CONTROVERSIAL | Livro II • JJK

4.0

Seul, Coreia do Sul
16:05 a.m
Jane

- Nós estamos atrasados, amor. - Chamei Jungkook pela terceira vez enquanto ele continua mexendo no celular deitado na cama apenas com calças.

Seu dia tinha sido corrido e ele me prometeu que estaria aqui para irmos fazer a ultrassom dos cinco meses. Me lembro de ir na última vez, estava completamente animada para saber o sexo mas o danado estava de pernas cruzadas e não nos permitiu saber.

Tinha medo de saber o que tanto Jungkook fazia naquele celular, mas pelo quão relaxado ele estava eu pude sacar que deveria ser algo completamente casual e que ele cuide de forma rápida.

Bati meu pé no chão chamando a atenção dele, por fim ele largou o celular dentro do bolso correndo para o closet. Ousei a pegar o celular abrindo na câmera e ficando em em frente ao espelho enorme do quarto, tirando algumas fotos.

Minha barriga estava consideravelmente grande para apenas cinco meses, mas o bebê continua saudável e eu tento manter uma alimentação balanceada sem muito doce ou massa todo dia.

- Tem certeza de que vai de vestido? Dong vai ver a sua calcinha!

Percebi seu tom nada brincalhão enquanto ele terminou de arrumar a camisa preta no corpo, como sempre sua arma estava na cintura e os colares caríssimos no pescoço. Completamente previsível.

- Ele deve ver umas cinquenta calcinhas por dia. - Entreguei-lhe o celular percebendo que o fundo de tela eram apenas linhas cinzas desde o dia em que comprou. - Vamos logo.

Pegamos o elevador até chegar por fim na sala, continuava com a mania de descer pelas escadas através do costume que criei aqui, e o Jungkook toda vez fazia questão de brigar comigo e me fazer voltar e ir pelo elevador.

Nos últimos dias eu tenho aprendido a administrar a empresa, o meu pai permanecia lá enquanto eu assumia tudo e dava um jeito em alguns papéis. Muita coisa iria mudar comigo tomando frente ali.

Apesar de termos conversado seriamente sobre o relacionamento muitas coisas ainda eram abertas, sei que ele se incomoda com o fato de sair a hora que quiser a mansão mesmo eu sabendo que ele manda seguranças atrás de mim. Receio que ele tenha vontade de me deixar presa aqui de novo mas sabe que não vai conseguir isso.

O Jungkook deixou em minhas mãos os programas beneficentes que ele faz todo ano, este ano haverá um leilão e todo o dinheiro será arrecadado para orfanatos, instituições de animais abandonados e hospitais.

Me lembro de conversar com ele sobre isso enquanto ele fumava e evitava brevemente olhar para qualquer lugar que não fossem meus olhos. Havia uma timidez nítida ali e isso me fazia ficar ainda mais caída por ele.

Para as pessoas que não o conhece ele é o pior ser do mundo, assassino, psicopata ou até mesmo um louco que deveria estar preso num manicômio. E soa engraçado isso quando se conhece a sua história, os traumas, os medos e principalmente o receio do julgamento.

- O que acha que vai ser, babe? - Me assustei repentinamente com a mão quente de Jung sobre minha barriga. Ele sempre me chamava assim, mas toda vez eu me derretia.

No início era difícil ele me chamar assim, normalmente era apenas no sexo e como explicou ele era uma forma carinhosa para não me chamar de vadia. Não bastou uns puxões de orelha para que ele se acostumasse. Bem, ao menos quando estamos a sós ele utiliza esta linguagem, nem em frente aos seguranças ele me chama assim e só por imaginar toda sua equipe zoando ele eu posso entender.

- Eu não sei... Nunca pensei no sexo, apenas o chamo de bebê. - Dei os ombros acariciando sua mão tatuada com uma bela rosa.

- E você quer que o bebê nasça sem uma buceta ou sem um pau? Por deus, Jane! - Disse ignorante. - Ou talvez hermafrodita, assim podemos escolher o que queremos.