pessoa pode entrar aqui e te machucar e machucar o bebê. - tento discordar mas sem que é verdade. - Arrume suas coisas, você não passa nem mais um dia aqui. - diz.

Não respondo nada, só vou para meu quarto pegar minhas coisas. Não é o que eu acho ideal no momento, mas não posso pensar só em mim, tenho que pensar também nessa criança que está crescendo dentro de mim, e aqui não é seguro para ela.