Capítulo 39

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Boa leitura!

Felipe

Durante uma semana eu entrei no seu quarto escondido, apenas para velar o seu sono. Sete malditos dias e eu simplesmente não consegui ficar longe.

Martina é o ar que enche os meus pulmões. É o sangue que corre em minhas veias e faz meu coração bater. Eu sou dependente dela para viver.

E mesmo ela me mandando embora, deixando claro que eu não passei de diversão, ainda assim eu não sou capaz de ficar longe. Existe uma atração que me puxa para ela.

_O que faz aqui, Black? _A voz do Ettore me tira do transe. Estou observando a minha baby da janela do quarto.

_Não acho que isso seja da sua maldita conta, Ettore! _Digo entre dentes se desviar os olhos dela.

_Ela disse que não o quer aqui! É melhor você ir embora cara! _Ele segura em meu braço, fazendo com que eu o encare. _ A Martina precisa de paz e tranquilidade e não de você perseguindo-a.

_Quando que eu deixei de ser o cara que a protegia e passei a ser o que a persegue? _Me solto do seu aperto e puxo meus cabelos enlouquecendo com tudo isso. _Algo está muito errado, ela não pode mudar assim do dia para a noite!

_Vai embora daqui! _Ele diz firme me olhando friamente. _ Eu não quero arrasta-lo para fora do hospital. Não é bem vindo aqui, Black!

_Vamos, Felipe! _A voz do Ângelo chega os meus ouvidos e ele me pega pelo braço me levando para longe da Martina.

_Você também sente que tem algo errado, não é? _ O questiono quando estamos do lado de fora do Hospital.

_Eu te disse para não se envolver com ela. Eu avisei que ela não era mulher para você, Felipe! _Sua voz é carregada de irritação e ele me olha com pena. _Mulheres como a Martina são moldadas para não se apaixonarem.

_Você não sabe o que está dizendo, você não a conhece como eu!

_Não! Você que não a conhece. Deixou se levar pela beleza dela e pelo desafio que a Caçadora parecia ser. Ela notou as suas intenções e usou isso contra você! _Ele me olha nos olhos e suas palavras parecem acordar a besta que vive dentro de mim.

_Vai para o inferno! _Pego meu distintivo e o entrego. _Eu estou saindo agente Garcia.

Subo na minha moto que estava estacionada em frente ao hospital e saio cantando pneus, se dar ao Ângelo a chance de me responder.

Me sinto perdido, como só havia me sentido em outros dois momentos da minha vida, no dia me que perdi a minha mãe e no dia em que fui mandado embora do orfanato.

Eu não sei o que fazer, perdi tudo na hora em que a Martina me mandou embora.

Piloto até a área mais perigosa da cidade, aqui sem dúvidas vou encontrar uma forma de aliviar essa dor que me consome.

Paro a minha moto em frente a um clube de luta clandestina, vou voltar para onde jamais deveria ter saído.

_A bebida mais forte que você tiver aqui! _Falo com a barman assim que me sento em frente ao balcão do bar.

_Eu acho que você está no lugar errado, cara! Não gostamos do seu tipo por aqui! _O homem diz sério me olhando. Ele é um rapaz jovem, aparenta ter quase a minha idade, e deve ser um pouco mais baixo do que eu.

_Eu quero a porra da bebida mais forte que você tem ai! _Repito pausadamente colocando a minha arma em cima do balcão. _Eu não tenho nada a perder, então, se não quiser terminar a noite com uma bala no meio da testa, me serve logo essa droga de bebida!

_O policial acha que manda aqui na nossa área? _Sinto uma mão no meu ombro e dou um sorriso diabólico me virando rapidamente batendo a cabeça do idiota que me tocou contra o mármore do balcão, o deixo desacordado.

_Mais alguém vai alguém vai discutir a minha presença nesse estabelecimento? _  Falo em voz alta olhando para todo o salão. _Aproveitem que o Lobo está faminto.

O silencio ecoa por todo ambiente e eu sorrio voltando a me sentar. O barman coloca uma garrafa de whisky na minha frente e um copo.

_Cortesia da casa! _Ele diz forçadamente e se afasta.

_Você parece ser bom em luta, mas, é um tanto idiota! _Diz um homem de meia idade se sentando ao meu lado e pega outro copo se servindo do meu whisky.

Permaneço em silencio, olhando para o meu copo.

_Sou Enrico Valente e você?

_Que droga! Outro Valente, vocês são como uma maldita praga, estão em todos os lugares! _Olho para o homem e que me encara intrigado. _Principalmente dentro da minha cabeça.

_Conheceu outros Valentes? _Ele me olha com a atenção e eu apenas sorrio.

_Eu sou o Lobo e eu não tenho nada para dizer a você! _Viro toda bebida que estava no meu copo e o encho outro vez.

_Tenho uma proposta para você, o que acha que usar as suas habilidades em luta aqui no me ringue?

_Aceito! _Bebo toda mais uma vez todo conteúdo do meu copo e me levanto. _Que horas começa a luta?

_Calma rapaz, precisa saber que as lutas aqui no meu clube são até a morte!

_Sem problemas! Eu já me sinto morto mesmo! _Ele sorrir satisfeito com a minha resposta e me pede para acompanhá-lo.

Talvez a dor física me ajude a esquecer a Martina, e se eu morrer no processo, é melhor ainda, mortos não sentem nada!

O Felipe está sofrendo tanto! 😢 Alguém com medo do que ele pode fazer?

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Até quarta!

Martina- Série Irmãos Valente (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora