É bom estar de volta

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Boa leitura !! Bom domingooooooooooo, se cuidem  😷😷😷😷😷

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As três semanas que Clarke  passara longe dali não modificaram em nada a Central de Polícia. O café continuava venenoso, o barulho insuportável e a vista de sua janela espremida continuava podre.

Clarke  estava toda empolgada por estar de volta. Os policiais da sua unidade prepararam uma mensagem para recebê-la. Uma vez que o texto já estava piscando sem parar no seu monitor assim que ela entrou em sua sala, viu que aquilo só podia ser coisa de seu velho amigo Whittle , o mago da eletrônica, que conseguira passar por cima de seu código de acesso.

SEJA BEM-VINDA, TENENTE AMORECO Hurra-hurra

Hurra hurra?  Ela não conseguiu prender o riso. Parecia grito de torcida de escola, mas fez com que ela se sentisse em casa.

Deu uma olhada na bagunça que estava a sua mesa. Ela não tivera tempo de arrumar nada no período entre o fechamento inesperado de seu último caso, que acabara acontecendo durante a despedida de solteira, já na madrugada do dia do seu casamento. Notou, porém, o disco cuidadosamente selado e etiquetado com competência. Ele havia sido colocado sobre a pilha de trabalhos antigos.

Deve  ser obra de Peabody, concluiu Clarke. Enfiando o disco em seu computador de mesa, ela xingou o aparelho uma vez e deu dois tapas na sua lateral, para curar os soluços ridículos que ele emitia, e viu que a sempre confiável Octavia tinha, como ela imaginara, preenchido todo o formulário de prisão, registrara a ocorrência e colocara o caso resolvido no arquivo central.

Aquilo não devia ter sido fácil para Peabody, Clarke  avaliou, visto que antes da solução do caso ela andara dormindo com o acusado.

Clarke  deu outra olhada na pilha de trabalhos antigos e fez uma careta. Reparou que já estava com a agenda lotada de participações para testemunhar em julgamentos para os próximos dias. Aquilo ia ser um malabarismo, e ela teve que aceitar espremer seus compromissos para acomodar a exigência de Lexa  de três semanas fora. Aquilo tinha um preço, e Clarke  ia ter que pagar agora.

Pensando bem, Lexa  também teve  que fazer um bocado de malabarismo com os compromissos dela também, lembrou a si mesma. Agora, ambas estavam de volta ao trabalho e à realidade do dia-a-dia. Em vez de começar a rever os casos nos quais ela estava intimada a testemunhar, Clarke  ligou o tele-link e iniciou uma varredura no sistema, em busca da policial Peabody.

O rosto familiar e muito sério, emoldurado por um capacete de cabelos escuros, fez um zumbido e apareceu no monitor.

— Sim, senhora, aqui estou. Seja bem-vinda de volta.

— Obrigada, Peabody. Venha à minha sala, por favor, o mais rápido possível.

Sem esperar pela resposta, Clarke  desligou o aparelho e sorriu para si mesma. Ela providenciara para que Octavia fosse transferida para a Divisão de Homicídios. Agora, pretendia ir um pouco mais longe. Tornou a ligar o tele-link.

— Aqui fala a tenente Griffin. Gostaria de falar com o comandante.

— Tenente! —  foi a secretária do comandante que atendeu, e apareceu sorrindo para ela. —  Como foi a lua de mel?

— Foi muito legal. —  Clarke  sentiu um rápido calor subir-lhe pelo rosto ao notar o brilho nos olhos da mulher. A saudação de hurra-hurra a divertira. Aquele olhar sonhador, porém, a fazia ficar com vontade de se encolher toda. —  Obrigada por perguntar.

— Você estava uma noiva linda, tenente. Vi as fotos e o evento também apareceu nos noticiários e canais de fofoca. Vimos fotos de vocês em Paris também. Tudo parecia tão romântico…

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