Amor Assassino

Capítulo 47

🦋Anne Hale🦋

Entramos no hospital, Jake está segurando minha mão ao lado da maca enquanto me levam para um quarto.

Me colocam na cama e falam que daqui a pouco a médica vai vir me atender, Jake quase tem um troço querendo matar todos eles falando que deveríamos estar na sala do parto.

- Jake seu filho da puta, não é assim que as coisas funcionam. Ou você se acalma ou eu vou socar sua cara até você ficar pianinho entendeu? - pergunto com raiva segurando o mesmo pela gola.

- Tudo bem amor desculpa. - fala se acalmando.

- Quem está parindo sou eu, então a única que pode ficar com raiva aqui sou eu! - falo.

- Desculpa Borboletinha, você tem razão. - me dá um selinho.

- Boa noite papais, vim ver quantos centímetros de dilatação você está. - A médica fala sentando de frente para minhas pernas.

- Vejamos...apenas três centímetros, vai demorar um pouco ainda. - fala.

- Tudo bem, obrigada doutora. - falo.

- Você pode andar por aqui e fazer agachamentos para ir mais rápido. Aconselho também a deixar a água quente do chuveiro bater nas costas, alivia a dor. - fala e depois sai.

Me levanto andando de um lado para o outro no quarto com o Jake atrás de mim.

- Vamos tentar os agachamentos amor. - fala.

Ele fica atrás de mim e começo a fazer os agachamentos, xingo ele de todos os nomes possíveis e impossíveis.

- Desgraçado, eu vou matar você. - falo com lágrimas nos olhos.

- Shii! Tudo bem amor, eu te amo vai ficar tudo bem. Logo nossos meninos vão estar aqui junto com a gente. - fala.

Depois de três horas de dor e tormento finalmente tinha conseguido os dez centímetros, estava tudo pronto para caso precisasse de uma cesária.

Me preparam e me levam para a sala de parto, Jake foi se preparar e daqui a pouco vai voltar.

Ele invade a sala de modo bruto e logo está ao meu lado segurando minha mão.

- Na próxima contração se sentir vontade empurre com força. - a médica fala.

- Ok, ok. - falo respirando com dificuldade.

- Vamos lá amor, você consegue. - ele beija minha testa.

A contração vem e eu grito empurrando com todas as minhas forças, eu nunca mais vou ter um filho parido.

Respiro com dificuldade e quando a dor me rasga por dentro eu empurro novamente.

Isso se repete umas sete vezes até que escutamos um choro alto e forte, Jake está com lágrimas nos olhos olhando para o nosso bebê.

- Aqui está o primeiro menino. - a médica abaixa ele e eu vejo que ele se parece muito comigo.

- Ele é a sua cara Borboletinha, nosso pequeno Jasper. - Jake fala.

O momento dura pouco já que novamente sinto uma contração e grito empurrando.

- Não dá, eu não aguento mais. - choro olhando para o Jake.

- Não fala isso amor, estamos quase lá. Nosso primeiro menino já nasceu, você é a mulher mais forte do mundo traga nosso segundo filho ao mundo il mio amore. - fala beijando minha testa e apertando minha mão.

- Tudo bem, tudo bem. - tento respirar fundo.

Eu consigo.
Eu consigo.
Eu consigo.

Sinto a dor vindo novamente e empurro com todas as forças que me restam, escuto um choro alto e logo mostram nosso Ethan.

Ele também é a minha cara, graças a Deus. Depois de tudo que passei esses meses e hoje o mínimo que poderiam fazer é se parecer comigo.

Sinto meu corpo dolorido e cansado e vou fechando os olhos, escuto Jake me chamar mas acabo apagando.

🗡Jake Hale🗡

Vejo o sorriso da minha mulher sumindo e os olhos dela fechando, começo a ficar preocupado e tento chama-lá.

-Eii, Borboletinha. Abra os olhos amor. - falo desesperado.

- Senhor se acalme, ela apenas dormiu. Foi esforço demais para um dia se acalme logo ela irá acordar. Agora creio que vai querer ver seus filhos, nós vamos limpa-la e leva-la ao quarto enquanto isso.

Assinto e sigo um enfermeiro até a incubadora, não posso passar do vidro mas consigo vê-los perfeitamente. Meus filhos, meus meninos.
Eles são a cara da minha Borboletinha, e fico muito feliz com isso.

Depois de toda essa madrugada eu concordo com a Anne de não ter mais filhos, apenas adotados. Ver ela sofrendo por todas essas horas e não poder fazer nada me matou por dentro.

Por alguns minutos eu achei que ela não iria resistir, ela estava pálida e cansada demais.

Ainda bem que deu tudo certo, minha mulher e meus filhos estão bem. Estou louco para contar a minha princesinha que seus irmãos nasceram.

Saio dali quando me avisam que minha mulher já estava no quarto e que ja iam levar os meninos para mamar.

Entro lá e vejo minha Borboletinha dormindo igual um anjo, beijo sua testa e acaricio o seu rosto.

Vejo ela abrindo os olhos cansados e sorrio junto com ela.

- Eles já vai trazer nossos meninos para mamar. - falo.

Ajudo a mesma a se sentar e acaricio ela sorrindo, minha felicidade não cabe no peito.

- Parece que agora você vai precisar dividir o seu leite. - ela ri.

- Nunca fiquei tão feliz por isso, acredite. Eu ainda posso mamar quando eles estiverem dormindo. - dou de ombros.

- É oficial, virei uma vaca leiteira. - fala e rimos.

Logo a enfermeira chega com nossos meninos e eu a ajudo a dar de mamar para eles. Sorrio vendo os dois esfomeados mamando e me encanto pelo sorriso lindo que ela dá olhando para eles.

- Agora eles se parecem comigo. - falo beijando sua testa e ela gargalha.