𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒, universo literário [EM REVISÃO]

𝐖𝐈𝐋𝐋 𝐆𝐑𝐀𝐘𝐒𝐎𝐍 𝐈𝐈𝐈⁺¹⁸, devil's night

𝐏𝐄𝐃𝐈𝐃𝐎 𝐏𝐎𝐑 @cassiarosa23 @bellexrz @MariaEsmeralda119 @dixxxya 

Deixei meu corpo se mover da forma que queria, apenas sentindo a música alta fluir e me penetrar lentamente. A balada estava completamente cheia e às vezes alguém acabava trombando em mim, mas não me importei, só queria aproveitar o momento e o álcool queimando dentro de mim tornava tudo mais leve. Os flashes de luzes coloridas se moviam ao meu redor, evidenciando minhas curvas e iluminando as ondas do meu cabelo, eu me sentia como a porra de uma deusa e os olhares famintos cravados em mim só confirmaram que eu estava certa sobre isso.

— Ei — minha amiga me cutucou e fiz um esforço para tentar escutá-la. — Tem certeza que não existe nada entre você e o Grayson III?

— Por que eu mentiria sobre isso? Will e eu não temos absolutamente nada — rebati. Já era a quarta vez que minha melhor amiga me perguntava sobre ele, mas eu não tinha nada a dizer. Nós dois nunca teríamos nada sério, apenas nos divertimos um com o outro e essa relação bastava. Sabia que o moreno estava ali, ele fazia parte do grupo de homens que insistiam em me observar o tempo todo e eu apenas o ignorei, sabia que ele estava bancando o cão de guarda apenas para me irritar.

— Você é uma mentirosa do caralho — a voz de Will alcançou meus ouvidos e rapidamente fui puxada contra seu corpo musculoso. Pude sentir a respiração dele no meu pescoço e somente aquele pequeno gesto foi o suficiente para me deixar ofegante. Minha amiga foi embora antes que eu tivesse a chance de dizer qualquer coisa, me deixando ali com aquele lobo que estava pronto para me devorar. — Vai mesmo continuar fingindo que não sente nada por mim? Porque, mesmo sem te tocar, tenho certeza de que a sua boceta está pronta para mim, veneno.

Nós dois sabíamos que ele estava certo sobre isso, então não perdi tempo tentando formular uma resposta. Ainda estava de costas para ele e aproveitei o momento para mover minha bunda até seu pau. Will aproximou ainda mais nossos corpos, saboreando o momento e colocando as mãos em meus quadris, inclinei um pouco a cabeça e puxei seu lábio inferior entre os meus dentes, mas sem iniciar um beijo. Movi meus braços e entrelacei minhas mãos em sua nuca, balançando meu corpo junto com o dele no ritmo da música. Por um breve momento, tudo ao meu redor desapareceu, me fazendo fantasiar que só havia nós dois ali.

Um arrepio percorreu minha espinha quando Will deslizou uma das mãos até a minha saia de couro preta, provocando com os dedos entre minhas coxas. Sua outra mão estava ocupada deixando apertos em minha bunda. Podia ver a situação saindo do meu controle e rapidamente me empurrei contra ele, batendo minhas costas com força em seu peito, fazendo-o perder o equilíbrio e se afastar um pouco. Algumas pessoas passaram entre nós para ir até a saída e isso obrigou Will a me soltar. Aproveitei o distanciamento e também me direcionei até a saída, já tinha me divertido o suficiente e teria aula na faculdade em poucas horas, então era o momento perfeito para ir embora.

Quando finalmente cheguei a saída, pude ver alguns carros estacionados de qualquer jeito e muitas pessoas bêbadas conversando em grupos, alguns seguravam cerveja e outros fumavam cigarros, soltando a fumaça no ar e rindo de qualquer besteira dita naqueles círculos. Tentei procurar o carro de algum amigo, mas não encontrei nenhum. Bufei, irritada por ter sido deixada para trás e peguei meu celular para chamar um carro de aplicativo, mas alguém o tomou de mim antes que eu conseguisse desbloquear a tela.

— Precisando de carona, veneno? — Will perguntou, enfiando o nariz na curva do meu pescoço.

— Não — sabia que ele estava tão bêbado quanto eu e não queria arriscar sofrer um acidente no caminho para casa. Tentei pegar meu celular de volta, mas não consegui. Sempre que me impulsionava para tentar arrancar o aparelho de suas mãos ele levantava ainda mais os braços, Will era um pouco mais alto que eu e nem os 5 centímetros da minha bota me ajudaram a ultrapassar sua altura. — Vai me deixar chamar um táxi ou não?