Precisa-se de uma esposa

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Liam

Lizzy estava ali, com fios ruivos soltos e o moletom surrado, mas, por Deus, nunca vi mulher mais linda na minha vida inteira!

Caminho até ela e ela para na minha frente, erguendo a cabeça para que pudesse me olhar.

-Sinto muito. -Disse ela, baixinho.

-Shii... -Toco seu rosto. -Se não fosse você, a empresa ainda ficaria com aquele... 

Então apontei para Elliot que parecia estar tento um ataque de fúria repetindo "isso não vai ficar assim, isso não vai ficar assim".

Decidi ignorá-lo e ela fez o mesmo.

Lizzy ainda me encarava, olhando tudo em mim. 

-Você sabia. -Disse em um sussurro e minha mão caiu do rosto dela. -Sabia sobre minha condição...

Lizzy se apressa em segurar minha mão e sorri.

-E isso não muda nada no que sinto aqui. -Ela põe minha mão no moletom, sobre o peito. -Tudo que eu disse é verdade. E eu não ligo nem um pouco pelo que dizem. Eu só sinto muito pelo show do Zack... agora todos sabem que eu era uma garota de pro...

Mas a interrompo com um beijo.

-Pelos céus, nunca mais diga nada remotamente parecido com isso. 

Lizzy cora, mas assente e a abraço, com força. Para nunca mais soltá-la. 

-E agora? -Paul chama nossa atenção.

-Bom, eu não sei vocês, mas vou para casa, vou levar minha esposa comigo e só vou responder à mensagens, telefonemas e até mesmo e-mails só na semana que vem. -Disse, levando lizzy comigo, para longe.

***

Lizzy

Assim que entrei no apartamento, parecia que era a primeira vez, mas agora as coisas estavam um pouco mais diferente.

Uma foto nossa, a primeira foto que tiramos, no dia do nosso casamento, estava onde antes um quadro preto e branco estava.

-Somos nós. -Digo, ainda encantada com a foto, enorme.

-Sim. -Liam estava ao meu lado. -É a nossa casa. 

Me viro para meu marido e sorrio, apoiando a cabeça no seu peito. E então olhei a varando.

-O que é isso? -Pergunto, vendo que a varanda também não estava igual.

Quando cheguei perto vi que era uma cadeira de chaise-balanço.

-Liam, pra quê isso? -Perguntei.

-Pra quando você vier pegar sol, no fim da tarde. -Disse. -Você sempre fica em pé, agora pode ficar sentada, deitada, como preferir. -Disse e meu peito só se inundou ainda mais de amor.

Me lancei em seu pescoço.

Ele ficou me encarando.

-Liam, quero fazer certo com você. -Digo, o encarando. -Eu sei que eu não tenho muito a te oferecer, mas todo meu coração é seu. Então, se você me der a honra de se casar comigo... Eu vou ser a mulher mais honrada desse mundo.

-Não precisa perguntar. -Liam pega uma mecha de cabelo que soltava do coque frouxo e desarrumado, colocando atrás da minha orelha. -Mas eu já tinha refeito primeiro, então...?

-Então que tal subirmos e começarmos nossa lua de mel?