𝐏𝐄𝐃𝐈𝐃𝐎 𝐏𝐎𝐑 @konan1978 @sanaafleur @SerenaStarkov @Mands_costa @imnotAnnaby1 @ghlxour
O céu já estava escuro a muito tempo, da minha cama eu conseguia ver as estrelas brilhando no céu como se elas fizessem parte de um quadro pintado por um artista inspirado. A grande janela que ia do chão ao teto se encontrava entreaberta, as cortinas brancas esvoaçam com a leve brisa gelada que vinha lá de fora, mas meu foco estava totalmente na história do livro que estava lendo há alguns dias. A grande Lia tinha se tornado uma das minhas personagens favoritas, o relacionamento dela com o par romântico me causava um pouco de inveja, será que um dia eu viveria algo parecido?, era o que eu me perguntava quase todos os dias.
Me mexi na cama tentando melhorar o posicionamento da minha coluna. Minha barriga estava sobre o colchão e meus cotovelos serviam de apoio enquanto minhas pernas balançavam no ar, de um lado para o outro. Virei mais uma página e me preparei profundamente para o que viria a seguir, era o momento da guerra. Isso me fazia lembrar da guerra que os feéricos travaram entre si, nós não sabíamos muito sobre o que se passava do outro lado da muralha, já que ninguém tinha coragem para atravessar e ver com os próprios olhos, mas as notícias se espalhavam. Pelo que fiquei sabendo, agora as coisas já estavam controladas e tudo estava voltando a ser o que era, quer dizer, mais ou menos.
Nos últimos meses alguns feéricos começaram a atravessar até o nosso lado, não era difícil identificá-los, e depois da guerra a única rainha humana que restou passou a ter reuniões mensais com esses feéricos e um deles era bem irritante, e, por mais que me doesse admitir, eu gostava de ser perturbada por ele. Alguns diziam que eles estavam tentando nos ajudar, outros alegavam que tudo não passava de uma tentativa de obterem mais território. E ele dizia que as reuniões eram importantes para que nenhuma outra rainha se unisse ao lado errado novamente. Então, no final, era tudo sobre manter o controle e a ordem. Minha atenção se voltou para o livro novamente, faltava pouco para acabar e eu pretendia terminá-lo hoje, mesmo que eu ficasse com sono no outro dia.
Estava tão distraída e imersa na história que nem notei quando alguém entrou no meu quarto. Só me dei conta disso quando senti uma mão grande acariciando minha bunda debaixo da camisola. Nem precisava me virar para saber de quem se tratava, ele finalmente tinha voltado. Quando virei o rosto em sua direção, a primeira coisa que vi foram as íris violeta. Só aquilo era o suficiente para me fazer flutuar, mas eu precisava ser racional, meus pais nunca aceitariam esse relacionamento, e eu já estava noiva de um filho de um fazendeiro que era amigo da família há anos. Está tudo como deveria ser, meu pai dizia.
— Você não desiste mesmo, não é? — Deixei o livro de lado e me virei, agora minhas costas estavam sobre a cama e a minha cabeça no travesseiro. Rhysand se moveu agilmente sobre mim e se encaixou entre minhas pernas, uma das mãos dele pressionava minha cintura e a outra era usada como apoio para que ele ficasse em uma altura boa o suficiente para me olhar nos olhos. — É melhor sair daqui antes que meu pai apareça, pode até achar meu medo engraçado porque você é bem mais forte, tem poderes e todo o resto, mas eu amo meu pai e não quero que ele tenha um surto e muito menos que fique ferido caso te veja aqui.
— Por que não vem embora comigo? Vou cuidar de você e não será obrigada a se casar com aquele estúpido. — Ele abaixou a cabeça até a curva do meu pescoço e começou a distribuir beijos por toda minha pele. — Não vou te obrigar a nada, mas saiba que jamais deixarei esse casamento acontecer, principalmente porque sei que não gosta do seu noivo.
— Sabe o que eu sempre me pergunto? — Fiz uma pausa e ele me encarou novamente. — Por que esse interesse por mim? O que eu tenho que qualquer outra mulher não tem? — Ele sorriu, um sorriso tão lindo que seria capaz de desequilibrar qualquer uma.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒, universo literário [EM REVISÃO]
RandomImagines com os personagens literários tão amados por nós, leitores.