Confie no lobo, destrua o javali e sobreviva...

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Caralhoooo,  sou muito VICIADA nesse história  !! Achooo  que deu pra perceber neh????

Boa LEITURA 

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Fazer compras não era algo que Clarke  considerasse um dos pequenos prazeres da vida. Ela não gostava de olhar nem de circular em frente às vitrines, e também não era de ficar navegando em sites de compras eletrônicas. Evitava, sempre que possível, as lojas e butiques de Manhattan, fossem elas na superfície, acima ou abaixo das ruas. Tremia só de pensar em um passeio por um dos shoppings aéreos que havia na cidade.

Provavelmente, a sua resistência visceral ao consumo e às compras em geral foi a responsável pelo fato de que Isis sacou que ela era uma policial assim que colocou os pés dentro da Busca Espiritual.

Até que, em se tratando de uma loja, Clarke  a considerou tolerável. Não estava interessada nos cristais nem nos cartões, estátuas ou velas, embora reconhecesse que estavam expostos de forma atraente. A música de fundo era suave, mais um murmúrio do que uma melodia, e a luz incidia sobre os cristais em estado bruto, brincando através deles e das pedras polidas, formando lindos arco-íris.

O lugar, sentiu ela, tinha cheiro de florestas, de natureza... de verde.

Se era com bruxas que estava lidando, decidiu Clarke , Isis e Selina não poderiam estar mais dramaticamente opostas no que dizia respeito à aparência. Selina era pálida, magra e felina. Isis era uma mulher do tipo amazona exótica, com cabelos ruivos muito cacheados que se moviam como chamas, olhos redondos pretos, além de malares que pareciam entalhados. Sua pele tinha o tom dourado que atestava uma herança racial mista, e suas feições eram largas e marcantes. Clarke  estimou sua altura em mais de um metro e oitenta. Seu corpo de curvas generosas e bem distribuídas devia pesar cerca de setenta e cinco quilos.

Usava um manto esvoaçante, longo, em um ofuscante tom de branco e preso por um cinto cravejado de pedras. Seu braço direito ostentava um bracelete dourado em espiral que ia do cotovelo até quase o ombro, e suas mãos grandes faiscavam e cintilavam com pelo menos uma dúzia de anéis.

— Sejam bem-vindas... —  A voz combinava com ela, tinha um sotaque diferente e um tom gutural. Seus lábios se abriram, mas foi um sorriso mais de pesar do que de prazer. —  Você deve  ser a policial amiga de Ashley.

Clarke  levantou a sobrancelha ao exibir o distintivo. Pelo jeito, ela tinha mesmo toda a pinta de policial. Além do mais, desde que conhecera Lexa, seu rosto aparecia na mídia o tempo todo.

— Sou Griffin. Você deve  ser Isis.

— Devo ser... você está querendo conversar comigo. Com licença...
— Foi até a porta de entrada. Com graça e leveza, do jeito que uma atleta pode ser graciosa e leve , virou para o lado de fora uma placa onde se lia a palavra “Fechada” manuscrita em caligrafia antiga, fechou a persiana sobre o vidro da porta e trancou a fechadura.

Ao se virar, seu olhar parecia mais intenso e sua boca, sombria.

Você traz consigo sombras escuras que incomodam a minha luz. É ela, que deixa sua energia colada nas pessoas como uma espécie de... fedor. —  Ao ver a cara feia de Clarke , inclinou a cabeça para o lado, completando: —  Estou me referindo a Selina, tenente. Um momento.

Foi até uma prateleira e começou a acender velas e incensos.

— Isso é para purificar e servir de escudo, a fim de nos proteger e defender. Você também tem suas sombras, Griffin —  sorriu de leve  para Peabody — , e não estou me referindo à sua auxiliar.

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