Noite de Halloween

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Acabouuuu, mais uma resolução de outro caso, vamos ver quem acertou dessa vez !!!!


Boa leitura !!!

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Paciente com desilusão, sofrendo de sociopatia, com uma personalidade facilmente influenciável e facilidade para adquirir vícios.

Clarke  jogou o relatório de Mira para o lado. Não precisava de uma psiquiatra para lhe confirmar que Mirium era uma lunática de carteirinha, sem consciência alguma. Ela já descobrira isso por si mesma.

Também não precisava que lhe dissessem que a jovem demonstrava tendência para as ciências ocultas, baixo quociente de inteligência e possibilidade de se tornar violenta.

A recomendação final de Mira, para que a paciente se submetesse a testes mais minuciosos e recebesse tratamento como mentalmente incapaz, podia ser sensata, mas não mudava em nada os fatos.

Mirium retalhara um homem a sangue-frio, e provavelmente iria cumprir a sua sentença nos sossegados quartos de uma instituição para doentes mentais.

O detector de mentiras também não servira para muita coisa. Indicou que a acusada estava dizendo a verdade —  a verdade como ela a via. Apareceram falhas, pontos em branco, lapsos de memória e idéias confusas.

Tudo isso também se justificava, notou Clarke , olhando para os testes de ingestão de drogas, que provava que havia meia dúzia de substâncias ilegais passeando pela sua corrente sangüínea.

— Tenente? —  Peabody entrou e esperou até que Clarke  levantasse a cabeça. —  Schultz, da promotoria, acaba de me colocar a par da situação.

— E como estão as coisas?

— A advogada está irredutível. Quer solicitar um teste com o detector de mentiras, mas Forte continua recusando. Schultz acha que ela está querendo atrasar o processo, diz que ela quer quarenta e oito horas para estudar todos os relatórios e provas. Vamos manter Forte preso, já que a fiança foi negada, mas ela continua insistindo. Schultz acha que Forte está pronto para entregar o ouro, mas a advogada o está mantendo sob rédeas curtas.

— Foi Schultz quem lhe passou todas essas informações?

— Sim... bem, acho que ele está tentando ser gentil. Divorciou-se há pouco tempo.

— Ah... —  Clarke  levantou uma sobrancelha —  ... e aprecia mulheres que usam farda.

— Bem, nesse momento em especial, acho que ele aprecia qualquer ser humano que tenha seios. Enfim, o fato é que Schultz acha que não vamos conseguir mais nada por hoje. A advogada exigiu os direitos que seu cliente tem para um pequeno intervalo de tempo, antes de o processo seguir em frente. Schultz concordou em conversar mais sobre esse assunto amanhã de manhã e foi embora.

— Certo. Talvez seja mesmo uma boa idéia dar-lhes um pouco mais de tempo, para a poeira assentar. Vamos até a casa de Isis. Talvez consigamos sacudi-la um pouco.

— Você amarrou bem o caso por todos os lados —  comentou Peabody, acompanhando o passo de Clarke . —  Talvez agora consiga relaxar um pouco na festa de logo mais.

— Festa? —  Clarke  parou na mesma hora. —  A festa de Anya? É hoje à noite? Ai, que inferno!

— Reação típica de uma mulher louca por festas... —  comentou Peabody, secamente. —  Por mim, mal posso esperar. Os últimos dias têm sido podres...

— Essa história de Halloween é para crianças, coisa inventada para os filhos fazerem chantagem com os pais, a fim de se entupirem de balas e lixo. Um monte de homens e mulheres adultos andando de um lado para outro fantasiados... é embaraçoso.

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