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Seul, Coreia do Sul
10:04 a.m
Jane

Vesti meu blazer cor vinho por cima da blusa folgada e acariciei minha barriga sorrindo, agora estava oficialmente com nove meses. Minha felicidade não era apenas esta, hoje visitarei a empresa com Meuyun e Naomi.

Nos últimos dias só consegui pensar no quanto eu me identifiquei com aquelas mulheres. Nós tínhamos uma conexão, uma estranha conexão. Eu sabia sobre o que elas tinham passado e ao menor por cima conseguia sentir sua dor.

Assim que me preparei para sair de casa vi Jungkook sair do escritório. Me deparar com ele tão mal assim me lembrava o início do contrato e um Jungkook que não gosto de me recordar.

Seu corpo estava um tanto mais magro e as olheiras dominavam seu rosto bonito. Aparentemente ele voltou a se drogar enquanto estive fora e quieta.

- Pode parar aí. - Chamei ele. O mesmo revirou os olhos e me olhou. - Você vai mesmo acabar sua vida por causa disso? Cadê a sua maturidade?

- Cuide da sua vida. - Seu tom não fora grosso, no entanto também não foi o mais amável.

- Eu estou cuidando. Estou cuidando da minha vida e de mais duas crianças e como se não bastasse agora tenho que cuidar da sua. Está parecendo um adolescente. - Eu sabia que aquelas palavras o atingiram, porque ele sabia que estava exatamente como seu eu do passado. - Espero que se arrume, hoje a noite iremos jantar. Quero conversar com você.

- Não tenho nada para...

- Cala a boca! - Mandei brava. - Mas que droga Jungkook, será que esqueceu de que pode contar comigo? Porque não conversa?

- Não quero conversar, Jane. - Por um momento seu tom se tornou frio e meu estômago doeu.

- Você... Não acredito que prefira se drogas e se machucar a ter uma conversa sincera comigo. Depois de tanto tempo Jungkook.

Meu tom de voz saiu completamente choroso, sai e bati a porta rezando para que ele não viesse atrás. Certo que isso não era algo para chorar ou ficar nesta situação, mas essas duas crianças mexem mais comigo do que meu próprio emocional.

Era exatamente o que eu entendia sobre sua negação. Havia tempos que não se abria comigo, não aliviava sua mente e tinha uma boa noite de sono. Ao vê-lo de tal forma só consegui pensar isso, ultimamente ele prefere ter uma overdose a tirar um tempo e conversar. Comigo.

Entrei no carro engolindo aquele choro manso e voltando a imaginar como eu podia passar o resto do dia assim. O caminho foi longo, dei umas três cochiladas do banco enquanto as crianças ainda estavam quietas no meu útero até que finalmente estacionamos.

- Namjoon. - O chamei. - Por favor, convença o Jungkook a conversar com a Meuyun pelo menos.

Eu já não sabia mais como fazer ele ingressar naquilo, com sua mãe certamente eu teria uma breve conversa depois. Namjoon apenas suspirou fundo e me olhou.

- Eu posso tentar, Jane. Mas não posso garantir nada. Eu passei de perto cada sofrimento daquele menino e sei de tudo que passou sobre ele e a Meuyun.

- Melhor ainda. Tente falar com ele sobre o quão vai ser bom mais uma criança. - Sorri fraco.

- Posso tentar. Ele comentou comigo que nem com teste de dna irá aceita-lo... - Droga, o teste era o de menos. Já havia cuidado disso semana passada e só esperava o resultado, o que já era óbvio.

- Não se preocupe com isso. Dê um jeito para que ele largue aquela droga, não aguento ver ele daquele jeito. Ele sabe que está morrendo aos poucos! - Disse irritada.

CONTROVERSIAL | Livro II • JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora