TX-42

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Ehhh FÉRIAS  CARALHOOOOOOOO, DESCULPA GENTE SAO QUASE DOIS ANOS ESPERANDO POR ESSE MOMENTO !!!

BOA LEITURAAAAAAAA !!!!!!

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Conseguir um mandado de busca e apreensão às duas da manhã era uma coisa complicada. Clarke não tinha os dados objetivos e claros para conseguir uma emissão automática, e precisava de um juiz. Juízes tinham a tendência a ficar de mau humor quando eram acordados no meio da madrugada. E tentar explicar o porquê de ela precisar de liberação para uma pesquisa laboratorial e exames minuciosos em um console de som que estava no momento em sua própria casa era um trabalho espinhoso.

Sendo assim, Clarke  tolerou com paciência o sermão ríspido e zangado do juiz que escolhera.

— Eu compreendo isso, meritíssimo. Mas o caso não pode esperar até uma hora decente da manhã. Tenho a forte suspeita de que o console em questão está vinculado à morte de quatro pessoas. Seu projetista e operador está, nesse instante, sendo fichado e detido, e não posso esperar pela sua imediata cooperação.

— Você está querendo me provar que a música mata, tenente? —  debochou o juiz. —  Eu poderia lhe dizer isso por mim mesmo. O lixo musical que eles lançam hoje em dia é capaz de assassinar um elefante. Nos meus tempos, sim, havia música. Springsteen, Live, Cult Killers. Aquilo era música...

— Sim, senhor. —  Clarke  lançou os olhos para o teto. Por que será que ela tinha que ter arrumado um juiz viciado em rock clássico? —  Eu realmente preciso do mandado, meritíssimo. O capitão Whittle  já está à disposição para a varredura inicial. O operador admitiu ter usado o console ilegalmente, e isto está gravado. Preciso de mais dados para ligá-lo aos casos em questão.

— Se quer saber o que acho, todos esses consoles de música deviam ser banidos e queimados. Aquilo tudo é um cocô, tenente!

— Não quando os fatos sustentam a minha suspeita de que este console em especial e o seu operador estão ligados à morte do senador Pearly e outros.

— Aí já é outra história... —  disse ele, depois de uma pausa.

— Sim, senhor. Preciso realmente do mandado para destrinchar este mistério.

— Vou mandá-lo para você, mas é melhor que tenha algo plausível, tenente, e, melhor ainda, que seja palpável.

— Obrigada. Desculpe incomodar... —  o tele-link deu um estalo. Ele o desligara na sua cara — ... o seu descanso —  terminou ela, e então pegou o comunicador e conseguiu achar Whittle .

— Oi, Griffin! —  Seu rosto estava vermelho e alegre, e exibia um imenso sorriso. —  Por onde andou, garota? A festa já está quase acabando... Você perdeu a Anya apresentando um número com um holograma dos Rolling Stones. Você sabe como eu gosto de Mick Jagger.

— Sei, ele é uma espécie de pai para você. Não vá embora, Whittle , tenho um trabalho para você.

— Trabalho? São duas da manhã, e minha mulher está se sentindo, você sabe... —  e piscou com jeito malandro —  ... interessada.

— Desculpe, segurem um pouco as suas glândulas. Lexa  vai conseguir alguém para levar sua mulher embora para casa. Estou subindo aí para o salão de festas em dez minutos. Tome uma dose de Sober Up, se estiver precisando. Pode ser que tenhamos uma longa noite pela frente.

— Sober Up? —  Seu rosto desabou e assumiu feições rabugentas. —  Eu batalhei a noite toda para ficar de porre e agora você quer me deixar sóbrio tomando esse troço? Qual é o lance?

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