Reminiscence

O Destino da Rin Nohara

Chegando com um os capítulos mais aguardados, eu acho, de toda a fic.

Ele é pesado em alguns pontos, não pelas cenas em si pois não deixei nada explicito, mas pelas falas. As palavras tem um poder muito grande então, peço que leiam com calma e se não se sentires confortáveis, não continuem.

Quero agradecer a @Rey-Senpai por ter feito um capitulo só para isso, sua versão, porém como já tinha escrito o capitulo, só adicionei algumas partes, para ficar mais com minha cara, digamos assim (mas adorei a sua versão completa e se alguém te pedir, você compartilharia??)

Chega de papo e vamos para o capítulo.

Boa Leitura!!!!!!!!!

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"Paixão é a força motora que justifica nossa existência, mas a perseguição desenfreada por esse privilégio nos torna dementes, viramos parasitas de uma obsessão."

Martha Medeiros

Iruka estava a quase uma semana na casa de Kushina, não saia para nenhum lugar, mal comia, ficava apenas em seu antigo quarto olhando pela janela. Tinha apenas um olhar vazio, falava quando falava consigo e normalmente eram respostas monossilábicas. Naruto tentava animar o irmão, o chamava para ir no Ichiraku, outras vezes trazia o lamen preferido do irmão que agradecia mas não comia nada, nada o animava.

Era perceptível para os que estavam convivendo com Iruka que ele não estava dormindo direito, nem se alimentando. Estava cada dia mais deprimido e não era capaz de dizer o que estava dando errado, já que para ele tudo estava dando errado. Se sentia como se estivesse se afogando em um mar paralisante de pequenos e grandes problemas aliados e não conseguia fazer nada para mudar. Talvez nem queria mudar, talvez ele desejasse ser levado pelas ondas daquele mar para qualquer lugar.

Deidara e Kurenai foram visitá-lo e tentaram conversar, mas ele não respondia nem mesmo quando sua melhor amiga perguntou se queria saber dos alunos e ele negou. Não tinha ânimo nem para pensar em seus alunos que sempre foi algo que amou fazer. Sabia que alguns poderiam pensar que ele estava exagerando, fazendo cena, mas Iruka estava cansado. Cansado de sofrer, cansado de chorar, cansado de se culpar por tudo de ruim que aconteceu nos últimos dias e aqueles sentimentos estava tomando conta dos seus pensamentos.

Para piorar, Kushina apareceu para informar que Rin seria liberada dentro de alguns dias. A ruiva esperava alguma reação do filho, mas ele apenas a olhou e não disse nada, nem mesmo uma lágrima sequer ele derramou. Iruka parecia uma casca vazia.

— Podem me deixar sozinho, por favor — pediu Iruka aos amigos e a sua mãe.

Kushina pensou em falar algo, mas não sabia o que dizer e temia dizer alguma coisa que soasse como pressão ou como ofensa. Ela podia ser uma excelente ninja, ser a melhor em selamento, mas se sentia impotente por não conseguir ajudar o filho. Quando os três estavam saindo do quarto, ouviram novamente a voz de Iruka.

— Deidara, espere. Quero falar com você. Em particular.

Os três trocaram olhares de preocupação, mas tentaram pensar que talvez Iruka quisesse falar algo importante, desabafar, pedir algo para o loiro ou apenas queria a companhia dele, por isso as duas mulheres saíram deixando os dois sozinhos.