Boa leitura!
Martina
Mas, que porra foi essa que acabou de acontecer?
Alguém quer nos matar, basta saber a razão. Eu e o Felipe estamos mexendo com gente poderosa e para tentarem contra a nossa vida é porque estamos chegando a algum lugar e não querem isso.
_Não podemos ficar aqui! É arriscado demais! _O Felipe diz com os olhos atentos na tela do meu computador e vejo alguns homens subindo pelas escadas e pelo elevador.
Eu construir esse "esconderijo" assim que me mudei para cá. Era um antigo armário de vassouras na entrada das escadas de incêndio. Comprei do dono do prédio, e transformei aqui em um apoio caso algo assim me ocorresse.
_O prédio está cercado, sair daqui agora é suicídio! _Eu digo olhando para ele que puxa os cabelos, irritado.
_Ficar aqui também é! É questão de tempo até eles acharem a gente aqui!
_Felipe, não tem como sair daqui sem cobertura! E meu celular ficou em casa junto com o seu! Você viu o que fizeram com o apartamento? É queima de arquivo! _Olho em seus olhos e ele me puxa para os seus braços.
_Tem alguma saída além do elevador e das escadas? _Ele beija os meus cabelos e eu aperto se corpo negando com um aceno de cabeça. _Tem armas aqui?
_Tenho!
_Ótimo! As escadas dão direto na garagem. _Ele diz se afastando me olhando. _Vamos fazer o seguinte...
O Felipe bola um plano muito arriscado, mas que parece ser a nossa única opção. Vamos usar uma cadeira para travar a porta da escada de incêndio e deixar eles presos no meu andar. A idéia é retardar eles o máximo para conseguirmos chegar até a garagem.
Pego todas as armas que eu tenho disponíveis e olho para o Felipe que tem um olhar preocupado.
_Temos apenas uma chance! _Ele me diz e eu aceno positivamente.
Ele pega a cadeira e abre a porta lentamente e saímos os dois, eu dou cobertura enquanto ele trava a porta com a cadeira.
Aparentemente a barra está limpa e descemos as escadas o mais rápido o possível evitando fazer barulho.
De repente escutamos um barulho e sei que a porta acabou de ser arrombada.
_Corre, Martina! _O Felipe grita e os sons dos tiros ecoam por todo o prédio.
_Achei você! _Um homem alto e careca diz sorrindo como um demônio me encarando travando minha passagem.
_Vai ser se arrepender disso! _Falo sorrindo atirando na sua cabeça e olho para trás vendo que o Felipe me dá cobertura.
Mais um homem surge no meu campo de visão e eu o desarmo batendo sua cabeça contra a parede de concreto.
O Felipe segura minha mão puxando para corremos o mais rápido e revidamos como podemos os tiros, eles são muitos e as nossas balas não são infinitas.
_De moto é mais rápido! _Falo assim que chegamos a garagem e subimos na minha moto, que por sorte estava com chave na ignição.
O Felipe assume a direção da moto e subo abraçando a sua cintura. Ele acelera e sai no exato momento em que os portões são abertos e mais homens entram armados até os dentes.
Ele tinha razão se tivéssemos ficado, teríamos morrido.
Tento proteger a nossa retaguarda o máximo que posso enquanto o Felipe desvia dos carros, infringido dezenas de leis de transito.
Sinto o exato momento em que uma dor excruciante atravessa meu ombro e sei que fui atingida. Seguro a vontade de gritar para não assustar o Felipe.
Depois de longos minutos que me pareceram uma eternidade conseguimos despistá-los e para mim parece impossível manter os olhos abertos.
_Baby, você está bem?
_Fui atingida! _Minha voz sai em um sussurro e sinto minha visão turva e fica quase impossível me manter na moto.
_Martina! _A moto é parada bruscamente e sinto quando o Felipe me pega nos braços. _Baby, fala comigo!
Sua voz vai ficando cada vez mais distante e até que eu perco por completa a minha consciência.
Abro os olhos e não compreendo muito bem onde estou. Olho ao redor ainda meio perdida e estou em um quarto branco e tem alguns fios ligados a mim.
Tento me levantar e sinto uma dor intensa no ombro e noto que está enfaixado. E de repente todas as coisas vêem a minha mente.
_Felipe! _Começo a tirar todos os fios ligados a mim, mesmo sob os protestos de dor em meu corpo.
_O que a senhorita pensa que está fazendo? _Um homem vestido de branco entra no quarto e me olha em reprovação.
_Quem é você? _Falo olhando ao redor procurando por algo que possa usar para me defender.
_Eu sou o Dr. Giovanni, o medico de plantão. _Ele diz me encarando. _Peço que volte a se deitar, chegou aqui muito debilitada e tivemos que fazer uma cirurgia para retirar a bala que ficou alojada em seu ombro.
_Quantas horas tem que eu estou aqui? _Falo me deitando e ele se aproxima recolocando os acessos.
_Umas doze horas! _Ele diz olhando no prontuário. _Fizemos alguns exames e está tudo bem com senhorita e o seu bebê!
_Meu o que? _Minha voz sai falha e sinto o mundo todo girar. Ele disse bebê?
_Não sabia? Meus parabéns senhorita está grávida de um pouco mais de seis semanas! _ Medico sorridente e eu me sinto em pânico!
_Tem certeza disso doutor? Eu não posso estar grávida! _Puxo meus cabelos me sentindo como se eu tivesse sido jogada em uma realidade paralela.
Eu não posso ser mãe. Eu sou filha daquele maldito, vou ser tão ruim quanto ele com essa criança. Eu não tenho alma!
_Senhorita...
_Alguém sabe disso? _Encaro o medico tentando manter a calma. _O bebê está bem? Esses remédios não fazem mal para ele?
_Está tudo bem com o seu filho, ainda não comuniquei a ninguém sobre isso. _Ele me sorrir. _Pode ficar tranqüila que não faríamos nada que prejudicasse seu filho.
_Não comenta com ninguém! _Meu tom é duro e ele acena com a cabeça e sai depois de uns minutos para avisar a minha família, já que eu não podia ter acompanhantes na UTI.
Toco a minha barriga ainda sem acreditar que um ser cresce aqui. Um filho! Meu e do Felipe. Eu não acredito que estou grávida!
Primeiro bebê Valente a caminho. O que acharam do capitulo de hoje? Será que a Martina vai contar para alguém?
Comentem muito e votem!
Até sexta!
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Martina- Série Irmãos Valente (Livro 2)
ChickLitQuatro irmãos que foram obrigados a viverem separados para se manterem a salvo. Apesar de distante eles são capazes de tudo para protegerem uns aos outros. Os irmãos Valente fazem de tudo um pelo o outro. Os irmãos Valente não tem medo. Um por todos...