Capítulo 2

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*Anne Magalhães*

Sinto beijos sendo distribuídos pelo meu pescoço e sorrio. Abro os olhos e rapidamente fecho piscando tentando me acostumar com a claridade do sol.

- Bom dia gata! - meu noivo Arthur diz.

- Bom dia gato! - falo dando um selinho nele. - Pera, como você entrou aqui?

- Eu sou um policial Anne. - fala como se fosse óbvio.

- Você arrombou minha porta? - Pergunto incrédula.

- Eu abri ela com uns instrumentos de trabalho digamos assim. Brincadeira gata usei a chave reserva. - ele ri.

- Vou nem falar nada. Mas o que faz aqui? Você ficou de plantão a noite toda, deveria ir para casa descansar. - digo.

- Eu vou, mas queria ver minha noiva e desejar um bom primeiro dia de trabalho. Aliás, ainda não concordo com esse trabalho. Esse cara é perigoso Anne e pode te machucar. - fala.

- Não se preocupe eu sei me cuidar e Nathan vai estar lá o tempo todo. - respondo.

- Você é minha noiva Anne, sabe que não precisa trabalhar. Eu posso dar tudo o que você precisa. - fala irritado.

- Arthur chega. Já conversamos sobre isso, eu não vou ser sustentada por você ok? Se eu fiz faculdade foi para trabalhar. - falo levantando.

- Não gosto de pensar que ele pode te machucar Angel. - Insite.

- Arthur chega ok? Eu vou ficar bem, preciso me arrumar ou vou me atrasar. - falo.

- Ok Anne, faz o que você quiser. - fala irritado saindo do quarto.

- É sério mesmo que vai começar com isso? - Pergunto irritada.

- Anne, você aceitou um trabalho sem nem me consultar antes. O pior, de enfermeira de um assassino! - grita.

- Eu não preciso te consultar para decidir nada, eu conversei com você não está bom? - Pergunto.

- Claro que não! Você é minha noiva, tinha que me perguntar antes Anne. Esse cara é maluco e um assassino. - diz.

- Ok chega. Vou me arrumar antes que eu me atrase. - falo.

Ele bufa e sai com raiva. Desde que eu comecei a fazer estágio meio período com o Isaac nós começamos a discutir, Arthur não quer que eu trabalhe mas o único homem que eu já deixei me sustentar foi meu pai. Não vou mudar por causa do Arthur e ele precisa entender, depois de um tempo ele aceitou mas agora que aceitei o emprego no manicômio as discussões começaram tudo de novo.

Vou para o banheiro fazer minha higiene pessoal e depois tomo um banho morno, estava precisando disso. Meus músculos relaxam imediatamente e eu solto um suspiro de alívio.
Termino e vou para o armário escolher uma roupa para o primeiro dia de trabalho. Escolho um terninho azul claro muito bonito e um salto preto, arrumo meus cachos e faço uma make básica e estou pronta.

Ok, respira Anne você vai ficar bem

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Ok, respira Anne você vai ficar bem. Se ele é um psicopata você também é, se ele é um assassino você é uma favelada. Você debocha da sua mãe e nunca morreu então não é um assassino que vai matar você se nem a dona Edineia matou e olha que a mulher é o próprio perigo.
Vejo que Nathan me mandou uma mensagem me avisando que está aqui em baixo para me buscar e desço. Estou ansiosa demais para comer, fecho meu pequeno apartamento e desço até a portaria e logo avisto o carro do meu amigo.

- Fiu fiu gatinha! - ele grita assim que eu entro no carro.

- Maravilhosa eu né?! Eu sei, sou muito linda! - falo jogando o cabelo.

- Aquele idiota do seu noivo andou te iludindo? - Pergunta divertido.

- Poxa gato. Não precisava humilhar também né?! - falo gargalhando.

- Como estão as coisas no paraíso? - Pergunta debochado.

Nathan e Isaac nunca gostaram do Arthur, sempre que tentei ajudar eles a se enturmaren deu merda. Então desisti.

- Briguei com ele agora de manhã. - falo.

- De novo? - Pergunta me olhando. - Ursinha, sabe que se precisar de algo pode contar comigo e com Zac né? Principalmente se for para bater naquele idiota.

- Sim para as duas perguntas. Eu sei meu anjo, e amo vocês por serem tão protetores comigo. Vocês são os irmãos mais velhos legais que eu nunca tive. - falo jogando um beijo no ar para ele que ri.

Conversamos durante todo o caminho até o hospício. Ele me disse que vai ficar grudado em mim hoje só para ter certeza de que eu vou ficar bem. De acordo com a teoria dele, se o Hale não me matar e nem tentar me machucar hoje seja pouco provável que fará depois. Ou seja se ele não for com a minha cara vai me matar de primeira, reconfortante não?!

Ele estaciona o carro e assim que descemos recebemos muitos olhares, alguns de nojo e outros de desejo mas ignoramos todos indo direto para a sala do senhor Henry.

- Bom dia senhor Fords, viemos para que Anne pegue a planilha com os dados dos pacientes e horários de remédios e comida. - Nat disse.

- Bom dia, oh claro. Aqui está Anne, bom primeiro você irá cuidar do senhor Hale. E a tarde levará o remédio e o lanche dos outros pacientes. - diz.

- Ok. Mas e o café e o almoço dos outros pacientes? - Pergunto.

- Não se preocupe, os outros enfermeiros cuidaram disso. Primeiro vamos começar com o mais difícil. No dia em que o senhor Hale chegou aqui ele ameaçou um enfermeiro, por causa disso os outros estão receosos de ir até lá. - fala Henry. - Por isso quero que de total atenção a ele primeiro, você é nossa esperança senhorita Magalhães. Ele tratou todos os outros não muito bem digamos assim.

Oh merda pra que eu fui aceitar esse trabalho, preciso do dinheiro? Sim. Quero morrer? Não.
Qual é eu me arrumei muito bem hoje para morrer, essa roupa foi cara demais para ele sujar com meu sangue.

- Ok senhor Henry, estou indo lá agora mesmo levar o café da manhã do senhor Hale. - falo.

- Tudo bem querida. Lembre - se que tem carta branca para trabalhar da melhor maneira possível com esse paciente. E tome cuidado ok? - senhor Henry diz.

- Ok senhor. - falo saindo do escritório dele.

Agora eu que lute para sobreviver a um assassino.

____________CONTINUA___________

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