A morte era uma adversária ardilosa

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Quem estava com saudade$ da família Griffin???? O summerset que o diga kkkjk

A bruxa tá solta nas minhas histórias e aqui nao podia ser diferente... estou de volta ^^

E JA AVISO A NOVA TEMPORADA É MACABRAAAAA, ENTAO SE ALGUEM FICAR COM MEDO LEIA DE DIA !!!!

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CAPÍTULO UM

A morte a cercava. Ela a encarava todos os dias e sonhava com ela à noite. Vivia com ela sempre. Conhecia seus sons, suas fragrâncias, até sua textura. Era capaz de olhar para seus olhos claros e hábeis sem piscar. A morte era uma adversária ardilosa, ela sabia. Um segundo de hesitação, uma piscadela, e ela podia se mover, podia mudar. Podia vencer.

Dez anos trabalhando como policial não a haviam endurecido com relação a isso. Uma década na força policial de Nova York não a fez aceitá-la. Quando via a morte frente a frente, seus olhos exibiam o tom frio de um guerreiro.

Clarke Griffin olhava para a morte naquele instante. E olhava para a morte de um de seus companheiros.

Frank Wojinski havia sido um bom tira, muito confiável. Alguns o achavam até "caxias" demais. Era cortês, lembrou Clarke . Um homem que jamais reclamara do grude disfarçado de comida que era servido na cantina do Departamento de Polícia de Nova York, ou da papelada absurda que o trabalho gerava. Ou, pensou Clarke , a respeito do fato de ter chegado aos sessenta e dois sem nunca ter passado da patente de sargento detetive.

Era meio rechonchudo e deixara o cabelo ficar ralo e grisalho de forma natural. Era raro, em 2058, um homem abrir mão das facilidades da escultura corporal e melhorias estéticas de todo tipo. Agora, em seu caixão com tampo de vidro, com o rosto e o corpo cercados por pesarosos lírios, parecia um monge de outras eras, placidamente adormecido.

Ele nascera em outra era, refletiu Clarke , chegando ao mundo no fim de um milênio e vivendo quase toda a vida no milênio seguinte. Passara pe- las Guerras Urbanas, mas não costumava falar tanto sobre elas quanto os tiras mais velhos. Não era de contar histórias de guerra, pelo que Clarke lembrava. Era mais do tipo que gostava de exibir a mais nova foto ou um holograma dos filhos e netos.

Gostava de piadas fracas, de falar de esportes, e tinha uma fraqueza por cachorros-quentes feitos com salsicha de soja e molho condimentado demais.

Um sujeito voltado para a família, pensou, e que deixara entre os seus grande luto. Na verdade, Clarke não conhecia ninguém que tivesse con- vivido com Frank Wojinski e não gostasse muito dele.

Morrera com metade da vida pela frente, e morrera sozinho, quando o coração que todos julgavam tão grande e forte simplesmente parará de bater.

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