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Zayka: coelhinha
A música quase me ensurdece enquanto estou na pista de dança. As luzes coloridas dançam no meu campo de visão, e meu cabelo se move ritmicamente, acompanhando o movimento da minha cintura. Minha pele reluz quando os flashes prateados iluminam meu corpo e meu vestido preto curto.
O cheiro de bebidas, cigarros e uma mescla de perfumes diversos paira no ar, me deixando ligeiramente tonta. Antes que eu desequilibre em direção a uma das minhas amigas, um par de mãos grandes e fortes agarra minha cintura com firmeza.
— Acho que aquela bebida de cereja não foi uma boa ideia — a risada de Nolan, o quarterback do time de futebol da faculdade, ecoa em meu ouvido.
Se não fosse pela proximidade repentina, eu mal conseguiria ouvi-lo entre a batida alta da música eletrônica. Não éramos exatamente amigos, mas Nolan insistia em querer um relacionamento comigo. Essa insistência já se prolongava desde que entrei na faculdade, há um ano, e estava começando a me irritar.
Em uma fração de segundos, Nolan não está mais com as mãos em minha cintura, mas caído no chão, sendo empurrado pelos pés das pessoas que continuam dançando ao nosso redor, como se nada anormal estivesse acontecendo.
Meu braço é agarrado com firmeza e minhas costas se chocam contra uma parede de puro músculo. O cheiro de cigarro me atinge, e nem preciso me virar para identificar quem é o meu "herói". Enquanto sou arrastada para fora da pista, Nolan se levanta, vasculhando a multidão em uma tentativa de me localizar.
Mais rápido do que eu gostaria, sou impulsionada contra a porta de um carro escuro, e a superfície gelada provoca arrepios em meu corpo, enquanto meus lábios tremem com o impacto. O vento noturno não colabora, intensificando a sensação de frio.
— O que veio fazer aqui? — Damon pergunta, exibindo irritação em sua expressão.
Há alguns anos, mal suportava minha presença. Sempre que ia para a minha casa e se afundava no quarto com o Kai, me evitava a todo custo. Nunca entendi o motivo de seu ódio por mim, pois nunca fiz nada que pudesse gerar sentimentos tão negativos. No entanto, nunca tive coragem de questioná-lo; apenas sua proximidade já era suficiente para fazer meus ossos tremerem. Assim, quando meu irmão o levava para casa, eu me trancava no quarto até ele ir embora.
Após alguns anos, tudo mudou; ele queria estar próximo, conversar e provocar sempre que me via em uma festa. Nunca compreendi a repentina mudança de comportamento, mas também não estava muito interessada. Todo o medo que eu sentia anos atrás agora se transformara em um leve desprezo. Damon não passava de alguém desequilibrado que se envolvia em brigas, e uma coisa que meus pais me ensinaram é que não se deve perder tempo com pessoas assim.
Talvez o nosso beijo há um ano também tenha influenciado um pouco minha opinião sobre ele, mas ainda o considerava inútil.
— Não é da sua conta.
— É da minha conta sim, já que, tecnicamente, Kai é um dos meus melhores amigos. — Ele retira um cigarro do bolso e o acende com rapidez. — O que seu irmão diria se soubesse que está aqui, hein?
— E o que ele diria se soubesse que você me beijou? Sempre pensei que as irmãs dos amigos fossem proibidas.
Os quatro cavaleiros tinham uma regra clara: as irmãs, ou qualquer parente do sexo feminino, eram estritamente proibidas.
— Foda-se essa regra.
— Se eu fosse você, Damon, ficaria longe de mim.
— Para o seu azar, zayka, eu não consigo ficar longe de você.
— Então está na hora de aprender, não acha?
— É fofo como você acha que pode me fazer sentir medo. — Damon se aproxima, deixando a fumaça do cigarro flutuar ao nosso redor. — O problema é que você retribuiu meu beijo. Beijos, aliás. Foram vários, caso tenha se esquecido.
— E daí? Eu beijo várias pessoas. Você é apenas mais um entre todos os outros.
— É mesmo? — ele descarta o cigarro, jogando no chão e apagando-o com apenas uma pisada. — Precisamos ter certeza, não acha?
Pela segunda vez na noite, Damon agarra um dos meus braços com firmeza e me arrasta de volta para a festa. O calor da boate faz com que eu deseje retornar para o lado de fora. A pista de dança ainda está lotada, e a única área com poucas pessoas é a zona de pole dance, onde algumas mesas circulares estão vazias. Uma dessas mesas possui uma cortina vermelha, ocultando qualquer coisa por trás dela. E é para lá que Damon me puxa.
Ao chegarmos à mesa, a cortina de veludo se fecha atrás dele, nos isolando da festa que ocorre do outro lado. Ainda é possível enxergar algumas pessoas pela fresta que não fecha direito, mas ninguém prestaria atenção em nós, pois estão bêbados ou drogados demais para perceber ou identificar qualquer coisa. Damon mergulha a boca na minha antes que eu tenha a oportunidade de me pronunciar. O gosto do cigarro invade minha língua, se misturando ao sabor de cereja da bebida que tomei trinta minutos atrás. As caixas de som explodem com uma música do The Weeknd, e Damon aproveita meu momento de distração para levantar a barra do meu vestido.
— Realmente acredita que sou apenas mais um?
— Você já sabe a minha resposta. Por que gosta tanto de se humilhar, Damon?
Nesse momento, seu rosto é tomado por uma expressão que nunca presenciei. Ele parece irritado, mas ao mesmo tempo, determinado a provar algo, além do evidente desejo brilhando em seus olhos. Alguém esbarra em Damon do outro lado da cortina, fazendo-o cair contra mim, ficando exatamente entre minhas pernas. Ele é rápido em afastar minha calcinha para o lado e afundar dois dedos em mim. Por mais que eu negue, gosto disso tanto quanto ele. E, de alguma forma, sei que ele sabe disso.
Damon é habilidoso com seus dedos, movendo-os com velocidade alternada e explorando todos os espaços disponíveis. Apenas com isso, já estou vazando como um pequeno riacho. Ele agarra uma parte da mesa e, em seguida, abaixa o zíper da calça escura. Damon não se dá ao trabalho de tirar minha calcinha, apenas a move para o lado novamente e então se afunda em mim como se quisesse me devorar por completo. O impacto é tão abrupto que meus olhos embaçam com lágrimas, mas elas param por ali. O vestido escuro e ajustado sobe ainda mais pela minha cintura, e Damon se agarra a mim, cravando as pontas dos dedos na minha pele. Sua boca se distrai em minha clavícula e pescoço, enquanto os sons mais pecaminosos escapam da minha própria boca.
Felizmente, a música está alta o suficiente para que ninguém nos ouça.
A sensação de saber que, a qualquer momento, alguém pode simplesmente puxar a cortina e nos flagrar assim eleva ainda mais a adrenalina. Não era fã de correr riscos, mas quando estava com Damon, parecia que toda a minha sanidade abandonava meu corpo.
— Eu podia abrir a cortina e mostrar para o seu amigo que a boceta que ele tanto quer já me pertence. — Damon sussurra em meu ouvido, mantendo seu ritmo dentro de mim. — Gosta da ideia, zayka?
— Eu gosto quando você fala russo.
— Sem cortinas abertas, então?
— Não se atreva a estragar nossa brincadeira, Damon Torrance.
Ele apenas ri contra meu pescoço, e minha coluna se arqueia para trás, fazendo meu pescoço cair em um ângulo duvidoso. O ar fica ainda mais carregado enquanto estou quase atingindo meu limite. Então, Damon me deita na mesa, colocando minhas pernas sobre seus ombros, enquanto continua me fodendo no meio de uma festa universitária.
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𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒, universo literário [EM REVISÃO]
RandomImagines com os personagens literários tão amados por nós, leitores.