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Clarke estava em pé respirando bem na nuca de Lexa . Quando chegou ao ponto em que Lexa se encheu daquilo, simplesmente se virou e a empurrou.
— Chega mais pra trás linda!
— Estou só tentando ver — mas ela se afastou. — Você já está nisso há mais de meia hora.
Lexa imaginava que, com o equipamento disponível na Central de Polícia, até mesmo Whittle iria levar pelo menos o dobro do tempo para chegar até aquele ponto.
— Querida Clarke ... — disse a morena , suspirando ao vê-la franzir os olhos em sua direção . — Existem camadas aqui, tenente. Camadas sobre camadas. E por isso que o sistema é clandestino. Já encontrei dois dos nomes em código que o nosso jovem e malfadado especialista em autotrônicos usava. Deve haver outros. Mesmo assim, leva algum tempo para desembaralhar as transmissões.
Colocando a máquina no automático, Lexa se virou para aproveitar o jantar.
— Tudo isso são apenas jogos, não é? — Clarke saiu um pouco para o lado, a fim de ver a tela correr, cheia de números e símbolos estranhos enquanto trabalhava. — Crianças grandes brincando de joguinhos. Sociedades secretas. Ora, todas elas são apenas clubes fechados de alta tecnologia.
— Mais ou menos... Muitos de nós gostam de diversões, Clarke . Jogos, fantasias, o anonimato de um computador, só para fingirmos que somos outra pessoa por algum tempo.
Jogos, pensou ela novamente. Talvez tudo se resumisse a jogos, e ela não havia estudado com atenção, bem de perto, as regras e os jogadores.
— O que há de errado em ser quem a gente é?
— Para muitos, não é o bastante. Esse tipo de coisa atrai os solitários e os egocêntricos
— E os fanáticos.
— Certamente. Serviços eletrônicos computadorizados, especialmente os clandestinos, oferecem aos fanáticos um fórum público — e levantou uma sobrancelha, enquanto cortava cirurgicamente o seu bife. — Eles também fornecem um serviço, educacional por sinal. E informativo, intelectual. E podem ser simplesmente uma forma de entretenimento inofensivo. E são legalizados — lembrou a ela. — Nem mesmo os clandestinos podem ser monitorados de perto. E isso se deve basicamente ao fato de que seria quase impossível fazer isso. E o custo seria proibitivo.
— A Divisão de Detecção Eletrônica os mantém com rédea curta.
— Só até certo ponto. Olhe aqui... — e se virou para trás, digitou alguns caracteres no teclado e fez um quadro deslizar para o lado, exibindo um dos telões de parede inteira. — Viu só? Isto aqui é nada mais nada menos do que uma crítica pungente a uma nova versão de Camelot. Um programa multiuso em que você escolhe o papel, e tem a opção de ser holográfico — explicou. — Aqui, todo mundo quer ser o rei. E ali... — gesticulou para outra tela — vemos um anúncio bem direto para busca de um parceiro para o Erótica, um programa com fantasias sexuais em realidade virtual, que exige controles remotos duplos — e sorriu ao ver as sobrancelhas franzidas de Clarke . — Foi uma das minhas companhias que o lançou. É muito popular.
— Aposto que sim! — Ela não perguntou se Lexa mesmo já havia experimentado. Alguns dados ela não precisava conhecer. — Não consigo compreender... Você pode alugar uma acompanhante licenciada, provavelmente por muito menos do que o custo de um programa como esse. Consegue sexo de verdade, em carne e osso. Para que precisa disso?
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Deadly Serie
Action[ Continuação de IN DEATH ] A destemida tenente de Nova York, Clarke Griffin acaba de passar por uma prova de fogo. Um casamento, e não por um em que foi convidada ou que teve que ir por obrigação do ofício. Na verdade era o seu momento, era o seu c...