CONTROVERSIAL | Livro II • JJK

1.8

!AVISO!

A fanfic passou por um processo de reescrita, o livro 1.0 - LAÇOS DESTRUÍDOS - está atualizado. Os nomes de alguns personagens foram modificados como o da protagonista, era Maria e foi mudado para Jane. Portanto se estiver Maria no capítulo é porque não foi reescrito ainda e caso já tenha sido, peço encarecidamente que me avise no pv o capítulo

Seul, Coreia do Sul - 01:02 a.m
Jane pov

Sensível era como eu me sentia, o fato de eu estar ainda mais envolvida ao invés de evitar aquilo tudo me incomodava como uma pulga atrás da orelha.

Em plena às uma da manhã eu estava sentada no meio da cama com um moletom que era o dobro do meu tamanho, que claro roubei do Jungkook, pensando no que seria daqui a seis meses.

Metade de um ano era o que faltava pra acabar esta droga de contrato, eu pegar meu dinheiro e ir pra o fim do mundo.

A pergunta que eu me fazia era ' será que farei mesmo isso?'.

Já não tenho certeza. Sabia que o Jungkook havia se tornado muito mais que um amigo, nossa conexão estava forte demais e apesar de ele não falar sobre sentimentos eu posso perceber através do seu olhar e das suas próprias ações.

Já não eram ficadas e conversas, havia interesse, o papo se tornava bom, ambos pareciam ansiosos quando se viam e o sexo... Porra eu nem sei o que dizer.

Nenhum dos dois trabalhava sozinho nesta via de mão dupla. Não havia apenas o carnal, transar sem se importar com o outro, gozar e ir embora. Havia intensidade, emoção e o principal, focar no prazer do parceiro.

Eu ainda estava aprendendo sobre o corpo do Jungkook, mas já sabia bem sobre a sua mente. Sei que o que ele me contou não teve ser três por cento de sua vida mas através disso pude entender a pessoa que ele é.

Não que justifique o que ele faz.

Já ele conhecia o meu corpo até demais, reconhecia meus gostos e hábitos apenas por me observar na rotina chata do dia a dia. Nunca fui de conversar abertamente com Jungkook sobre minha vida, já sabemos que da última vez isso não deu muito certo.

E... Talvez não tenha tanta confiança assim nele.

Pulei da cama pegando minha pantufa e coçando os olhos, assim que sai no corredor percebi que os seguranças estavam trocando de turno. O resto agora iria descer e provavelmente ir pra casa.

Fico pensando no que os levam a viver uma vida assim, para proteger alguém desta maneira apenas em troca de dinheiro. É como o exército, você pode morrer a qualquer momento.

A maioria destes seguranças devem ter família, mulher e filhos que os esperam ansiosos pela sua chegada em casa. Certamente ganham um bom dinheiro, Jungkook não iria colocar alguém incompetente ali dentro.

Claro que ele também não estava nem aí se o segurança tinha ou não família, ele simplesmente dizia o horário e os guardas tinham que estar ali pontualmente. Penso em quantos não já morreram por atraso.

Era estranho andar pela casa e vê-los como robôs, esta era a única coisa que ainda não tinha me acostumado naquela casa. Reclamei ao tropeçar no último degrau da escada e um barulho alto de vidro quebrando me chamou a atenção.

Segui o som dos gritos, levavam até o corredor do escritório do Jungkook. Parei em frente a porta grande escutando vozes.Seus primos pareciam estar lá dentro.

- Vá se fuder caralho, eu não sei o que vai fazer mas eu quero a minha grana. Se você pensa que vai me roubar e sair ileso está muito enganado! - Jungkook gritou.

- Calma, sobrinho. Seus pais não te ensinaram bons modos?

A voz parecia robotizada, certamente de telefone. Eles estavam falando pelo telefone.

Eu podia imaginar a feição do Jungkook neste exato momento, suas veias estariam saltadas, maxilar travado e pulsos esbranquiçados pela força que expelia nos dedos. Jungkook ficava furioso quando alguém citava seus pais, ainda mais desta forma.

Saltei com o susto assim que o grande baque deu na porta do escritório, Jungkook tinha jogado o telefone com toda sua força na parede. Encerrando a chamada e provavelmente deixando a outra pessoa com um sorriso no rosto.

Na máfia pude observar uma coisa, não importa o quanto esteja fodido, abra um sorriso mesmo quando estiver perto da morte. Dê ainda mais motivos para seu inimigo te odiar.

Abri a porta do escritório com medo do que Jungkook podia fazer com aqueles seus primos ali, afinal não os conhecia e não sabia se podiam ou não serem atacados pelo Jungkook.

- Mas o que é isso? - Perguntei, como disse sua feição estava avermelhada, as veias saltadas e ele esfregava a cabeça com força. Se fossem suas unhas já estariam em carne viva.

- Acho que você consegue acalmar ele, vamos embora garotos. - Pand se pronunciou num tom mais sério, os gêmeos relutaram como se quisesse ficar e ver o que aconteceria, mas foram empurrados. Os primos também pareciam mais sérios e raivosos, mas pelo visto conseguiam controlar a raiva.

A porta foi fechada e caminhei até Jungkook, pensei duas vezes antes de colocar as mãos em seus cabelos e acabei por colocar minha mão em cima da dele. Acariciando.

- O que houve? - Sussurrei, a respiração dele estava desregulada e ele parecia soltar xingamentos em murmúrio a cada segundo. - Sabe que pode conversar comigo.

- O meu tio, a merda do meu tio! - Minha mão foi retirada da dele pelo murro forte que deu na mesa cara.

- O que ele fez? - Continuava as perguntas de forma calma, utilizar o mesmo tom iria pioras a situação. Era desta forma que ele conseguia ser compreendido.

- Roubou dois milhões de uma conta minha no banco, o desgraçado roubou na cara dura! - Atrás da sua nuca eu me encontrava de boca aberta, porra eu nunca tinha visto tanto dinheiro na vida e o cara roubou isto tudo! Sacava perfeitamente que não era pelo dinheiro que o Jungkook estava incomodando, mas sim por ter sido o tio. E pelo visto se odeiam! - Eu vou matar aquele desgraçado! Ele acha que vai sair imune, acha que não sei jogar esse joguinho sujo. Meu tio está pensando que não sei dos planos dele de matar seus filhos e a mim pra conseguir toda a herança do meu avô. Aquele filho da puta vai apodrecer no inferno!