Martina- Série Irmãos Valente (Livro 2)

Capítulo 17

Quem estava com saudades da Alessa?

Boa leitura!

Alessa

Eu nunca pensei que poderia ser tão feliz, como nesses últimos meses. O peso da mentira já não está mais sob os meus ombros e isso em permite ser feliz por completo, ou quase. Falta apenas as minhas irmãs mais próximas de mim, assim que Martina resolver seus assuntos e Donatella também, vou trazer ambas para morarem comigo.

Olho para o homem que me proporcionou ter tantos sonhos e me sinto cada dia mais apaixonada. O Vincenzo consegue ir além de tudo o que eu sonhei. Quando eu achei que as minhas mentiras iam nos afastar, ele mostrou compreensivo e entendeu as minhas razoes, e claro que ter levado um tiro por ele ajudou.

A verdade é que nós dois fomos feitos um para outro, como se fosse um encontro de almas, porque, essa é a única explicação para esse sentimento que compartilhamos, ele ultrapassa todas as barreiras, ele foi capaz de curar a minha alma e espero que as minhas irmãs possam provar esse sentimento.

_ Você acha que está rolando algum clima entre a Martina e o agente Black? _ Questiono Vincenzo, enquanto me arrumo em nosso quarto e ele mexe em seu celular.

_Como assim um clima, Alessa? _Ele diz me olhando assustado. _O que você quer dizer com isso? Clima de casal?

_E existe outro tipo de clima? O agente Black é um gato! _Digo apenas para provoca-lo e o mesmo larga o celular vindo ao meu encontro. _Eu achei que dois combinam muito e viu o ciúmes nada discreto dele?

_O Felipe é o que mesmo? _Ele diz me prendendo contra a parede.

_Meu amor, eu estou noiva, não cega! E o foco aqui não é esse!

_Então, eu posso achar outras mulheres bonitas? _Ele diz em meu ouvido me fazendo arrepiar.

_Claro que pode! Vai levar um tiro no pau por causa disso? Vai! Mas, a decisão é sua! _Falo beijando seu pescoço sentindo ele tremer levemente.

_Alessa! _Meu nome sai por entre seus lábios como um gemido e eu sinto meu corpo arder de desejo para tê-lo dentro de mim.

_Vince, temos visitas! _Falo tentando soar firme, me afastando dele. _Não quero deixar a Paola sozinha! Ela está tão assustada, tadinha!

Paola, é uma moça que a Martina e o Felipe resgataram do mesmo prostibulo para qual eu e as minhas irmãs fomos vendidas. Olho para ela e imagino todas as atrocidades que ela passou, dio! Poderia ter sido as minhas irmãs, só essa mera comparação me tremer de medo.

_ Ela realmente teme tudo! Espero que esse tempo aqui como a gente a ajude ela a se curar! Ela é uma criança ainda e já passou por tanto e ainda por cima está gravida! _Vince diz com pesar, sei que ela pensa em mim e nas minhas irmãs ao olhar para ela.

_Tenho vontade de matar aqueles malditos com as minhas próprias mãos! Queria algumas horas com eles, e faria com que eles comessem o próprio pau! _A minha voz soa letal. E eu realmente seria capaz de fazer isso. _Quem sabe eu não peça ao Felipe, para participar da ação?

_Só por cima do meu cadáver! Já chega de se colocar em risco! Quero você e Martina fora dessa merda quando ela explodir! _Vince diz tenso me puxando para um abraço. _Não posso perde-la! É meu ar, Alessa!

_Amo quando diz meu nome!

_Minha linda e destemida, Alessa Valente! _Ele sussurra tomando meus lábios em um beijo apaixonado. _Vamos, antes que a gente não tenha mais forças para sair _Ele me puxa para fora do quarto e seguimos de mãos dadas para sala de jantar.

Antonella e Paola conversam animadas e eu desejo que elas formem uma linda amizade. Nella, é uma das pessoas mais sensíveis que conheço e ela tenho certeza que ela vai dar o carinho que Paola precisa.

_Gostou do quarto, Paola? _Falo sorrindo me sentando a mesa e procuro por Martina. _Onde está a Tina?

_Acho que foi fazer uma caminhada com o Felipe. _Antonella diz sorridente.

_O quarto é perfeito, Alessa! Nem precisava ser tão grande qualquer canto para mim estava bom! _Paola diz tímida e eu tenho vontade de colocá-la no colo como um bebê.

_Passeio? Como assim? _Vincenzo diz alarmado. _Pode ser perigoso a Martina, andando por ai, já está tarde e ela não conhece essas terras, vou buscar ela!

_Vincenzo, senta! _Falo seria olhando para ele e o mesmo se senta com uma expressão de poucos amigos. _Como você está sendo ridículo, ela está com um policial federal, não corre perigo! Acredito eu que ele possa proteger ela, caso uma cabra ataque os dois.

_Eu não confio nele perto dela! _Ele diz como um pai enciumado, me fazendo gargalhar.

_Você pediu ele para proteger ela, se lembra? _Encaro-o com uma sobrancelha erguida e o mesmo se cala. _ Que bom que gostou do quarto, Paola. Qualquer coisa que você precisar, não pode hesitar em me dizer.

_Eu não quero incomodar vocês, já estão sendo tão bons comigo!

_Cheguei em boa hora! _A voz do Mattia ecoa pela sala de jantar e eu olho em sua direção.

_Você sabe a hora que nos jantamos! _Falo sorrindo e o mesmo se senta. E parece notar a Paola.

_Boa noite, moça!_ Ele diz sorrindo e a mesma abaixa a cabeça com vergonha.

_Boa noite! _Ela diz tímida e me olha. _Alessa, onde eu posso encontrar um emprego por aqui?

_Não vai trabalhar por enquanto, Paola. Seu estado requer cuidados. _O Vince diz carinhoso e eu aperto sua por cima da mesa. _É nossa hospede e vamos te ajudar em tudo o que precisar.

_Está doente, Moça? _ O Mattia diz preocupado e ela nega com a cabeça.

_Eu estou gravida! _Ela diz olhando para ele e olho para o Vince. _Eu preciso de dinheiro para cuidar do meu bebê, eu faço qualquer coisa.

_Gosta de ler Paola? _A minha sogra diz entrando na conversa. _Eu sou dona de uma livraria no centro de Verona, e eu estou precisando de alguém para em ajudar lá, meio período. Quer fazer um teste?

_A senhora está falando sério? _Ela diz emocionada. _Claro que eu aceito, é perfeito. Eu amava ler, queria ser professora!

_Estão está contratada! Pode ir comigo e voltar! Amanhã falamos sobre as outras questões! _Minha sogra diz sorrindo e eu a olha agradecendo.

Olho para todos nessa mesa e agradeço aos seus por depois de tantas coisas ruins, depois de todos os meus erros, eu ter encontrado pessoas tão maravilhosas.

Um pouquinho da vida da Alessa para vocês matarem as saudades.

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