Mais uma vez estava tomando conta da loja dos meus pais, sempre que ambos viajavam era a mesma coisa. Poderia manter o estabelecimento fechado e descansar em casa na companhia de um bom livro e uma xícara de chá fumegante, mas ambos me matariam, já que a loja de jóias tem um fluxo enorme de clientes. Qualquer sonho pode se tornar realidade na Diamond Circle, se as clientes desejavam um colar de esmeraldas com um formato peculiar, então elas teriam.
Era assim que meus pais trabalhavam.
O som do sino irritante da porta alcançou meus ouvidos, me fazendo desviar a atenção do livro que estava lendo e olhar naquela direção. Observei o macho atentamente assim que a porta foi fechada. Somente naquela semana, ele já tinha ido até lá duas? Três? Quatro vezes? A presença, quase diária, já estava me enfurecendo.
— Que honra te receber aqui novamente, Grão-Senhor. — Cumprimento, docemente. — O que deseja?
— Não sei, me recomende algo, amor. — Respondeu, mantendo um tom de voz sensual e colocou as mãos nos bolsos da calça preta.
— Eu recomendo que você saia da minha loja e pare de me importunar com a sua presença insignificante. — Respondo, calmamente. Respiro fundo antes de voltar a ler o livro que estava esticado sobre o balcão de madeira rara, ignorando totalmente a presença imponente de Rhysand, que se recusava a ir embora.
Meus pais me deserdariam se me vissem falando assim, o homem à minha frente era o Grão-Senhor mais poderoso de Prythian. Mas eles estavam viajando, então não me importei em cuspir tais palavras para Rhysand, que me aborrecia sempre que tinha uma oportunidade. Foi assim a semana toda, nós dois trocando farpas sempre que ele passava pela porta de entrada e, depois que me fazia tirar quase todo o mostruário do lugar, ele sempre saía da loja sem comprar nada.
— Impossível minha presença ser insignificante — falou alto, fazendo uma pausa dramática antes de continuar. — Porque eu sou bonito.
— O quê? — Desviei minha atenção do livro novamente e encarei o macho enorme, que mal tinha se movido.
— Sou bonito. — Afirmou, novamente. — Logo, todo o seu argumento e ameaça é inválido.
Só pode ser brincadeira, o pensamento me invade.
— Eu não brinco com comida, amor. — Ele responde, ácido e ousado.
Sinto meu rosto ficar quente de raiva, o sangue praticamente fervendo dentro do meu corpo, conseguia sentir a ira deslizando pelas minhas veias. Meus braços começaram a tremer e bati a palma da mão no balcão com força, causando um barulho alto. Respirei fundo em uma tentativa de autocontrole, antes de me levantar da cadeira e sair de trás do balcão, caminhando até ele furiosamente.
— Como se atreve? — Acuso, apontando um dedo no rosto dele. — Saia da minha mente, agora! — Bato um dos pés no chão, evidenciando meu descontentamento. — Você pode até ser o meu grão-senhor, mas isso não te dá o direito de invadir a minha mente.
Com um estalar de dedos, os poderes de Rhysand flutuam pela loja. As cortinas das janelas e vitrines se fecham e a porta tranca automaticamente, impedindo qualquer pessoa de entrar ali e chegar até nós. Em seguida, todas as luzes apagaram, impedindo que qualquer um que passasse na frente da loja conseguisse enxergar algo. O lugar só não estava totalmente escuro porque uma luz no fundo do corredor permanecia acesa.
Rhysand deu alguns passos em minha direção e recuei, completamente assustada e confusa. Porém, no momento que minhas costas bateram contra a madeira do balcão, sabia que não teria para onde fugir. O hálito fresco do macho acariciou minhas bochechas, me deixando inebriada e excitada. O comportamento do meu corpo me deixou desapontada, porque eu não deveria ceder a ele, mas algo dentro de mim dizia que eu não conseguiria evitá-lo por muito tempo antes de me entregar inteiramente. O calor naquele pequeno espaço se tornou sufocante, e quando olhei para Rhysand, consegui enxergar o desejo em seus olhos.
O dedo indicador do grão-senhor pairou sobre os meus lábios, descendo até meu pescoço lentamente em uma clara tentativa de tortura. Quando ele uniu nossas bocas, o espaço entre nós se tornou inexistente. Um impulso rápido me fez sentar sobre o móvel de madeira às minhas costas e a barra da minha saia preta foi puxada para cima, Rhysand usou dois dedos para afastar minha calcinha para o lado e me penetrou com eles em seguida. Os movimentos eram acelerados e extremamente prazerosos, mas sempre que eu me contorcia, ou gemia, ele diminuía as gesticulações.
Minha calcinha foi arrancada e jogada para longe, caindo sobre um grande diamante que estava em uma das estantes de exposição. A boca de Rhysand substituiu os dedos, me lambendo de formas inimagináveis. Ele riu contra mim quando gemi manhosamente e então parou, me observando atenciosamente com suas íris violetas penetrantes.
— Me diga o que quer — disse, com a voz rouca. — Peça, querida.
Sabia que tudo o que ele mais queria era me ouvir implorando por ele.
— Rhysand...
— Peça — ordenou. — Quero te ouvir gemendo enquanto meu pau duro entra fundo na sua boceta.
— Por favor, Rhysand. — Peço, desistindo de lutar e cedendo plenamente a ele.
— Por favor, o quê? — A provocação presente em sua voz era insuportável.
— Me faça sua — implorei, por fim.
Não foi preciso dizer mais nada, as peças de roupa começaram a voar para todos os lados, a cueca dele caindo sobre uma grande esmeralda bruta, ao lado da minha calcinha. Segurei o pau dele com uma das mãos, estava duro e quente, apenas esperando por minha atenção. Enquanto eu me distraía com seu membro, a língua do illyriano passou pelos meus pés, subindo pelas minhas pernas e parando em uma das coxas, onde ele deixou uma leve mordida.
Pressionando minha cintura, ele se posicionou em minha entrada e se enterrou dentro de mim, com força e de uma vez só, me fazendo gritar. Ao agarrar o balcão, os nós dos meus dedos ficaram brancos. Rhysand afundou o rosto entre o meu ombro e pescoço, deixando chupões ali, iniciando com movimentos lentos e me levando ao delírio. Ele ia fundo e sem delicadeza, quase beirando o descontrole. Os pés do balcão de madeira rangiam no chão a cada movimento brusco, causando um barulho quase insuportável, mas ele continuou, indo ainda mais rápido.
O ar fugiu dos meus pulmões e minha boca entreabriu, buscando oxigênio. O grão-senhor passou a língua pelos meus lábios, deixando uma leve mordida no lóbulo da minha orelha durante o trajeto. Uma mordida também foi depositada em meu queixo. Agarrei o cabelo dele, desgrenhando os fios perfeitos e apreciando a imagem dele completamente suado e bagunçado. Rhysand deu um tapa forte em minha coxa, e logo depois deu outro mais leve em meu rosto.
Isso me deixou descontrolada.
Agarrei a bunda dele, ajudando-o a impulsionar mais forte e mais rápido. Nossos gritos de prazer podiam ser ouvidos de longe, mas não nos importamos com isso, tudo o que queríamos era terminar o que começamos.
— Você é tão quente, amor. — A voz dele estava ainda mais rouca agora. — Tão molhada.
Meu corpo enfraqueceu e eu sabia que estava perto, mas queria ter esse momento com ele. Com mais algumas estocadas, nós chegamos ao ápice juntos. O último rosnado de Rhysand me deixou levemente assustada, foi tão alto que uma das pedras preciosas da estante de exposição acabou caindo e espatifando no chão.
Esperei minha respiração normalizar e os tremores cessarem para finalmente me olhar no grande espelho que ficava em uma das paredes do outro lado da loja, meu cabelo parecia parcialmente embaraçado, as marcas dos chupões em meu pescoço já estavam evidentes e o gozo de Rhysand escorria entre minhas pernas. Ele não estava melhor, os cabelos negros estavam bagunçados como os meus e a pele dele brilhava devido a transpiração.
Rhysand deixou selinhos em meus ombros e parou em meus lábios, iniciando um beijo lento e preguiçoso.
— Eu te odeio — disse a ele, após o beijo ser finalizado.
— E eu te amo, parceira.
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𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒, universo literário [EM REVISÃO]
RandomImagines com os personagens literários tão amados por nós, leitores.