Edgar
Estávamos mais de trinta minutos vigiando o galpão de Fragoso, quando vi meu irmão Reinaldo, o sangue esquentou, ele estava com um cigarro na mão fumando, aquele homem não era meu irmão, sua aparência e expressão era de total marginalidade, o pior de tudo era que ele estava sorrindo, definitivamente ele não estava ali contra sua vontade, ele estava porque que queria, porque compactuava com isso, a decepção me invadiu, principalmente por ele ter o mesmo sangue que eu, eu temia pela minha mãe, sim, por mais que Betânia não tivesse me gerado, ela cuidou de mim e isso jamais se apagaria de minha memória, mesmo depois de tudo que ela fez, ainda assim ela era minha mãe.
Eu sentia tanto por ela ter esse tipo de decepção, o único filho de sangue dela ser dessa forma, se tornar um criminoso, o que ainda não me justifica o motivo de tanta crueldade.
- Eu sinto muito Edgar! - disse Frank.
- Está tudo bem, eu só, eu não achei que ele fosse capaz disso!! - digo.
- Vamos rodear o galpão, que tal ir você e eu Frank? Assim Edgar vai junto ao Peter o que acha pela lateral? - disse Brisa.
- Não vejo problema! - ele diz.
Todos concordamos com as divisões e seguimos com o plano, eu e Peter entramos rápido, estávamos vasculhando com cuidado, logo nos encontramos com Frank e Brisa, ao que tudo indica não existia muitos capangas para segurança desse lugar, olhamos minuciosamente com cuidado, foi quando ouvimos vozes no final de uma escada, então descemos.
- Como isso é possível??? Reinaldo é meu primo!!! - ouvimos vozes da Josi.
- Há tantas coisas que ainda deve descobrir Srta. - era Fragoso.
Frank deu a ordem no três para invadirmos aquela sala, eu estava tão feliz por finalmente encontrar Josi, me sentia culpado por ela está aqui, quando Frank contou para entrarmos vejo Reinaldo e automaticamente puxou a arma para atirar em nossa direção, ele mirou em minha direção, assim ouvi o disparo e eu caí no chão coberto com sangue.
Manuela
Fiquei com o coração na mão assim que Edgar foi para a missão, ele não deu detalhes, mas vi quando Frank pegou os armamentos e equipamentos, quando deu umas duas horas depois que saíram meu peito palpitou e ali comecei a ficar angustiada, sem dormir me levantei e fui até a área onde os demais agentes estavam, pedi notícias, mas nenhum tinham informações para passar, as horas foram passando e eu andava de um lado pro outro impaciente vendo o sol brilhar.
Mais algumas horas passaram e eu estava bastante aflita, Vânia me trouxe um chá de camomila, assim que pensei em recusar ouvi a porta abrir e quando olhei vi Edgar coberto com sangue me desesperei.
- MEU DEUS EDGAR!!!!
Corri ao seu encontro, olhei aquela blusa ensanguentada, Edgar com um olhar entristecido, fiquei assustada, quando ele me viu desesperada pegando nele.
- Está ferido, meu amor está ferido???? - eu estava agonizada.
- Não é meu, o sangue não é meu! Está tudo bem meu amor! - beijou minha testa.
- Que susto que me deu! - as lágrimas começaram a sair aliviada.
- Eu preciso tomar um banho antes que Duda me veja assim minha vida!
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Pedaço de Papel
Любовные романыManuela uma virgem sonhadora em encontrar um príncipe encantado, mas todo esse sonho é destruído quando seu pai a promete para Edgar um homem mulherengo que gosta de farriar e curtir. Ambos querem ser livres, mas por um contrato entre as famílias se...