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Daegu, Coreia do Sul - 23:06 a.m
Jeon Jungkook pov

- Olha pra essa porra direito caralho! Essa é a terceira vez que você faz errado, da próxima vai pro inferno!

Essa já devia ser a quinta vez que eu gritava com o grupo iniciante de strippers no meu movo projeto em Daegu, mais uma boate e mais dinheiro na minha conta. Trabalhar com garotas na maioridade me trás uma grande dor de cabeça, parecem até crianças!

Não conseguem pegar rápido a coreografia e ainda ficam tentando sensualizar pra chamar a minha atenção. O que da minha humilde opinião é muito do nojento. Jaeong tentava mais uma vez repassar a coreografia na merda o pole, com suas roupas extravagantes de sempre com peitos quase pulando pra fora e a bunda completamente descoberta.

Ela estava responsável por esse novo grupo de meninas. Seus antigos donos me afirmaram que essas eram as mais novas que tinham e que com certeza eu iria ganhar muito dinheiro. Mas agora posso ver que isso foi pura mentira. Eu sabia bem de onde estava vindo todo esse estresse, não bastava apenas ter estes problemas menores e fáceis de resolver. Depois que descobri verdadeiramente que a Jane estava grávida eu não sabia o que fazer e muito menos reagir.

Nunca pensei na droga de um filho, nessa vida não existem possibilidades assim. Claro que há mafiosos que se casam e tem diversos filhos com suas esposas, porém isso acontece quando já estão fisicamente preparados para isso. Acontece um preparamento antes, não é assim num complexo unilateral.

E digamos que não esteja preparado fisicamente para isso, o meu legado é grande e um dos maiores da Ásia sim, isso não significa que estou preparado pra manter um moleque seguro cem por cento do tempo. Eu conheço a Jane e sei o quanto ela vai querer entregar uma vida normal pra essa criança, ir a escola, a shoppings e o caralho a quatro. Isso definitivamente não vai funcionar comigo.

Como eu vou levar meu filho na escola se tem grandes chances que sequestrarem ele a qualquer momento? Como vou ensinar coisas ao meu filho se eu se quer fui ensinado?

Os meus pais foram os piores que pude ter e o aprendizado que tive com eles certamente é o que quero manter longe dos meus filhos! Crises, gritos, tapas e situações constrangedoras é o que mais causam traumas em crianças e bebês.

Minha cabeça doía só de pensar nesse assunto e isso era o que me fazia fugir da Jane todo o tempo que estava na mansão. Certamente ela me procuraria para falar sobre isso e eu não vou saber o que falar e também não quero falar. Se disser que não cogitei na ideia so aborto vou estar mentindo, nenhum de nós dois estamos preparados ou esperamos por isso. Não queremos. Mas aquela mulher nunca vai aceitar isso e se disser isso pra ela, Jane nunca mais olha na minha cara.

No entanto existem milhões de motivos para isso.

Conheço ela o suficiente para saber que pelas suas façanhas suas emoções estão no ápice do ápice. Sei que ela quer conversar mas que o orgulho também prevalece quando estou por perto, na cama ou até na mesa de jantar. E ambos estamos assim, como meros fantasmas que apenas comem e dormem. O meu dia continua corrido e procuro chegar mais tarde em casa para encontra-la dormindo, isso não anda funcionando nos últimos dias.

Ontem eu acabei ficando com uma das putas que trabalham pra mim, não houve sexo ou coisa do tipo, não passaram de beijos porque eu estava muito chapado. Lembro-me de chegar na boate e ir direto ao escritório, atendi algums clientes que me deviam e assim que despachei todos puxei sete sacos de pó começando a cheirar um por um sentindo meu nariz arder cada vez mais.

Aquilo bateu em minha cabeça de forma forte. Nós mafiosos não costumamos ingerir drogas todo dia, basta apenas um pouco de maconha ou cigarro normal, pois tenho inteligência pra saber o quão mal isso faz fora todos os danos. Mas claro que vez ou outra não nos impede de fazer tal coisa.

A garota apareceu no escritório segurando uma bebida nas mãos, ela sorriu assim que percebeu que cheirava fileirinhas de pó na mesa de vidro. A taça com líquido rosado foi deixado em cima da mesa e ela tomou frente cheirando uma fila.

Se estivesse em meu estado normal eu simplesmente empurraria ela e gritaria por ter tomado frente em algo que não foi chamada. Mas estando chapado tudo que fiz foi admirar seus seios ciliconados através do sutiã transparente que ela usavam. Por um segundo eu pensei que precisava daquilo, precisava espairecer a cabeça com algo diferente e que fazia tempos que não fazia. Por isso a empurrei na parede e fincando minha língua na boca alheia sem ao menos pensar.

Em segundos pude até sentir que beijava ela, contudo era muito diferente. Ela sabia exatamente onde me tocar, conhecia meu corpo o suficiente e seus lábios eram mais macios. Infelizmente aqueles cujo beijara tinham gosto de batom barato e eram completamente inexperientes.

Talvez compensassem no boquete, já que nunca recebi reclamação de cliente.

Mentei-me de empurrar dela de perto de mim quando suas unhas fincaram meus ombros de forma forte, me arranhando. Ali ela tinha descuprido uma regra usada para todos da minha equipe.

Nenhuma das putas poderiam deixar mascas com quem transasse, muito menos comigo. Sou o tipo de pessoa que entrego tudo durante o sexo, mas somente quando quero e quando a pessoa me agrada.

No dia seguinte pensei se foz algo de errado, pois no fundo algo estava me incomodando mais do que o normal, mas nós não tínhamos nada, certo? Tínhamos conexão, o sexo era muito bom e nós conversamos.

Era só isso.

A verdade é que só tinham duas coisas que eu sentia nesses momentos, medo e nervosismo. Por mais que permaneça nesta pose séria dando a entender que permaneço feliz como se nada houvesse acontecendo.

Quando ouço a palavra filho tudo que me vem na cabeça é toda a minha própria história, o quanto eu sofri pra ter tudo que tenho hoje e pra ter conseguido isso tudo. O que aprendi com meu pai? O que ele me ensinou? A gritar com mulheres? A espancar elas sempre que não se tem controle da situação? Ou então bater no próprio filho enquanto ele não para de chorar a fim de um pouco de carinho?

Em um poço de perturbação e confusão é onde estou me afogando agora. Não espero que ninguém vá entender o que sinto, também serei muito mais covarde se rejeitar aquele filho. Não tenho toda esta coragem e me conheço.

Posso dizer que se eu o rejeitar tempos depois me olharei da mesma forma que olho para meu pai. Apesar de ter nascido é justamente assim que o enxergo. Como se fosse um erro.

Talvez eu precise de um pouco mais de ajuda, talvez eu precise conversar um pouco mais e falar tudo que se passa nessa minha cabeça maluca. Mas no momento tudo que quero é continuar nesta confusão sem resolver esse assunto.

- Passando a coreografia mais uma vez. - A voz de Jaeong interrompeu meus pensamentos e voltei a analisar o que as garotas de vinte e um e vinte e dois anos.

Agora pareciam estar mais no ritmo, conseguiam deslizar bem no pole dance e restavam alguns ensaios até poderem estrear na boate para os clientes. Descruzei meus braços olhando para a hora no meu relógio de pulso.

- Termine isso, depois venho ver se realmente isso está bom. Espero que sigam tudo que a Jaeong mandar. - Disse em voz alta para as garotas que me olhavam.

Algumas ainda estavam assustadas, estas cujo eram pagamentos de suas famílias. Eu não podia fazer muita coisa, todos os que trabalham para mim conhecem todas as minhas regras principalmente sobre dever coisas para mim, um Jeon.

Outras faziam questão de se amostrar, conhecia bem este tipo. Do tipo virgem safada que nunca transou na vida e quando vê um cara bonito e charmoso fica se atirando pra cima afim de conseguir uma foda. Meu dia chegou ao fim, depois de ter treinado alguns seguranças, ter vindo até Daegu resolver com outros traficantes menores que vendem minhas drogas e ver essas novas negociações para a boate eu podia ir para minha casa e apagar na minha cama novamente.

E deste modo estou vivendo como um robô, programado para fazer tudo da sua rotina e a noite apagar com ajuda de uma droga injetada na veia de forma unilateral como um gol na trave em uma copa do mundo.

NOTAS FINAIS
Soltei mais este só pra vocês não ficarem ansiosas demais e xingar o pobre do Jungkook sem saber o que se passa nessa cabeçona dele. Agora podem xingar a vontade. Mas entendo vocês pois eu já tenho um roteiro e sei do futuro da história kkkk
Espero que tenham gostado armys
Votem e comentem muito 💜

CONTROVERSIAL | Livro II • JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora