2.6

6.3K 605 342
                                    


!AVISO!

A fanfic passou por um processo de reescrita, o livro 1.0 - LAÇOS DESTRUÍDOS - está atualizado. Os nomes de alguns personagens foram modificados como o da protagonista, era Maria e foi mudado para Jane. Portanto se estiver Maria no capítulo é porque não foi reescrito ainda e caso já tenha sido, peço encarecidamente que me avise no pv o capítulo

Alepo, Síria - 20:08 p.m
Jeon Jungkook pov

Pela milésima vez eu encarei a única janela que tinha, em formato quadrado e bem no canto da parede metal. O metal fazia o frio parecer mais intenso do que é, como devem saber no deserto o frio se agrava durante a noite e fazia meu corpo se arrepiar.

Diante de calor e frio sou mais acostumado com o frio, tenho mais praticidade com ele também. Não costumo gostar de calor, a ideia de suar igual um bode o dia inteiro enquanto tenho diversas coisas pra fazer só me deixa ainda mais estressado.

Podia ter a certeza de que já havia se passado quase um mês que estou aqui dentro, as refeições são moderadas e ganho uma garrafinha de água por dia. Pra alguém que toma três litros por dia quinhentos ml não é nada!

Meu corpo parecia se adaptar ao frio com as roupas finas e rasgadas, assim como a pouca quantidade de nutrientes que recebia. Depois que sair daqui eu posso afirmar que nunca mais irei por um kibe na boca! Tudo que eles fazem de comida é kibe, kibe normal, kibe assado, kibe com arroz.

Que eles enfiem essa droga de kibe no meio do cu deles.

Como sabia que não podia pedir mais do que isso e fazer Kahdj me atacar, era o que tinha pra comer. O sírio não podia fazer nada contra mim, já que não tinha feito nada para ele. Taehyung tinha apenas usado uma tática mais fácil por ser supostamente amigo do Kahdj, a equipe dele era forte e eu não podia saber as suas táticas.

Por isso no momento eu era o alvo mais fácil.

A área de difícil acesso faz com que qualquer um que entre aqui seja revistado diversas vezes como se fosse numa concessionária da prisão. Os caras do oriente médio andam com armas pra todo lugar, por ser legalizado e obrigatoriamente constar na lei o uso de armas na cidade.

Isso significa que não adianta eu reconhecer todo o lugar e criar um plano aqui dentro, eu sou apenas um contra o Taehyung com sua sede de vingança. No momento que Taehyung falar com Kahdj que pode me atacar ou até mesmo me torturar, aí sim estarei fudido na mão dele.

Minhas costas doíam pra caralho, eu tentava ficar reto mas o cansaço batia e voltava a me sentar de forma errada fazendo a coluna ficar meio curva e doer trinta minutos depois. Além das costas, meus pés e mãos também doíam. Estavam bem machucados pelo roça roça da corda com minha pele, causando uma ardência irritante.

O barulho de sempre adentrou o local, era tão silencioso que até mesmo a chave na maçaneta era possível se ouvir. Permaneci encarando a parede já esperando o que ainda não tinha me vindo hoje.

- Ele está melhor do que imaginei. - A voz conhecida e feminina fez eco no cômodo, não queria me virar mas a curiosidade de saber o que porra ela fazia aqui foi maior do que meu antiquado.

- Eu peguei leve com ele, aos poucos ele vai levando um murro ali, um soco aqui... Quem sabe morrendo lentamente. - Abri um sorriso vendo o quão Taehyung conseguia me dar nojo. Vivendo neste muno ilusório dele o que ele vai conseguir é uma bala no meio da testa.

- Morrendo lentamente? Ah Taehyung... Parece que foram tantos anos jogado fora. - O meu tom irônico claramente o irritava.

Kim estava odiando me ver assim, sentado de forma plena com o rosto avermelhado de sangue e hematomas, com o mesmo humor de sempre. As surras que ele me dava eram fortes, Kim sempre teve a mão pesada e isso o ajuda em golpes que não sabe dar.

Contudo Taehyung sabe bem que já fui espancado tanto na vida que tem de ser algo muito intenso até eu realmente ficar mal. Por enquanto seus socos e chutes foram apenas o tempero da comida.

- O humor sádico de sempre, não é Jungkook? - A voz da mulher grávida fez presente mais uma vez, ela seria a próxima a ir para o inferno. Logo depois de Taehyung.

- O que diabos vocês faz aqui, Raika? - Não havia como ficar calmo diante dessa situação, e assim minha voz saiu entre dentes.

- Eu precisava fazer uma visita ao meu namorado. - A mesma selou os lábios de Taehyung enquanto acariciava sua barriga mediana sem parar. Filha da puta. - Sabe o melhor Jungkook? Todos estão na Coréia se preparando para vir atrás de você e resolveram me mandar primeiro para encontrar um hotel para ficarem porque vai ser uma longa viagem. Não acha sua equipe meio burra?

Raika riu fazendo o sorriso do Taehyung vibrar ainda mais, só com aquela frase eu pude sacar bem o que toda minha equipe queria dizer. Hotel? Porque ficariam num hotel em uma missão dessas?

Porque não ficariam em um hotel. Isso era tudo um plano pra tirar Raika da conversa e poderem planejar sem ela por perto, provavelmente ela estava sempre em cima nos planos e querendo saber de tudo. Dando ainda mais indícios de que estava do outro lado. Completamente burra.

Soltei um riso nasal após concluir isso, os dois me olharam com olhares confusos não querendo tirar o sorriso cínico do rosto. Desci meu olhar até a barriga a mostra, ela usava um cropped e uma saia longa. Sua barriga era limpa, como se saísse diretamente de um ensaio fotográfico. Sem estrias ou manchas.

- Uma pena quando eu matar você e essa criança que você carrega, não?

Tão inexperientes. Taehyung pôs Raika mais para trás, como se a qualquer momento eu retirasse as corsas e matasse os dois ali dentro. Sua mão grande alisou a dela que estava na barriga. Então ele era o pai da criança.

Quando eu fiquei tão focado no trabalho pra não me dar conta de que estou rodeado de traidores? Eu tirei Raika do lixo e ainda fiz a mesma tomar a Alemanha para si, e agora ela vai pro time do meu ex amigo querendo vingança por algo que nunca fiz. .

- Você não vai tocar no nosso filho. - Taehyung engoliu seco, seu pomo de Adão subia e descia de nervosismo.

- Não posso ter certeza disso... - Comentei. - Engraçado, Raika. O tanto que fiz por você, te ajudei a se reerguer naquela porra de Alemanha... Fiz você ganhar dinheiro e ajudar a merda da sua família que te tratava como uma vadia te mandando transar com diversos caras por dinheiro. E agora você está aí, com o Taehyung agindo como se fosse a primeira dama. - Ri. - Vem cá, você acha que vai prender ele por causa dessa criança? Na primeira oportunidade ele vai foder com outra de baixo do seu nariz.

Raika sabia tanto que isso era verdade que percebi ela soltar a mão de Taehyung com violência, o olhar dele pra mim era de fúria e quando olhou pra ela parecia meio desesperado dizendo que era mentira. Todos sabemos que não é mentira.

- Vamos, precisamos sair daqui antes que eles venham. - Taehyung saiu puxando a mão de Raika até a porta, enquanto ela parecia bem relutante ao segurar.

Ri por dentro criando esperanças de sair daqui logo. Eu sabia do que ele estava falando, iriam fugir como medrosos só pra ter tempo se se manter vivos até que eu vá de novo atrás deles.

Mal podia esperar pra sair daqui, sentir a adrenalina correr pelas minha veias novamente e matar todos cujo entraram no meu caminho e tentaram me ferrar.

CONTROVERSIAL | Livro II • JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora