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Alguns dias se passaram, já estou trabalhando na empresa a cinco dias, confesso que foram dias muito cansativos, o senhor Yan Umderwood não me deixou em paz, toda hora tem um trabalho novo para fazer, não estou mais aguentando trabalhar aqui, mas preciso muito desse emprego.
Moro sozinha, meu pai me abandonou quando eu ainda era pequena, e minha mãe morreu quando eu tinha 16 anos. E só sobrou eu, para sustentar uma casa, no começo, a mãe de Rachel me ajudou, pagava minha despesas, já que minha mãe antes de morrer, pediu esse favor para Rachel, para ela ser a mãe que eu não ia poder mais ter. Mas eu já cansei disso, não quero mais que os outros se preocupem em pagar minhas contas, quero ter minhas próprias responsabilidades.

Hoje vai ter uma festa na empresa, e todos deverão ir elegantementes, por isso a alguns dias atrás eu já comprei uma roupa para a ocasião, já que eu tinha um dinheiro guardado de quando fui “babá por uns dias” mas digamos que eu não me dei muito bem nesse emprego.

Tomo só uma xícara de chá, e vou para o meu banho. Passo meu hidratante por todo o meu corpo, e coloco o meu vestido. Até esqueci de dizer, ele é vermelho com uma venda nas pernas, um decote nas costas, não quis um que tivesse um decote na frente para não ficar muito vulgar, já que é minha primeira festa na empresa.

Pego o carro, e vou dirigindo até o trabalho com músicas do James Arthur, eu sei, as músicas dele são um pouco sofridas, mas eu amo de paixão. Ao chegar na empresa, pego uma bolsinha onde está meu celular dentro.

Entro na empresa e me junto a alguns funcionários que eu já conheci. A festa era para apresentar o novo sócio da empresa: Roger Kuster, ele era muito bonito, alto, olhos verdes, moreno claro e cabelos castanhos. Só não ganhava do gostosão do meu chefe. Espera, o quê que eu estou pensando, tenho que tirar esses pensamentos de mim. Já estou até delirando, parece que meu chefe está olhando para mim, viro para ver se tem alguém atrás mas só tem eu, quando nossos olhares se cruzam ele dá um sorrisinho de deboche e descia o olhar. Ué, homem maluco, será que estou tão feia assim?

- Lindo né amiga? - disse Marina, uma funcionária que eu conheci a poucos dias, ela é bem legal - Mas não se engane pela aparência, ele já pegou 50% das funcionárias, e 55% são os homens e 5% mulheres que ele não quis. Mas não se preocupe, eu nunca fiquei com ele, INFELIZMENTE hahahaha - Marina deu uma risada escandalosa

- E o que ele tem de tão especial assim para já ter pegado tantas mulheres?

- Não se finja de lerda amiga, ele é um gato, basta ele piscar que elas já se abrem toda para ele. Além do dinheiro né miga - Disse Marina rindo.

- Ele pode até ser bonito, mas aquele ar de arrogante dele, na minha opinião, mata toda a beleza por fora que ele tem.

- Mas é isso que os ricos fazem, eles tratam à classe social diferente dá deles como um lixo, mas sem a gente eles não seriam nada, só eles não percebem.

Quando o senhor Umderwood passa, todas as mulheres param de conversar e ficam olhando para ele, umas até tentam seduzi-lo, confesso que é até uma cena engraçada de se ver.

Espera, é impressão minha ou ele está vindo em minha direção? Ops, o pior é que está mesmo.
Ele chega e para ao meu lado observando os funcionários com um olhar frio, mas ao mesmo tempo um olhar de quem sabe que é lindo, sua segurança demostra isso.

- Então senhorita Perrot... Está gostando do trabalho? - pergunta ele me tirando dos meus pensamentos

Resolvo ser sincera, se ele quiser me demitir que me demita, cansei de aguentar esse ar de superioridade dele.

- estou gostando, é uma área que eu sempre quis trabalhar. Porém, não gosto da maneira como trata eu e os outros funcionários. - digo séria, já esperando ele falar que eu não tenho que gostar de nada

- E como eu trato os meus funcionários, senhorita Perrot - pergunta ele com deboche, mas com aquele sorrisinho sexy nos lábios

- Você trata os seus funcionários como lixo, de maneira grosseira... E quer saber de uma coisa, você é grosso e se acha melhor que tudo mundo, pensando que todas as mulheres vão te querer, basta você piscar que elas vão correndo atrás de você - disse, já sei que não tenho mais meu emprego, mas pelo menos desabafei, não gosto de pessoas arrogantes como ele. - Não é porque somos de classe sociais mais baixas, que o senhor pode nos tratar assim

- Sobre a maneira que eu trato meus funcionários, eu só te digo uma coisa, senhorita Perrot, não é da sua conta.
E sobre ser grosso, é o que as mulheres costumam dizer - ele fala com uma certa malícia - Agora vá para casa, senhorita Perrot, está dispensada, e compareça a minha sala amanhã, sem atrasos - Só porque me atrasei uma única vez, ele me trata como se eu atrasasse sempre, odeio esse homem.

Pego minha bolsa, vou até algumas pessoas me despedir e vou embora.
Onde eu fui me meter quando aceitei esse emprego?

Chego em casa, esquento uma comida no microondas, não estou com coragem para cozinhar agora. Coloco na Netflix, e começo a maratonar a terceira temporada. Depois que descubro quem aquele filho da puta do Edgar é, desligo a televisão e vou dormir. Tenho que estar bem mentalmente, para receber minha demissão amanhã. Por que é que eu falei todas aquelas coisas? Eu preciso muito desse emprego, e em meio a tantos pensamentos caio no sono.

Me Apaixonei Pela Pessoa Errada (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora