Capítulo 1

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*Jake Hale*

- Vamos! Hoje você será transferido para o manicômio o lugar aonde aberrações como você deveria estar! - um guarda fala me puxando pelas correntes.

Fui preso em flagrante quando estava torturando e matando três homens. Um viciado que não pagou o que devia, um estuprador de merda e um idiota que me irritou. Alguém armou para mim, a polícia chegou lá assim que matei os três e já foram logo me prendendo. Já fui preso uma vez mas meu irmão conseguiu invadir alguns sistemas e limpou minha barra, e dessa vez não ser a diferente. O ruim é que o desgraçado foi fazer um trabalho na Itália e só volta daqui a duas semanas, então vou precisar esperar no manicômio enquanto isso. E agora estou aqui sendo levado para um dos manicômios mais conhecidos de Londres, a história daquele lugar aterroriza qualquer um. Bom, qualquer um menos eu que já vi de tudo nessa vida.
Tenho 25 anos e fui criado pelo monstro que deveria chamar de pai, eu e meu irmão que é mais novo por um ano fomos criados para seguir esse negócio da família. Somos assassinos de aluguel e desde crianças nosso progenitor nos ensinou tudo na prática. Ele nos torturou, nos deixou com fome e sede durante dias para que aprendessemos a sobreviver. Graças a ele meu irmão e eu nunca fomos felizes, papai nunca deixou que minha mãe nos amamentasse ou nos desse carinho. Ele matou nossa mãe quando eu tinha 6 anos e Jordan tinha 5. Ele disse que ela o traiu o que era mentira mas só descobrimos anos depois. Eu nunca namorei sério ainda não achei a mulher perfeita, a que fará meu coração acelerar e despertar sentimentos nunca sentidos por mim. Por um lado desejo isso mais do que tudo mas por outro sei que nenhuma mulher me amaria de verdade, não depois de saber que sou uma aberração e que tenho um fetiche estranho.

Agora me encontro aqui acorrentado como o animal que sou. Colocaram corrente nos meus braços e pernas para que eu não pudesse matar nenhum deles, sorrio com esse pensamento. Espertos. Eles me colocam em um carro e dirigem durante meia hora até o carro parar em frente ao hospital psiquiátrico. Desço do carro e vários policiais me cercam. Parece que preciso esperar alguns minutos o meu "quarto" ficar pronto. Bufo e fico olhando para esses guardas, poderia matar todos eles em poucos minutos.
Estava perdido em meus pensamentos até que senti um arrepio pela minha espinha, meu coração disparou e eu não sabia o que estava acontecendo.

- Minha nossa. - um dos guardas falou olhando para algo atrás de mim.

- Quem é essa gracinha? - outro pergunta.

- Fiquei sabendo que é a nova enfermeira. Muito gostosa. - um outro responde, não sei explicar mas esses comentários me irritaram. - Tirou a sorte grande Hale, ela será sua nova enfermeira.

Me viro e olho para aonde todos os guardas estão olhando e meu coração erra uma batida. É ela, a minha mulher. Ela é linda, pele escura, baixinha, cabelos cacheados e um corpo perfeito. Ela era perfeita. Vejo que ela está conversando com dois homens e isso me irrita, quem eles pensam que são para estarem tão perto da minha mulher. Logo vejo ela se afastando e entrando junto com aqueles dois.
Preciso saber quem é ela, parece que vou ter que subornar alguém para fazer uma ligação.

- Vamos Hale, não temos o dia todo! - me empurram em direção às portas.

Eles me levam por alguns corredores até um elevador. Saímos e andamos por um enorme corredor até o meu "quarto", entro e eles apontam as armas para mim. Dois deles vem até mim e tira as correntes, logo eles saem e fecham a porta.
Até que é bem grande aqui, tem uma cama média, uma cômoda aonde provavelmente deve estar minhas roupas, um banheiro médio também e por fim uma mesa com duas cadeiras.
Pego uma box e uma calça moletom e vou em direção ao banheiro, meus músculos relaxam assim que a água morna bate. Meus pensamentos voam até ela minha mulher. Será que ela vai gostar de mim? Qual deve ser o nome dela? Ela já tem alguém na vida dela?
Me irrito com o pensamento de outro homem que não seja eu a tocando e soco a parede do banheiro furioso. Não! Ela não pode ter ninguém além de mim!
Saio do box e me visto, vejo os nós dos meus dedos machucados mas não ligo  me troco e vou até a janela do quarto e meu coração dispara novamente ao ver ela andando até o carro com um homem. Eles entram e logo estão saindo dali e da minha vista. Volto para cama e me deito, fico ali pensando nela durante algumas horas até a porta ser aberta e por ela passar um enfermeiro com um carrinho de comida. Ele me olha com medo e eu sorrio me levantando.

- S-senhor Hale a s-sua comida. - o Homem gagueja.

Me aproximo dele que arregala os olhos e anda para trás até bater com as costas na parede.

- Poderia me emprestar o seu celular? - Pergunto.

- São c-contra as regras. - responde.

- Deixa eu dizer novamente, acho que não me entendeu. Me dá a merda do celular ou eu te mato e pego de qualquer forma. - falo cruel.

- P-pode f-ficar. - fala me entregando o celular.

- Só mais uma coisa. Qual o nome da nova enfermeira? - Pergunto.

- Anne Magalhães... agora por favor não f-faz nada c-comigo. - pede.

- Sai daqui e não abre o bico ou eu vou descobrir. Entendeu? - ele assente e sai.

Desbloqueio o aparelho e ligo para o Liam um grande amigo meu, ele consegue descobrir tudo de qualquer pessoa em um passe de mágica.

- Liam meu amigo, preciso de um favor.

"Jake? Como consegui me ligar? Você não está no manicômio?"

- Sabe que eu dou meu jeito. Mas voltando preciso que descubra tudo sobre Anne Magalhães, a nova enfermeira desse lugar.

"Uau o frio e arrogante Jake Hale querendo saber sobre uma enfermeira. Já transou logo no primeiro dia Hale?"

- Cala a boca e faz o que eu mandei Liam. E olha como fala da minha mulher.

"Então quer dizer que achou sua mulher em um hospício? Bom, até hoje a noite você terá tudo sobre sua mulher. Parabéns amigo"

- Obrigada Liam, até a noite então. - falo e desligo.

Faço um fundo falso em uma das gavetas da cômoda e escondo o celular ali. Ando até a mesa e começo a comer minha comida pensando na minha linda mulher. Anne, até seu nome era perfeito. Ela seria minha para sempre, e ninguém mais além de mim a tocaria.

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