Capítulo 20

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Boa leitura!

Martina

Depois de muito bater o pé, consegui convencer a Alessa de que eu dava conta de resolver os problemas com o Death, e na manhã seguinte retornei para Milão com o Felipe.

Desde que o Vince deu o show de pai ciumento, nós não nos beijamos mais, e não sei se fico feliz ou triste por isso.

Já fazem dois dias que voltamos e eu trabalho dia e noite nos arquivos que peguei do computador de Dante Rizzo, a rede de tráfico desses filhos da puta é muito extensa, e eu não vou descansar até colocar todos eles na cadeia. Tem muito peixe grande aqui, de empresários a políticos e todos eles serão as minhas próximas caçadas.

_Você precisa dormir Martina, desde que chegamos você não pregou os olhos! _O Felipe diz irritado me olhando comas mãos na cintura.

A verdade é que eu não posso dormir, desde que vi Erico Conti, há cinco dias meus pesadelos voltaram, notei isso quando dormir sozinha na casa do Vincenzo, por sorte acordei antes de começar a gritar.

_Não é a porra da minha mãe, não manda em mim, Black! _Resmungo mal-humorada, tomando um gole do meu energético.

_Com tanta pressa assim de se livra de mim? _Ele diz ficando atrás de mim, segurando em meus ombros. _Precisa descansar, Martina! _Ele sussurra em meu ouvido e me pega no colo.

_Me coloca no chão, desgraçado! Filho da puta! _Falo me debatendo sem seus braços porem ele me segura firme e eu até poderia me dedicar mais a me livrar dele, só que meu corpo se recusa.

_Vai dormir algumas horas e eu vou continuar a investigação! _Ele beija a minha testa me depositando na cama, se sentando ao meu lado. _ Toda essa merda mexe demais com você não é? A situação dessas garotas.

_Muito! Muitas delas são como eu, as minhas irmãs e a Paola, fomos vendidas por que deveria nos proteger, e isso é tão fodido! _Sinto suas mãos fazendo carinho em meus cabelos e meu corpo relaxa.

_O seu pai, ele ainda está vivo? _Sua voz soa baixa e eu encara seu lindo rosto que agora está sem barba, deixando ele com um ar mais jovial.

_Não. Eu procurei por ele há alguns anos, queria me vingar, mas alguém chegou primeiro e tirou isso de mim e da Alessa! _Fechos os olhos sentindo todo o cansaço dos últimos dias se apossar do meu corpo e caio em um sono profundo.

Felipe

Passo longos minutos velando seu sono. Martina parece um anjo dormindo. Seus lábios desenhados estão entreabertos e rosto delicado está sereno. Eu passaria dias a admira-la como uma obra de arte, feita exclusivamente para que eu apreciasse.

Desde que voltamos de Verona, sinto como ela está distante, mas, também, com tantas merdas acontecendo não vejo como pode se manter uma relação amorosa entre nós dois.

Tomo seu lugar no computador e deixo o trabalho com as pastas de Dante Rizzo de lado e me dedico a descobrir o quem é esse tal Death. O cara parece um fantasma, não se tem qualquer coisa sobre ele, nem na deep web, parece que ele não existe.

_Não pode se esconder por muito tempo de um predador! _Falo sorrindo quando acho uma ponta solta sobre o tal Death.

Perco a noção do tempo na busca por pistas desse assassino, vou pega-lo antes que chegue a Martina.

_Por favor, para está me machucando...

Olho em direção a cama e a Martina está tendo um pesadelo, suplicando algo para alguém e que parece machuca-la, as suas pernas e seus braços tentando empurrar o que quer seja de perto dela. Me levanto de depressa caminhando até a cama.

_Por favor, Mestre. Para! _Ela grita, seus gritos são de puro terror, ela se debate na cama e eu sinto meu peito se apertar.

_Martina! _Toco seu rosto com delicadeza, desesperado para que ela acorde.

Mas, parece em vão. Seus gritos são aterrorizantes ela se debate, e eu subo na cama segurando em seus braços tentando acorda-la.

_Baby, acorda! _Digo apavorado, sacudindo seu corpo, seus pedidos de socorro nunca mais vão sair da minha mente.

Martina abre os olhos e antes que o alivio possa se apossar de mim, sinto ela invertendo nossas posições ficando por cima com as mãos na minha garganta.

_Você nunca mais vai tocar em mim! _Ela cheia de ódio e sei que ainda está presa em seu pesadelo.

Suas mãos apertam a minha garganta e eu sinto o ar faltando, e as minha visão se tornar turva, todavia, não tenho coragem de feri-la para me livrar do seu aperto.

_Baby! _Sussurro erguendo a mão tocando seu coração e vejo o momento em que ela acorda e me olha assustada, tirando as mãos da minha garganta e eu começo a tossir, buscando por ar.

_Felipe? _Seus olhos se enchem de lagrimas e ela se afasta de mim de uma vez olhando para as próprias mãos. _Me perdoa, eu... eu não queria ferir você! ­­_As lagrimas molham seu rosto e ela me encara de pé na cama com os olhos cheios de culpa.

_Martina... _Me levantando e caminho até ela, que dá passos para trás como se me temesse.

Ela me olha tão frágil, tão amedrontada, que meu desejo é coloca-la em meu colo e protege-la de todo mal.

_Não chega perto de mim. Eu quase matei você! _Ela parece dizer isso para si mesma olhando para as próprias mãos. _ Por que não me deu um soco, me empurrou para longe? Você poderia estar morto agora! _Ela grita me olhando.

_Nunca vou machuca-la, baby! _Olho em seus olhos e ela apenas chora. _Me deixa cuidar de você?

_Não posso! Eu vou machucar você, eu sou um monstro. Me quebraram de tantas maneiras que não existe mais conserto. _Ela diz para si mesma imersa em sua própria dor. _ Eu queria ser normal, eu queria poder me entregar a essa coisa que cresce no meu peito, eu queria ter um coração bom, queria não ser tão suja, tão quebrada para poder amar você!

Sua confissão me pega de surpresa. E no momento em que meus olhos se cruzam com dela, sei que chegou o fim da linha para mim, eu amo Martina Valente.



Capitulo cheio de emoções e algumas revelações que vão fazer sentido no próximo capitulo. 

Comentem muito e votem. 

Até domingo. 

Martina- Série Irmãos Valente (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora