Lizzy
Rebeca estava fazendo a queixa e eu esperava na recepção. Eu estava nervosa. Minhas mãos suavam e eu as secava na calça jeans.
Minha amiga enxugava algumas lágrimas com um lenço de papel que devem ter entregado a ela dentro da sala, ela me olhou e sorriu. Senti que ela estava mais livre e então me levantei para abraçá-la.
-Vai ficar tudo bem, não é? -Perguntei ao policial que a acompanhava. -Vocês vão prendê-lo, não vão?
-Bom, vamos mandar uma intimação para ele comparecer à delegacia. Uma tentativa de estu...
-Não foi um tentativa. -Digo, com a voz cortante. -Ele estuprou ela.
-Sim. Me perdoe. -O policial pareceu desconcertado. -Vamos ser o mais rápidos possível. Um crime assim não pode ficar impune.
-Não. Não pode. -Digo. Olho ao redor. -Bom dia e obrigada.
O policial assente e levo Rebeca comigo até meu carro.
Ela se senta e então solta vários suspiros.
E então um sorriso lhe cobre o lábio.
-Lizzy, não sei nem o que dizer. -Ela murmura.
-Não é nada, sua boba! -Digo, batendo na sua coxa e ela segura minha mão. -Não foi nada, Beca. Sou sua amiga. E amigos ajudam os outros em momentos como esses.
-Nunca vou esquecer! -Ela diz, sorrindo.
-Bom. Agora vamos nos arrumar e entregar aquelas guloseimas.
-Vamos!
***
Minha avó não queria ir, gostaria de ficar no café. Contratei um ajudante, Kile, por indicação de Nicolau, que também estava no café, dando suporte à minha avó.
Depois que guardamos tudo no carro fomos até o local onde seria o piquenique, ainda estava cedo, mas suspeitava que logo logo chegariam várias pessoas.
Alguns garçons foram contratados e estavam nos ajudando enquanto organizávamos a mesa de guloseimas.
Havíamos feito basicamente tudo que um evento daquele nível poderia pedir.
As tortas pareciam um arco-íris de sabores e cheiros pela mesa. Pequenos macarrons coloridos davam um toque mais refinado à mesa. Mini-sandwiches estavam dispostos me maneira que todos pudessem ter acesso.
Olhei ao redor e aquele lugar era simplesmente incrível.
As tentas estavam armadas, com algumas mesas pelo gramado. Um pequeno palco fora montado também para que alguém falasse e uma pequena banda entrou.
-Senhora? Pode nos indicar onde podemos nos preparar? -Um dos músicos se dirigia à mim.
Fiquei surpresa. Acho que ele pensava que eu era a dona da festa. Apenas sorri.
-Bom, acho que podem ficar ali. -Apontei o palco. -Qualquer coisa podem falar com os garçons, eles podem ajudar.
Eles assentiram e foram até o palco. Logo começaram a ensaiar e tocar lindas melodias com violino.
Me virei para Rebeca, que ria baixinho.
-Ah, meu Deus! Senhora Nicholson! -Ela brinca.
-Nem eu estou acreditando. -Rio em resposta.
-Eu preciso ir ao banheiro.
-Mas as pessoas estão chegando. -Digo.
-É rápido.
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Precisa-se de uma esposa
RomanceLiam precisa de uma esposa. No testamento do seu pai havia uma cláusula muito específica que dizia que ele precisava casar. Liam sequer tivera uma namorada. Durante seus trinta anos, jamais conseguiu desenvolver sentimentos por qualquer pessoa for...