Cap 44 - Vingança errônea

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N/A: Mais um capítulo pra vocês se divertirem :), espero que curtam! Perdoe os erros de digitação, revisei tudo, mas nunca enxergo todos os erros

*Aceito críticas construtivas

*Aceito sugestões! Inclusive, parte desse capítulo, mais precisamente o final, quem deu a ideia foi Monzuzinha, gratidão! Cap dedicado à você :)

*Genteeee, eu não apoio nenhum tipo de violência, pelo amor de Deus.

Boa leitura, pessoal!
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POV Hilary

Quase caí pra trás ao ver os roxos no braço esquerdo da minha filha e em seu queixo. Arregalei os olhos, verificando tudo aquilo com muito cuidado.

- Por que não me contou isso quando chegou, ontem? Ou melhor, por que não contou ao teu tio John sobre isso?! - Perguntei, virando seu rosto para o outro lado, procurando mais algum roxo ou algo parecido.

- Eu estava com medo, mãe! O que mais meu primo é capaz de fazer? Nunca vi Gabriel tão irritado como ele ficou... Tipo, estávamos sozinhos naquele laboratório velho, ele apertou meu braço, meu rosto e ainda me empurrou contra o chão! Eu só falei à ele algumas verdades...

- Isso não lhe dá o direito de encostar em você!!! Olha... Creio que John almoçará em casa hoje, assim que ele chegar, vamos resolver isso. Essa richa entre você e o Gabe passou dos limites!

- Obrigada, mãe... Tenho certeza que tio John vai dar uma boa lição no filhinho perfeito dele! Gabriel é um completo babaca... Por fora, uma bela viola, por dentro, pão bolorento...

Eu teria rido se o que aconteceu não fosse tão sério. Beijei a cabeça da minha filha e segurei suas mãos de forma carinhosa.

- Fico feliz por ter tido coragem de contar... Ainda estou processando, pois nunca imaginei que Gabe fosse assim quando não estávamos vendo... Estou tão surpresa quanto você, querida. Mas vamos resolver isso, ok?

Char assentiu antes de deixar o quarto de forma apressada. Respirei fundo e passei a mão pelo rosto, ainda sem acreditar que Gabe havia agredido minha filha de uma forma tão bruta...

Assim que ouvi a voz de John ao longe, desci as escadas rapidamente e fui ao seu encontro. Meu cunhado havia deixado sua bolsa de trabalho em cima da mesa e estava com uma xícara de café em mãos.

- John, podemos conversar, por favor? - Chamei e ele assentiu e caminhou até a sala, em seguida se sentou de forma folgada na poltrona.

- Aconteceu alguma coisa? Está com cara de quem viu um fantasma - Disse, dando um gole em sei café enquanto digitava no celular

- É Gabe e Char... Olha, John, a briga desses dois passou dos limites. Parece que Gabriel bateu em Charlote, inclusive, deixou alguns pontos roxos no corpo da minha filha! Não posso admitir uma coisa dessas!

Meu cunhado demorou alguns segundos para processar as minhas palavras, quando se deu conta, engasgou com o café e me olhou surpreso.

- Gabriel fez isso? Quando? Como? - John largou a xícara e o celular, deixando toda a atenção voltada pra mim.

- Na faculdade, ontem. Charlote não quis falar nada antes pois estava com medo de como teu filho poderia reagir... e eu quis esperar que você chegasse para resolvermos.

- Fez muito bem. Cora, podes chamar Gabriel e Charlote pra mim, por favor? - A funcionária que estava limpando os armários perto da TV se prontificou rapidamente e subiu as escadas. Demorou alguns segundos para retornar acompanhado de Gabriel e Charlote. Ivy veio logo atrás.

Minha filha mordiscava o lábio inferior de maneira ansiosa, enquanto Gabriel se colocou de frente para mim e seu pai, esperando que alguém falasse alguma coisa.

John, sem dizer uma palavra, se levantou, caminhou até minha filha e ergueu a manga de sua camisa vagarosamente. Ele teve a mesma reação de surpresa que eu. Depois, averigou o rosto dela com cuidado.

Minha vontade era de estapear meu sobrinho até o mesmo esquecer o nome, mas me segurei. Até então, meu sobrinho estava impassível, como se estivesse alheio a tudo.

- Não encosta, tio! Tá doendo muito... - Reclamou Charlote, de forma manhosa. John bufou baixo e se afastou da minha filha, depois, lançou um olhar gélido para Gabriel.

- Papai, isso... - Ivy se enfiou no meio da conversa, mas parou de falar quando John levantou a mão.

- Quero apenas Gabriel e Charlote aqui. Você vai lá pra cima. - Disse, de forma autoritária.

- Mas, papai...

- Vai lá pra cima, Ivy! Isso é uma ordem e eu não estou te dando escolha! - Dessa vez, John aumentou o tom de sua voz, fazendo minha sobrinha o obedecer sem pensar duas vezes.

Olhei para o meu sobrinho, que continuava nos olhando indiferentemente. Respirei fundo e deixei John lidar com o filho. Puxei Charlote para o meu lado e segurei sua mão.

POV Autora

Por dentro, Charlote estava com medo que alguém descobrisse toda a sua armação. Gabriel havia apenas empurrado ela, nem se quer deixou alguma marca, mas a "fome de vingança" estava falando mais alto.

Por fora, ela continha a vontade de rir vendo seu primo encurralado.

Gabriel estava com o coração acelerado, nem se quer tinha coragem de se defender e expor a verdade. Seu pai estava o olhando firmemente, era impossível não temer aquele olhar que derrubaria qualquer um. O garoto deu um passo pra trás, na tentariva de evitar um golpe surpresa.

- E-eu não fiz isso - Falou, tomando toda a sua coragem - Não agredi Charlote! Essa garota está mentindo, pai!

- Ah, ela está mentindo? - John sorriu de lado e passou a língua pelas bochechas - ELA ESTÁ MENTINDO, GABRIEL?! QUE MERDA VOCÊ TEM NA CABEÇA PRA AGREDIR A PRÓPRIA PRIMA?! VIROU "MACHÃO DE COZINHA" AGORA, É ISSO MESMO?!

Gabe pode sentir o hálito do pai, ele abaixou a cabeça, envergonhado. Realmente, seria difícil alguém acreditar nele já que Charlote estava toda marcada.

John segurou Gabe pelos bíceps e o chacoalhou. O garoto engoliu em seco, mas tentou se manter firme. Sua úncia testemunha era Ivy, mas o pai já havia a dispensado. Ele não tinha nada ao seu favor.

- Caminha para o meu escritório, agora mesmo! Vamos ver se você terá coragem de me enfrentar, seu insolente. Agora vais se resolver comigo!

Como o rapaz não tinha argumentos, fez uma rápida reza e obedeceu o pai em silêncio. Charlote sorriu disfarçadamente e apertou a mão da mãe. Estava adorando saber que Gabriel estava ferrado. Era tudo que a mesma queria.

John passou a mão pelo rosto, respirou fundo, jogou a cabeça para trás e segurou o nariz com a ponta dos dedos, na tentativa de buscar uma paz interior.

- Olha, Charlote... Eu sinto muito pelo meu filho, querida. Jamais imaginei que ele fosse cometer tamanho absurdo desses... - John olhou para a sobrinha, que assentiu. - Desculpe, Hilary. Não queria mesmo que sua filha passasse por isso... mas vou resolver tudo, eu prometo.

- Não é tua culpa, John - Disse Hilary, compreensiva. - Obrigada por nos ouvir e entender.

- Imagina, é o mínimo que posso fazer. Char... Coloque gelo com sal nas marcas, farão elas sumirem mais rapidamente e também vai aliviar a dor.

Charlote assentiu e se preparou para ir para o quarto junto com a mãe. Quando ambas estavam subindo as escadas, Ivy apareceu do nada e agarrou Charlote pelo cabelo, indo ao chão com a prima e rolando escada à baixo.

- Sua mentirosa inútil! Agora vais ficar roxa de verdade, cretina! - Gritou Ivy, sem soltar o cabelo da prima. Charlote segurou o pulso da loira e apertou os olhos, sentindo sua costela doer. Provavelmente fraturou alguma coisa quando caiu pelas escadas com Ivy em cima.

- Me solta! Babaca! Que garota louca! Maaaeeee! Tio Jooohn!

Ivy, sem pestanejar, lançou um tapa sobre a face da prima, que revidou com um chute. John estava com a mão no trinco da porta de seu escritório. Ao ver as duas garotas rolando a tapas no chão, respirou fundo e deu meia volta, indo em direção à elas.

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